Há inúmeros modelos que ensinam a contar histórias melhores, e muitos trazem ideias importantes. Mas, no fim, todo filme — aliás, todo entretenimento temporal — depende de dois elementos fundamentais para funcionar: ganchos e recompensas. O gancho é o estímulo que prende a atenção do espectador e o faz querer aguardar para saber o que vai acontecer – é a promessa de alguma emoção prazerosa no horizonte. A recompensa é essa emoção prazerosa: a satisfação da expectativa criada pelo gancho.
Normalmente, todo filme terá 1 gancho principal, que será estabelecido dentro dos 10 minutos iniciais (ou pelo menos sugerido) e durará até o clímax — é aquela ideia básica que muitas vezes você já sabe sobre o filme só de ler a sinopse.
Em O Iluminado, por exemplo, aos 8 minutos Mr. Ullman conta a Jack sobre a tragédia que ocorreu no hotel Overlook, criando a expectativa de que algo terrível irá acontecer à família Torrance ao se mudar para lá. Esse gancho sustentará nosso interesse o filme todo.
O gancho principal não pode ser plenamente satisfeito antes do clímax final, se não, o espectador perderá o interesse na história. Mas ele pode ter inúmeros reforços e semi-recompensas ao longo da narrativa antes de ser plenamente satisfeito — o gancho deve respeitar o Princípio da Ascensão e sempre estar prometendo algo melhor no futuro.
Além desse gancho-mestre, um longa-metragem precisa de ganchos menores dentro do gancho principal. Em Ghost: Do Outro Lado da Vida, por exemplo, o gancho principal é a morte de Sam e sua decisão de permanecer ao lado de Molly — Sam continua “vivo” na forma de espírito, mas Molly não faz ideia (e nós queremos que ela descubra). Uma vez estabelecido esse gancho, temos outros dentro dele: a descoberta da traição de Carl, amigo do casal que foi quem orquestrou o assalto a Sam, ou a jornada de Oda Mae Brown de charlatã para médium legítima, etc.
O esqueleto de um bom filme, portanto, é feito de ganchos-mestres de longo prazo e ganchos de médio/curto prazo, cada um podendo ter diversas recompensas. Toda cena, quando bem construída, inicia estabelecendo um pequeno gancho e não termina antes de entregar alguma recompensa — que pode ir desde um avanço significativo da trama até recompensas mais simples ou estéticas, como uma imagem emblemática, uma ideia criativa ou uma frase de impacto: algo que retribua ao espectador a atenção investida.
Novelas e séries de TV costumam se sustentar em ganchos fortes de longo prazo. Com frequência, há um mistério central ou uma grande mentira cuja revelação será adiada por semanas ou meses. Se o gancho for envolvente o bastante, o espectador permanecerá interessado mesmo quando a narrativa estiver inchada, cheia de núcleos menos interessantes que não avançam a trama.
Nas formas mais elevadas de entretenimento, no entanto, evita-se tudo que é supérfluo: cada cena está ou criando/reforçando um gancho, ou no processo de entregar uma recompensa. Cenas não relacionadas a ganchos — meramente expositivas, focadas em caracterização ou que existem apenas para transmitir mensagens, exibir o estilo do diretor, etc. — são evitadas. Essas coisas, quando necessárias, devem ser incorporadas em cenas que estejam sob o efeito atrativo de algum gancho.
Em O Exterminador do Futuro, por exemplo, muita exposição é necessária para explicar ao espectador o que está acontecendo. Mas esses diálogos expositivos não ocorrem em cenas estáticas: acontecem no meio de algum tipo de suspense. Por exemplo, enquanto Kyle e Sarah estão dentro do carro no estacionamento, recarregando a arma e tentando se esconder do Exterminador.
A única hora em que o espectador geralmente dá um “desconto” para a história e presta atenção mesmo na ausência de um gancho é na introdução — nos primeiros minutos, pois aceita-se que é necessário primeiro estabelecer o universo do filme antes de um gancho ser posicionado. Depois disso, apenas ganchos ativos manterão o espectador atento à tela. Então, como diria Billy Wilder, “agarre-os pela garganta e nunca mais solte”.
É possível prender a atenção do espectador mesmo sem um gancho narrativo high concept, como o de O Exterminador do Futuro. Em Casablanca, por exemplo, o gancho é simplesmente a reaparição de Ilsa na vida de Rick Blaine. O gancho pode ser qualquer acontecimento que prometa emoções intensas e prazerosas no futuro. Ele levanta certos tipos de perguntas na mente do espectador: e agora, o que irá acontecer? Como irá acontecer? Quando? Como os personagens principais irão reagir? Quais serão as consequências para eles?
No Idealismo, os ganchos estarão sempre prometendo emoções ligadas aos 4 Pilares do Idealismo: Objetividade, Benevolência, Autoestima e Excitação. (Confira o texto Os 4 Pilares do Idealismo e consulte o Mapa de Valores). Mas qual tipo de evento concreto que pode servir como gancho é tão infinito e diverso quanto os interesses humanos — e o desafio do bom artista é elaborar ganchos criativos que prendam o público ao mesmo tempo que refletem sua visão pessoal.
