Às vezes eu vejo uns filmes realmente ruins, mas na hora de dar a nota acabo não dando 0 por algum motivo. Agora eu entendi - é porque mesmo sabendo que não gostei de absolutamente nada no filme, ainda fica uma vaga sensação de que as coisas poderiam piorar. Mesmos filmes totalmente niilistas como os últimos do Godard (que eu costumo dar 0) eu passo a respeitar um pouco mais depois de ver algo como Esquadrão Suicida. Ali pelo menos há a intenção consciente de destruir o conceito de narrativa, de negar a forma clássica. Em nenhum momento Godard pensou estar fazendo um entretenimento para o grande público, então sua "insanidade" ainda é uma insanidade bastante lúcida, e o filme é bem sucedido dentro de sua proposta.
Eu não vou perder tempo aqui tentando analisar o filme, dizendo que os personagens são mal apresentados, que o plano da Viola Davis não faz o menor sentido, que o filme tem a vilã mais ridícula de todos os tempos, que ele exalta anti-heróis, etc. Isso seria partir do princípio de que isto é um filme, e que com alguns ajustes ele poderia ter sido bom. Mas não. Isto não é um filme. É apenas uma série de imagens que, vistas por alguns segundos por um telespectador mudando de canal, dariam a impressão de fazer parte de um filme. Mas se ele parar e acompanhar as imagens por alguns minutos, ele verá que não há nada conectando uma coisa à outra que possa ser chamado de "filme".
Pegue as cenas com a Margot Robbie, por exemplo. No trailer, há uma cena em que ela quebra uma vidraça e rouba uma bolsa, e quando questionada por um amigo, ela responde: "Nós somos vilões, é isso que fazemos". Quando você vê isso no trailer você pensa: divertido, quero conhecer essa personagem melhor e ver essa cena inteira desde o começo. Mas quando você vai ver o filme, não existe uma personagem pra ser conhecida, além de frases como essa. E não há uma cena além desse trecho colocado no trailer. É apenas isso. Ela aparece do nada, faz algo, solta uma frase de efeito. E todos os outros "personagens" são assim: figuras vazias que exibem certo estilo e certa atitude.
Imagine alguém que nunca tenha visto um filme, lido um livro, assistido a uma peça ou sido exposto a qualquer tipo de arte temporal. E que tudo que essa pessoa tenha visto na vida tenham sido trailers. Trailers de filmes ruins como A Reconquista ou Batman & Robin. E que de repente essa pessoa conseguisse 175 milhões pra fazer o seu próprio filme, baseada em suas referências. Imagino que o resultado seria algo como Esquadrão Suicida.
Talvez não seja impossível que o diretor e roteirista David Ayer nunca tenha visto um filme. Ele pode ter se sentado em frente a telas de cinema centenas de vezes, mas o que estava acontecendo em seu cérebro enquanto os filmes passavam era muito diferente do que acontece no cérebro da maioria das pessoas. Enquanto nós tentamos entender o universo do filme, os desejos dos personagens, a maneira como eles agem pra conquistar seus objetivos, relacionar a história com nossas vidas pessoais, entender a mensagem que o filme quer passar, etc, Ayer estava apenas prestando atenção na textura das imagens, nos trejeitos dos atores, na maneira como eles gesticulam e se vestem. E na hora de fazer seu filme, esse era o único conhecimento que ele tinha pra aplicar.
Eu me sinto até mal de criticar alguém como Ayer, pois desconfio seriamente que ele tenha algum tipo de problema psicológico - e eu me sentiria mal de zombar de alguém por causa de uma deficiência. Mas o que me deixa indignado não é o fato de existir alguém sem noção que tenha feito um filme ruim. E sim o fato dessa pessoa ter tido a oportunidade de comandar uma mega-produção em Hollywood com alguns dos atores mais cobiçados da atualidade. Será que ninguém percebeu que o roteiro era péssimo? Os produtores? Os executivos da Warner, da DC Comics? A Viola Davis? O Will Smith? Quando vi o novo Independence Day (que não é um bom filme), fui tão ingênuo que pensei: "Will Smith é visionário, ele sabia que o filme seria ruim, e preferiu participar de Esquadrão Suicida, que será um enorme sucesso".
