NOTAS DA SESSÃO:
- Apaixonante o menino que faz o Saroo criança! Uma graça a amizade entre ele e o irmão. Apesar do filme mostrar um ambiente miserável, ele enfatiza o lado forte do personagem (tornando o título Lion apropriado, por sugerir força) e não o sofrimento (Saroo mostrando pro irmão que consegue carregar peso, mais tarde ele aprendendo inglês, a esperteza ao escapar das pessoas que queriam se aproveitar dele, além do simples fato do ator ser uma fofura).
- Bela produção. A fotografia e a trilha sonora estão entre as mais bonitas do ano.
- Pena do Saroo quando ele fica sozinho. O filme tem uma estrutura bem Disney - o herói se perde da família e tem que encontrar o caminho de volta pra casa, se tornando mais maduro e independente no processo. É uma trama simples, com 1 única linha de interesse, porém universal, eficiente e bem contada.
- Quando ele é adotado e vai pra Austrália, há um sentimento misto de alívio e frustração... Por um lado ficamos felizes que ele achou uma boa família e terá uma vida melhor do que poderia ter tido na Índia, mas ainda queremos que ele reencontre a família biológica (pra acabar com a angústia de todos), e isso parece ainda mais impossível agora.
- Dev Patel foi uma ótima escolha pro papel. Legal a ideia dele ver os Jalebis na panela depois de grande e isso trazer à tona as memórias da infância (um bom exemplo de como contar a história visualmente).
- Nicole Kidman está muito bem também. Bonita a cena em que ela diz pro Saroo que poderia ter tido filhos biológicos se quisesse. As relações da história são muito bonitas (uma das coisas que eu mais presto atenção pra avaliar o Senso de Vida de um filme é o quão harmoniosos ou o quão conflituosos são os relacionamentos centrais do filme, especialmente os positivos).
- Interessante o Google Earth ser uma peça fundamental da história. O filme é bastante caprichoso - só agora entendi por que os créditos iniciais tinham aquelas imagens mostradas do alto.
- Apesar do encontro final ser previsível, achei difícil segurar as lágrimas. A cena é linda, a trilha sonora também, e a explicação do nome no fim é aquele ponto final bem dado que parece dar uma elevada em tudo o que veio antes. Pra melhorar ainda entra uma música da Sia nos créditos!
------------------
CONCLUSÃO: Nada de muito inventivo, mas uma história universal emocionante, bem contada, com ótimos atores e uma bela produção.
Lion / Austrália, EUA, Reino Unido / 2016 / Garth Davis
FILMES PARECIDOS: As Aventuras de Pi (2012) / Império do Sol (1987) / A Cor Púrpura (1985)
NOTA: 8.0
4 comentários:
Caio, tu fez estes elogios ao subtítulo da tradução brasileira, é isso?
E no caso da Sia, seria ponto positivo por ser mérito estético ou gosto pessoal?
Me deu curiosidade de ler mas não achei crítica de "Quem Quer Ser Um Milionário?" no teu blog, tu ocultou este post também?
Não Marcus... o título "Lion" é que achei apropriado (por sugerir força). A Sia é uma das poucas artistas pop hoje em dia q eu respeito como compositora... Eu tinha ocultado a postagem do Quem Quer Ser um Milionário (várias críticas dos primeiros anos do blog eu ocultei por achar q eu ainda não sabia me justificar bem o bastante), mas ativei ela de novo já que vc ficou curioso, hehe.
Sempre é um mistério quando tu comenta do título, como foi este e o caso de "La La Land", fico voando....
Valeu ter ativado o post lá, se quiser desativar de volta eu já matei a curiosidade rs. Eu lembro de ter gostado bastante de "Quem Quer Ser Um Milionário?" na época e ainda gostei de ter ganho o oscar. Mas eu não tinha mentalidade crítica para analisar estes fatores. De qualquer forma eu lembro que o filme não foi marcante porque nunca quis ver novamente. Caso eu chegue a assistir, eu vou lembrar de tua crítica e prestar atenção nele.
Rssss... valeu, acrescentei uma linha lá pra ficar mais explícito o que quis dizer... o "Milionário" eu só vi no cinema na época... vi 2 vezes, mas eu teria que rever agora pra acrescentar qq coisa.. não acho q mudaria muito de opinião no entanto..
Postar um comentário