Ganchos de Conteúdo vs. Ganchos de Forma
Alguns ganchos estão ligados aos objetivos dos personagens, aos riscos que eles correm e às experiências que irão viver. Outros estão ligados às expectativas do espectador em relação ao filme em si — às decisões criativas da obra. Comédias, musicais ou filmes de terror, por exemplo, costumam prender a atenção não apenas pelos desejos do protagonista na história, mas também por expectativas formais: de que uma piada hilária será contada, de que haverá uma grande canção ou uma cena incrivelmente assustadora, etc. Os ganchos de conteúdo, no entanto, são mais objetivos e mais fundamentais que os de forma. Ainda que o que mais prenda você em uma comédia seja a expectativa por novas piadas, é preciso haver um gancho minimamente atraente no nível da trama para dar senso de movimento e coerência à narrativa — o personagem precisa ter algum objetivo, um conflito a resolver, etc.
É importante lembrar que o fato de o personagem ter um objetivo na história não torna esse objetivo automaticamente um gancho. Costumo chamar de "filmes de serviço" aquelas tramas em que apenas acompanhamos o personagem exercendo seu trabalho — um detetive ou jornalista investigando um crime, por exemplo. Esses filmes partem da ideia de que o simples fato de o protagonista receber uma tarefa desafiadora em seu emprego já tornará a trama envolvente. Mas se aquilo faz parte do trabalho dele, algo que ele realiza por dever, a tarefa ainda não é interessante. Ela passa a ser quando é estabelecida como altamente incomum, envolvendo riscos significativos para o protagonista que afetem sua vida pessoal — sua segurança, reputação, futuro, etc.
Ganchos Internos vs. Ganchos Externos
Ganchos internos são aqueles que acontecem dentro do próprio filme e não dependem de informações externas para funcionar, apenas de um conhecimento geral sobre o mundo. Ganchos internos criam filmes sólidos e atemporais. Ganchos externos criam publicidade e atração momentânea, mas são frágeis e pouco artísticos. Por exemplo: a maioria das pessoas que assistiu a Homem-Aranha: Sem Volta para Casa ficou vidrada aguardando ansiosamente a reunião dos três atores que interpretaram o herói na era moderna: Tobey Maguire, Andrew Garfield e Tom Holland. Este é um típico gancho externo, que depende de informações trazidas de fora da sala de cinema ("você precisa ver este filme, atriz X aparece com os peitos de fora" / "há uma cena pós-créditos incrível!"). Eles podem tornar um filme excitante quando visto pela primeira vez no lançamento, mas logo ficam datados e perdem o efeito.
Agora considere a premissa de Capricórnio Um (1977): no futuro próximo, por problemas de financiamento, a NASA decide forjar em um estúdio de TV a 1ª viagem tripulada a Marte e enganar a população. Porém, o foguete sem tripulantes enviado ao espaço para sustentar a ilusão explode acidentalmente na hora da reentrada. Assim, os três astronautas escondidos — que nunca saíram da Terra — se tornam a única prova de que a missão foi forjada, e precisam ser eliminados pelo governo. Com um gancho desses, você quer acompanhar a história e saber o que vai acontecer mesmo sem qualquer informação externa sobre o filme.
Ganchos Universais vs. Ganchos de Nicho
Alguns ganchos funcionam de forma mais universal que outros. Quando o gancho envolve riscos à vida, à felicidade, à família ou ao futuro de um personagem, ele tende a funcionar para a maioria das pessoas, pois tratam de valores amplos com os quais todos podem se relacionar. Alguns filmes, no entanto, conquistam o público através de ganchos que funcionam apenas para um segmento da população: apelam para ideologias, certas preferências sexuais ou para tópicos intelectuais restritos. Esses não deixam de ser ganchos, mas são como anzóis especializados que só pescam um tipo de peixe. No Idealismo, a universalidade é vista como um valor, portanto ganchos excessivamente específicos devem ser evitados.
A Qualidade do Gancho
A originalidade, intensidade e a plausibilidade do gancho também importam. A premissa de Capricórnio Um é envolvente porque é criativa, apresentada com detalhes realistas. Todos já ouvimos conspirações sobre a ida do homem à Lua, o que dá certa credibilidade à situação. Se você parar para pensar, o filme é apenas sobre homens tentando assassinar outros homens. Mas a motivação original e plausível por trás dessa perseguição torna o gancho hipnotizante.
Em Jurassic Park, o gancho não seria muito diferente se os paleontólogos fossem a uma ilha misteriosa e encontrassem dinossauros que simplesmente sobreviveram ao meteoro e ainda vivem lá desde a era Mesozoica. Mas isso não seria muito criativo, nem plausível. Portanto, o gancho e as recompensas seriam mais fracos.