Ou seja, há muito mais gente por aí - gente experiente, de sucesso - que assiste a filmes dessa forma. Não tentando tirar algum sentido do que vê, mas observando cores, texturas, expressões faciais. No passado, mesmo os piores filmes ainda preservavam algum tipo de racionalidade e respeito pela "craft" do cinema. Agora parece que chutaram o balde.
Ao longo da sessão fiquei pensando sobre o que está acontecendo no mundo, e como é que alguns políticos como Sarah Palin, ou mesmo Donald Trump, Dilma, conseguem chegar tão longe sem ter nada de muito coerente pra dizer quando abrem a boca. Esses políticos (assim como Ayer em relação ao cinema) também nunca pararam pra pensar na função de um governo, nos direitos naturais do homem, no que é ético ou não - eles simplesmente observam a maneira como políticos gesticulam, se vestem, usam suas vozes, que palavras recebem mais aplausos, e imitam aquilo que veem. E como boa parte do público também parece só enxergar essa parte, eles têm grande sucesso prático.
Eu realmente espero, pelo bem de todos, que esse filme fracasse nas bilheterias, receba uma nota baixa no IMDb, assim como vem recebendo críticas negativas. Que ele se torne, assim como filmes como A Reconquista e Batman & Robin, símbolo de um momento de crise cultural, onde uma tendência cinematográfica chegou ao seu ponto de saturação máxima, e forçou o público a reformar seus valores e buscar uma nova direção.
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Suicide Squad / EUA / 2016 / David Ayer
FILMES PARECIDOS: Batman vs Superman: A Origem da Justiça / Deadpool / Transformers: A Era da Extinção / O Homem de Aço / Kick-Ass: Quebrando Tudo
NOTA: 0.0
29 comentários:
Não faz sentido voce criticar tanto o diretor David Ayer assim, ele fez coraçõs de Ferro, filme que voce deu nota 8 e elogiou um monte. Pode ter sido culpa do estudio o filme se sair tão mal e não do diretor
Só por esses 2 filmes ainda não posso ter certeza do talento ou da falta de talento do diretor.. Mas a princípio coloco a culpa nele pelos seguintes fatores: ele é o diretor e o único roteirista do filme, sugerindo que o estúdio confiou MUITO nele (normalmente esses filmes são reescritos várias vezes e ganham vários créditos). Além disso, eu já vi diretores ruins fazerem bons trabalhos "acidentalmente", por terem colaborado com as pessoas certas, etc, o que pode ter sido o caso de Corações de Ferro.. mas acho que nunca vi um bom diretor fazer algo tão incompreensível quanto esse filme.. mesmo em casos onde o estúdio toma as rédeas na edição e dilacera o filme. Seria uma primeira vez... Mas enfim... Independente de quem é a culpa, o filme é esse que tá aí..
Eu tinha medo desse filme, depois dessa crítica fiquei com mais medo. Ainda mais que você comparou com o filme Batman e Robin, o filme que eu mais odiei desde que era jovem.
Em termos de estilo ele é mais parecido com esses que citei embaixo em FILMES PARECIDOS.. Deadpool, Kick-Ass.. A semelhança com Batman & Robin é mais em termos de qualidade.. hehe. Abs.
Justamente por isso Caio: tu foi comparar qualidade com um filme que abomino demais. Fiquei com medo agora.
Quem é muito dessa cultura geek, etc, capaz de ainda comprar o filme.. mas se vc não for fã de quadrinhos e desses personagens em particular.. realmente não vejo como gostar desse filme, rss. Abs.
Haha, lendo o seu texto lembrei do "Mito da Caverna" de Platão, foi proposital?
