- Meio forçado o pai abandonar os filhos durante a avalanche! Reação nada natural / convincente. Psicologia toda do filme parece falsa, manipulativa.
- Ridículo o marido fingir que não fugiu, quando a mulher e os filhos claramente viram o que ele fez! Ninguém negaria esse fato, a não ser uma pessoa com sérios problemas de caráter - e daí a culpa é em partes da mulher por ter se casado com um homem assim.
- Senso de Vida malevolente: ideia de que uma relação estável e uma viagem feliz podem ser destruídas por um simples evento natural e uma reação de poucos segundos. Foco exagerado em conflitos, problemas de comunicação e desentendimentos entre as pessoas (até em cenas absolutamente irrelevantes, por exemplo quando a Ebba sem querer bate a barra do teleférico na cabeça dos outros passageiros e isso gera um momento desagradável / ou quando o casal briga com o faxineiro do hotel por estar olhando pra eles, etc). Conflito pelo conflito.
- Direção é meio "catatônica": a câmera muitas vezes fica fixa, independentemente do que está acontecendo em cena, deixando a ação fora de quadro (toque de Subjetivismo). O filme é cheio de cenas vazias onde nada de relevante acontece.
- Tema do filme é completamente idiota, mal desenvolvido. O que a reação do marido diz sobre o caráter dele? Isso foi algo isolado, ou explica outras coisas, revela algo profundo sobre o relacionamento, etc? Não sabemos de nada disso. A discussão é banal, superficial. Um incidente como esse jamais viraria um drama dessas proporções, a não ser que fosse apenas a "gota d'água" de uma relação já desgastada por outros motivos - se a Ebba já achasse que o marido fosse um covarde, indiferente à ela e aos filhos, não estivesse nem aí pra eles, e esse pequeno momento só trouxesse tudo à tona.
- Qual o propósito da cena em que o Tomas é cantado pela garota mas depois ela diz que havia se enganado de homem?? Ridicularizar o personagem: destruir um momento em que ele estava com o ego inflado. O filme aos poucos vai revelando seu verdadeiro propósito: destruir o forte, o privilegiado. Ele começa mostrando uma família aparentemente perfeita numa viagem linda, e aos poucos vai destruindo a ideia de felicidade, do amor dos pais pelos filhos - sugere que o marido é "egoísta" e passaria por cima dos próprios filhos pra se salvar (mas levaria o iPhone). O grande alvo de tudo é o marido (o homem heterossexual, branco, rico). A cena constrangedora em que ele chora na frente da esposa revela o ódio do diretor pelo personagem. Outras cenas também são reveladoras, como a dos rapazes sem camisa gritando na balada: uma cena totalmente absurda, fora de contexto, mas que está em harmonia com a intenção de ridicularizar figuras culturalmente dominantes.
- Qual o sentido do final? O suspense no ônibus? A mãe saindo primeiro antes dos filhos (agora é ela que perdeu o instinto de proteção???). E a caminhada final pela estrada? Pura subjetividade: o diretor faz algo misterioso pra plateia sair do cinema confusa, achando o filme genial (já que não entendeu direito).
CONCLUSÃO: Filme Naturalista, intelectualmente superficial, psicologicamente falso, com os valores mais odiosos e as piores intenções.
(Force Majeure / Suécia, França, Noruega, Dinamarca / 2014 / Ruben Östlund)
FILMES PARECIDOS: Dois Dias, Uma Noite / Leviatã
NOTA: 0.0
2 comentários:
E aí pessoal, alguém tem planos para a marcha de 15 de março? Quem concorda e quem não concorda com o acontecimento? De que lado estão? Ou qual movimento estão apoiando as ideias?
Eu só sei que eu vou junto com a galera da faculdade pra Brasília, mas não estamos aliados a nenhum movimento específico, principalmente a quem quer um golpe militar. Mas e vocês? O que acham???
Se sair a Dilma quem entra no lugar? Adianta algo? Não estou bem informado. O FHC disse que impeachment não resolve nada... Então tenho dúvidas.
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