- Premissa curiosa, mas obviamente falsa. Se o assassinato fosse legalizado, as pessoas normais viajariam pra fora do país nesse dia. E isso jamais traria prosperidade econômica e paz. Se filme tentar fazer qualquer afirmação séria a respeito de política ou da natureza humana, não vai funcionar. Contexto é totalmente irreal. Filme tem que tentar divertir e só.
- Teoria falsa de que o homem é mau por natureza e só se comporta por causa de algum impedimento externo (religião, governo, etc). Mas nem macacos são tão anarquistas quanto as pessoas nesse filme.
- Não dá pra se identificar com nenhum personagem, pois nenhuma pessoa em sã consciência acharia legal uma noite onde todos os crimes são liberados. Ainda mais uma mãe de família.
- SPOILER: Namorado da filha entrar escondido na casa pra falar com pai é forçado (ainda mais nesse dia). E pra que tentou atirar no pai?? Espero que isso seja explicado até o final (OBS: não foi).
- Filho pequeno abrir as portas pra salvar o negro é forçado! Alguém só faria isso nessa noite se tivesse problema mental. E por que o pai daria a senha pra uma criança?
- Gangue de mascarados boba. Filme quer criar criminosos "cool" tipo os de Os Estranhos ou Violência Gratuita (ricos, educados, estilosos), mas não dá uma explicação pra eles serem psicopatas ("ah, as pessoas simplesmente são más, não precisam de uma motivação").
- Esposa e filha condenam o marido por amarrar o negro? Mas o cara está ameaçando a vida deles! Auto-defesa agora é errado? Filme mais sem sentido do ano.
- SPOILER: "Surpresa" final do carrinho de controle remoto nonsense. Por que o negro anunciaria sua entrada com um carrinho antes de aparecer atirando?
CONCLUSÃO: Tentativa nada inteligente e pouco divertida de dizer que os homens são maus.
(The Purge / EUA, França / 2013 / James DeMonaco)
FILMES PARECIDOS: Os Estranhos, Violência Gratuita, O Nevoeiro, Menina Má.com, Ensaio Sobre a Cegueira.
NOTA: 2.0
6 comentários:
Um dos piores do ano, não há dúvidas!
Fraco né.. o roteiro parece feito por um adolescente rebelde.. Mas na verdade foi escrito pelo próprio diretor (que é de 1969, rss).
Tão ruim que rendeu 90 milhões e você continua na sua vida medíocre criticando filmes.
Um crítico de filmes analisa ou elogiando e defendendo ou criticando propriamente dito. E o que você fez foi defender e elogiar a bilheteria, o que por definição, é criticar.
Claro que somente por DEFINIÇÃO. A internet possibilitou que qualquer um pudesse expressar sua opinião julgando a obra conforme lhe agradar. O que você fez.
Já o crítico de cinema profissional é habilidoso e estudado na área. Uma profissão remunerada e reconhecida mundialmente, que você recorreu ao acessar este blog e ler o conteúdo produzido da mão de obra de um destes profissionais, que não compartilhará dos gloriosos 90 milhões de lucro ou pagará o prejuízo caso a situação fosse inversa.
E neste caso, ao expressar a sua opinião sobre o filme atacando a profissão de outra pessoa caracteriza-se como Discriminação profissional, o que uma "geração chamada por deus", ou "geração de adoradores" não deveria fazer.
Sim eu me ofendo. Pois quando era jovem queria muito ser cineasta e depois quis ser crítico, mas tem que ser muito corajoso para seguir uma profissão destas, pois este país não fornece oportunidades para profissional da área. Hoje sou mecânico de manutenção e sonho todo dia em fazer um filme independente ou criar um blog para criticar filmes e jogos. Mas até hoje não entendo a diferença de enredo, script, roteiro e história e suas estruturas.
Valeu Marcus, hehehe. Pelo visto você também entrou no perfil dessa Mayara... Quando é gente assim muito distante do meu universo cultural/intelectual eu nem perco tempo tentando me defender... Mas enfim... É engraçado, mas faz sentido religiosos gostarem desse filme... as noções de ética, de natureza humana, de certa forma são parecidas. Super apoio você fazer seu filme independente e criar um blog de críticas... Não precisa largar sua profissão atual né... Mas dá pra ir realizando esses sonhos paralelamente, e aos poucos vendo o que tem mais futuro, etc.
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