Acho muito interessante suas críticas, tu fala de coisas que nunca pensei e me coloca para refletir a respeito de elementos que jamais percebi. Por exemplo "Como Eu Era Antes de Você", assisti e achei bonzinho, mas as tuas observações deram uma nova perspectiva sobre o filme e concordei com tudo.
O meu primeiro pensamento ao ver o trailer do "Esquadrão" foi de que se não gostei de "Os Mercenários" não vou gostar desse. Acho um tédio pessoas usando roupas escuras e atirando aleatoriamente em inimigos genéricos, só que cada um da equipe tem um "poderzinho" diferente. Não vi ainda o filme, mas tenho um ingresso cortesia e pretendo usá-lo nele, vou observar atentamente estes elementos que tu falou.
A respeito da lista de melhores e piores heróis que falei anteriormente na postagem do "Bourne", tu acha que é algo interessante de se fazer? Por exemplo a própria comparação do "Bond" com o "Bourne" que tu fez é algo lógico mas eu nunca tinha traçado este paralelo, o que traz uma outra visão sobre os personagens.
Oi Marcus, não pensei no Mito da Caverna não.. mas talvez tenha alguma relação, rsss. Recomendo que vá assistir sim o Esquadrão Suicida e tirar suas próprias conclusões. Gostando ou não, é no mínimo um bom caso de estudo. Não é um desses filmes rotineiros tipo Avengers com os mesmos erros e acertos de todos os outros filmes.
Ultimamente não tenho tido vontade de fazer listas apenas pra expor ou "pregar" minha opinião, etc, e sim quando a intenção é recomendar filmes que talvez as pessoas não tenham visto.. Não sei se essa dos heróis cairia nessa categoria, mas seria um exercício interessante! Abs!
Palin, Trump e Dilma são casos bem diferentes uns dos outros, mas a meu ver uma explicação comum para todos eles é que em política muitas vezes não é tão importante aquilo que um candidato diz, mas sim aquilo que ele representa. O caso mais óbvio é o de Dilma, que para os eleitores representava a continuidade do governo de Lula, que era visto como grande sucesso, e assim o discurso dela não importava.
No caso de Sarah Palin, sua persona dedicada à religiosidade evangélica, seu gosto por armas e caçadas foi atraente para certos aspectos do conservadorismo americano, mas limitou seu apelo para um público mais urbano. Talvez ainda, muitos conservadores americanos tivessem pensado que o fato dela ser mulher inibiria ou enfraqueceria críticas da mídia liberal. Talvez tenha faltado a ela uma melhor orientação.
E quanto a Trump, ele representa mais uma revolta contra a política tradicional do partido republicano, que muitos americanos sentem que já não representa seus interesses, mas apenas o de lobbies corporativos.
Muitos americanos estão cansados da defesa de um estado 'mínimo' que lhe nega serviços públicos, mas gasta bilhões em guerras em lugares distantes, deflagradas por razões que as pessoas não entendem, e de discursos sobre um 'livre mercado' que transfere empregos para o exterior, enquanto grandes empresas se beneficiam de subsídios públicos.
No caso da política, não se pode esquecer que algumas pessoas se sobrassem por que outras perdem, falham em obter o apoio popular.
Sim, o que eu estava apontando é isso.. que independentemente de quem o público escolhe apoiar, o MÉTODO é parecido.. a escolha é feita cada vez mais num nível "sub-racional".. baseada em impressões superficiais, aparências, palavras vazias..
Quanto a gastar bilhões em guerras distantes.. Pelo que vi o Gary Johnson, que é o candidato libertário, seria contra esses gastos né..? abs.
