Beau Is Afraid / 2023 / Ari Aster
Satisfação: 5
Categoria: NI
Filmes Parecidos: Babilônia (2022) / Mãe! (2017) / Ruído Branco (2022) / Annette (2021) / Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades (2022) / O Homem Duplicado (2013) / Sinédoque, Nova York (2008)
4 comentários:
A sinopse desse filme e os comentários me fez lembrar da peça Esperando Godot pelo absurdo da peça, por ser toda simbólica e por não levar a lugar nenhum no final e ser completamente desimportante
Nunca vi nenhuma montagem da peça.. o máximo foram aqueles trechinhos que aparecem no Drive My Car.. por ser um texto mais antigo e consagrado, duvido que Godot seja tão vago intelectualmente quanto Beau.. mas talvez na excentricidade as duas obras tenham algo em comum mesmo..
Alguns têm associado Beau a Kafka tb.
Caio, vi o filme ontem com um interesse inesperado. Fiz um bingo mental. Não vi entrevistas do diretor, mas a impressão que tenho é a de que a intenção era gerar, não qualquer debate, mas um específico: o psicanalítico. Parecia que eu conseguia ver na minha frente os “cafés psicanalíticos” e as “discussões de caso” nas matérias de psicanálise na faculdade. Cada elemento do filme parecia ter sido cuidadosamente planejado para uma interpretação Freud vs Lacan, ou para aqueles seminários em que os alunos assistem um filme e o interpretam com a teoria. E eu achei absolutamente divertido relembrar o absurdo disso, embora desgoste de psicanálise. Aliás, já viu o “Gerador de Lero-Lero” psicanalítico?
Mas a razão pela qual mando este comentário é sobre uma coisa que gostaria de entender. O que tu disse sobre mães judias. É a terceira vez que vejo em uma crítica sua e não tenho a menor noção do que significa, se é um estereótipo, se é cultural, etc. Gostaria que explicasse, se possível.
Realmente, pra esse público é um banquete.. Lembro que um amigo meu perguntou no instagram se o filme era bom (quando fiz um post saindo da sala) e esse amigo era psicólogo.. daí falei bem isso: gostando ou não, pra psicólogos no mínimo vai gerar um debate interessante.
Esse Gerador não conheço não, hehe. Quanto à mãe judia.. é um estereótipo antigo sim.. normalmente utilizado pelos filhos (entertainers judeus da geração boomer), tipo uma Dona Hermínia só que versão judia. Seria uma senhora conservadora de opinião forte, teimosa, meio dominadora (porém bem intencionada) e excessivamente preocupada com a educação/segurança/sucesso dos filhos.
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