Alguns libertários são bastante críticos das guerras americanas recentes, como é o caso de Ron Paul. E Lew Rockwell, que mantém um site que se diz 'anti-estado, anti-guerra e pró-mercado", o www.lewrokcwell.com, e Justin Raimondo, do site www.antiwar.com. Ou o falecido economista Murray Rothbard, que em 1994 escreveu uma sátira da política externa intervencionista americana, intitulada "Invade the world":
http://archive.lewrockwell.com/rothbard/ir/Ch34.html
Como havia dito no comentário, e aproveitando para conserta-lo, na política determinados candidatos se sobressaem por outros não conseguem. Para ser mais claro, não é tanto que fulano, mesmo sendo tão ruim, venceu, mas sim que o(s) concorrente(s) perdeu(ram). E isso, a meu ver, nem tanto porque os eleitores tenham agido de modo 'sub-racional', mas porque muitas vezes um candidato, mesmo quando considerado pela mídia como muito inteligente e competente, falha em oferecer às pessoas algo que corresponda às suas expectativas. Isso ocorreu nas primárias americanas, onde as pessoas votaram em Trump em protesto contra a gloriosa não-escolha entre Jeb Bush e Hillary Clinton, tão anunciada pelos profetas da mídia. Uma eleição entre Jeb e Clinton só empolgaria jornalistas. Os demais pré-candidatos republicanos tidos como sérios, como Marco Rubio, John Kasich e Chris Christie, não diferiam seriamente de Jeb e acabaram também rejeitados. Aliás, me parece que os comentaristas internacionais tendem a ter uma percepção muito diferente da gente comum. Candidatos americanos medíocres como John Kerry e Mitt Romney foram altamente superestimados pela mídia, e tratados como quase eleitos.
Se tivessem uma opção melhor, os eleitores americanos o teriam feito. Em 2008 votaram em Obama não porque ele fosse negro, mas sim porque ele encarnou melhor a rejeição à política de George W. Bush, mais do Hillary Clinton, que apoiou no essencial o governo de Bush 2.
Tudo parece indicar que na próxima eleição americana, candidatos alternativos como Johnson e Jill Stein, do partido verdade, se beneficiarão muito da alta rejeição a Clinton e Trump, e que o sistema político americano passe por alguma transformação. O partido republicano dos Bush e Romney colapsou. Quem sabe ocorra o mesmo com os democratas, daqui a alguns anos.
Caio até sou fã de personagem de quadrinhos, mas digamos que Batman e Robin não me desce até hoje. E olha que gosto de filmes da Marvel que você não se simpatiza como a trilogia Homem de Ferro.
Claro que muitas vezes meu fanboismo acaba relevando defeitos de filmes de heróis, mas não deixo de notar os mesmo. Até porque faz parte do exercício do senso crítico.
Pois é Anônimo.. são 2 possíveis explicações.. pelo visto vc acha que a população está tão racional e educada hoje quanto sempre foi.. e que os candidatos se explicam pela falta de melhores alternativas.. eu já tenho sérias dúvidas quanto a isso.. e por isso tracei o paralelo com os níveis inéditos de irracionalidade que se vê hoje nos filmes.. Seria melhor mesmo que fosse apenas por falta de alternativas.
Oi Dood.. Ainda não entendi muito bem qual a grande difereça entre Marvel e DC, por que a rivalidade, etc, hehe.. Parece meio coisa de futebol.. Mas enfim, cada filme é uma coisa né.. Tento julgar cada caso individualmente sem favoritismos.. abs!
Acho apenas que presumir a estupidez das massas, por causa de resultados eleitorais, como muita gente tem feito na imprensa por causa de Trump ou do Brexit, não é um meio adequado de resolver os impasses sociais. Muitas pessoas tem motivos reais, concorde-se com eles ou não, para estar insatisfeitos com uma situação política ou econômica, e nem sempre vão se resignar a ela porque é a coisa 'sensata'a fazer, como se exigiu dos britânicos que votassem pela União Européia, porque era a única coisa que se podia fazer, pois senão o país iria falir, a economia ia evaporar, os terroristas destruiriam tudo, e blablablá. A Grã-Bretanha sobreviveu a Napoleão e a Hitler, mas aparentemente não sobreviverá ao brexit. A ver o que acontecerá.
Encontrei na internet uma matéria bastante interessante, notando como a grande mídia americana vem demonizando a tanto tempo todo e qualquer candidato republicano à presidência, que teria na prática feito Trump se tornar pouco distinguível deles. Trump é de fato um tolo e boquirroto, mas quase todas as críticas feitas a ele pela imprensa americana já foram feitas em 2012 a Mitt Romney, que de governador'moderado' e 'liberal' passou a 'racista' e 'misógino' quando se tornou candidato a presidente. Para a grande imprensa americana, nenhum candidato à presidência é 'elegível', do ponto de vista moral, a menos que seja democrata:
http://www.thedailybeast.com/articles/2016/08/05/how-paul-krugman-made-donald-trump-possible.html
Olha, eu não tenho muito interesse em política e nem é minha intenção resolver impasses sociais.. minha conclusão a respeito da "estupidez das massas" veio em partes por observar esses políticos bizarros, mas principalmente por causa de certas tendências no mundo do entretenimento, área que tenho mais intimidade.. De repente vc está certo, não dá pra pensar que a massa anda mais estúpida por causa dos políticos eleitos.. mas acho que certamente dá pra concluir isso por causa do resto da cultura.. abs.
Nossa Caio, pela lança de Sepé Tiaraju!!!! Esquadrão Suicida é um crime contra a humanidade!!!!
Mas eu achei um exercício interessante, por diversas vezes me peguei rindo da edição amadora "começo dos anos 2000". Mais parecia que eu estava vendo o trabalho de alguém que pegou todos os trailers, comerciais e material promocional, editou na ordem em que ele ACHAVA que acontecia o filme e lançou.
Achei inacreditável o nível de ruindade do filme, mas não acho que seja o pior já feito pois temos Manos: The Hands of Fate, entretanto este artefato terrorista chega bem perto.
Rssss, eu dei algumas risadas também no filme.. de incredulidade.. quando aparecia a Cara Delevigne por exemplo.. Acredita que nunca assisti "Manos"? Quem sabe não invento uma nota -1 pra ele quando finalmente assistir, hehe. Abs.
Há muita 'concorrência' para o posto de pior filme de todos os tempos, outro que poeria ser lembrado é "Spice World: O Mundo das Spice Girls", que não passa de um amontoado de cenas sem sentido e sem graça, que não funciona nem como nonsense.
Will Smith também recusou o papel de Neo em Matrix, para filmar as Loucas Aventuras de James West. Realmente ele umas escolhas bens ruins, vez por outra.
Hehe.. Spice World e Wild Wild West foram umas tristezas mesmo.. o Will Smith já foi recordista nas bilheterias e era meio obcecado por isso.. tinha até um vídeo onde ele falava suas regras pra escolher papéis.. tipo "todos os blockbusters têm efeitos especiais".. e coisas bem concretas do gênero.. Depois de Hancock ele entrou numa fase mais fraca né.. em termos de dinheiro.. vai ver que é por isso que ele se juntou ao Esquadrão Suicida.. apesar do roteiro pavoroso, ele sabia q seria um estouro de bilheteria..
Caio é que assim o pessoal fã da DC diz que seus personagens tem uma personalidade mais profunda e seus filmes imersivos, enquanto os da Marvel é mais focado na ação e de criticarem que a grande maioria dos filmes pegarem leve para agradar todos os públicos.
Sou fã de HQ e acho que o filme tem muuuuitas falhas.
Porém, não me parece crível e real compará-lo a Batman & Robin.
Mesmo com diversos pontos ruins - algumas você cita muito bem - o filme ainda tem alguns acertos.
Daria uma nota 6. Pois me diverti, sim. Além disso, a trilha é agradável e como Sessão da Tarde, quebra o galho.
Não esperando nada, como eu fiz, me entreteve.
Mas, poderia ser muito melhor. Realmente produtores, escritores e diretores não aprendem com os erros do passado.
Entendi Dood.. com base nos filmes ainda não vi motivo pra preferir uma coisa à outra.. mas acho que ambos podem melhorar bastante né.
Oi Renato, faz tempo que não vejo Batman & Robin e na época achei horrível, mas considero ele superior a Esquadrão Suicida, falando de maneira realista... Mas que bom que conseguiu se divertir! Hehe. Abs.
Vejo muita gente criticando toda a parte técnica do filme mas elogiando pelo menos a "interpretação" dos personagens principais (Arlequina, Pistoleiro, Amanda Waller, etc...) interessante que estas criticas são bem parecidas entre si, e existe um elemento em comum entre as pessoas que chegaram à mesma conclusão: são ligados em cultura pop.
Meu objetivo não é atacar as pessoas pelo seu gosto, o ponto em que eu quero chegar é o seguinte: normalmente este pessoal curte cosplay. Eu acho que cosplay é a coisa menos objetiva do mundo, são pessoas que se vestem e tiram foto imitando os personagens, fazendo caras e bocas ou interagindo com outros cosplayers sem nenhum objetivo ou conquista a mais. O máximo para quem está no meio, mas uma besteira para quem observa de longe.
Uma coisa é um artesão habilidoso desenvolver uma armadura do Batman à mão e ficar um trabalho a nível de estúdio grande, e então exibir seu trabalho em algum evento e levar um prêmio ou reconhecimento. Outra coisa é um monte de gente colocar uma peruca, lente de contato, jogar tinta na cara, todo mundo uniformizado e ficar fazendo pose pra foto só porque sim. Eu simplesmente não consigo ver um objetivo nisso!!!
Um pensa: "vou expor minha habilidade por meio do meu trabalho e ganhar a admiração e reconhecimento"
O outro pensa: "vou me vestir exatamente igual no quadrinho (ou filme sei lá) que todo mundo reconhece, mostrar que eu gosto deste personagem e sair em todas as fotos reproduzindo os trejeitos dele que todo mundo lembra".
No filme os atores estão fazendo isso, brincando de cosplay. Não estão interpretando personagens, criando uma personalidade, ou dando características familiares à qualquer ser humano que assista (empatia, objetivo, carisma, emoção, etc...). Vide por exemplo o Crocodilo, toda hora que a câmera focava a cara dele estava fazendo a mesma coisa: mostrando os dentes e cerrando os punhos enquanto rugia, chegava a me irritar. Para o papel do Crocodilo não era necessário contratar um ator.
Desta forma, compreendo perfeitamente porque pessoas ligadas à cultura geek "toleraram" os personagens, porque gostam de ver famosos brincando de fazer cosplay.
Um youtuber gringo mencionou algo a respeito de qualquer filme pop que eu tive que concordar. Para o público alvo basta ter aquilo que ele reconhece, exemplo: "Ah, olha a roupa original da Arlequina, eu reconheço isto e portanto eu gosto disto, ponto positivo pro filme".
Entendi Dood.. com base nos filmes ainda não vi motivo pra preferir uma coisa à outra.. mas acho que ambos podem melhorar bastante né.
- Justamente: ambos tem excesso em características distintas.
Não entendo muito essa história de cosplay.. mas me parece apenas uma espécie de festa à fantasia pra pessoas com um interesse em comum.. nada de muito condenável.. agora realmente, um filme não pode se reduzir a uma festa à fantasia né, hehehe.. e foi mais ou menos isso que eles fizeram com Esquadrão Suicida.. bem observado.
Adorei a trilha sonora do filme! “Sucker for Pain” Desde que a escutei em Esquadrão Suicida se tornou uma das minhas musicas preferidas, acho que foi boa a eleição para da trilha sonora. Faz pouco tempo vi os horários aqui: http://br.hbomax.tv/movie/TTL607710/Esquadrao-Suicida, deixo por se alguém gostar também e quiser ver novamente ou simplesmente por se ainda não a viram, super recomendo.
Hm, sinto discordar... Concordo que a música foi bem escolhida pro filme... só que como eu acho o filme um horror, isso não é um elogio à música...
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