Filmes de super-heróis modernos se tornaram cansativos em parte porque o gancho muitas vezes se resume a mais um vilão querendo destruir o mundo com magias aleatórias. As consequências são gigantes (os stakes são altos, em teoria), mas o gancho é de má qualidade. Não é original, nem plausível, nem surpreendente para os heróis ou para a população, que já passaram inúmeras vezes por ameaças similares, já estão familiarizados com super-poderes, etc. Portanto, não há suspense.
Set Pieces
As cenas mais memoráveis do cinema costumam reservar seus Set Pieces para o estabelecimento do gancho principal ou para a entrega das principais recompensas. (Leia mais sobre Set Pieces no texto: Set Pieces e Grandes Cenas).
Recompensas e Reações — Pessoas se interessam por pessoas
Boas recompensas frequentemente estão ligadas a reações de personagens. O que prende o espectador à história muitas vezes não é o “fato extraordinário” em si apresentado pelo filme, mas a expectativa pelas reações dos personagens a esse fato. Ganchos irresistíveis costumam dizer subconscientemente ao espectador: “algo extraordinário ocorreu — ou vai ocorrer — e os personagens não fazem ideia”. Quanto menos os personagens esperarem o acontecimento, e quanto mais intenso e dramático for o impacto prometido sobre eles, mais seremos fisgados pela história. Os melhores filmes exploram ao máximo as reações dos personagens: fazem a plateia esperar por elas e, depois, as tornam dramáticas e memoráveis. A reação certa multiplica a dimensão do evento e pode fazer até algo cotidiano parecer “maior que a vida”. Uma reação fraca ou inadequada pode fazer até o apocalipse parecer trivial. Em comédias, as reações fazem ou destroem a piada. Claro que é preciso haver plausibilidade na reação: em A Noite dos Coelhos (1972), por exemplo, por mais que os personagens gritem, eles não conseguem tornar coelhos gigantes verdadeiramente apavorantes para o público.
Uma das coisas que tornam Spielberg eficaz é sua maestria ao lidar com reações — uma de suas assinaturas é a câmera se aproximando lentamente do rosto de um personagem, reagindo a algo fora de quadro. Ele não só elabora situações extraordinárias, como cria reações à altura para potencializar o evento. Pense em Alan Grant virando a cabeça de Ellie para que ela veja o braquiossauro; ou na mãe de Elliott derramando o café ao ver E.T. pela primeira vez. Uma de suas técnicas mais poderosas é a reação contraintuitiva — retratar o impacto do evento não por reações óbvias e previsíveis, mas, por exemplo, fazendo o personagem ficar mudo e imóvel, revelando a intensidade da emoção por meio de um detalhe (uma lágrima, um tremor no corpo, um objeto que cai, etc.). Esse understatement muitas vezes é mais potente que o exagero. Reações opostas às esperadas também podem comunicar intensidade — alguém com o rosto choroso num momento de extrema alegria, ou com ar de fascínio num momento de profundo terror. Isso passa a ideia de um evento tão incomum, tão extremo, que o personagem não tem emoções padronizadas para lidar com ele. Um dos motivos pelos quais é difícil repetir o impacto de Jurassic Park nas continuações é que, após o primeiro filme, ninguém naquele universo ignora mais a existência dos dinossauros; não há como reproduzir as reações do primeiro filme, pois não existe mais o personagem 100% ignorante, que é um elemento importante para tornar o gancho poderoso. Com ganchos mais fracos, as recompensas também são mais fracas.
Uma técnica que costuma fortalecer o gancho e nos fazer aguardar ansiosos pela recompensa é informar o espectador sobre o que irá acontecer, sem informar os personagens. Um erro comum de roteiristas iniciantes é esconder demais o jogo do espectador e tentar surpreendê-lo ao mesmo tempo que os personagens. Mas o público precisa ter pelo menos uma ideia do que irá acontecer para que o gancho se estabeleça.
Alfred Hitchcock dizia que suspense é preferível à surpresa:

Assim como a cena da bomba se torna mais envolvente quando o espectador já sabe de sua presença, o filme como um todo também se torna mais envolvente quando o público tem uma noção do que vai acontecer. Em vários dos melhores filmes temos uma ideia muito clara do destino para o qual estamos caminhando, e mesmo assim não perdemos o interesse — em parte porque ainda não vimos exatamente como aquilo vai acontecer; em parte porque os personagems não sabem o que virá, e o espectador quer ver suas reações. É quase como se tivéssemos um fetiche voyeurístico de observar uma pessoa no instante em que sua mente está entrando em contato com um conceito novo e extraordinário.
Em Titanic, o gancho principal é que sabemos desde o início que o navio irá afundar. Há até uma animação 3D mostrando exatamente como será o naufrágio, e ainda assim o espectador aguarda ansioso a chegada do iceberg — pois ninguém a bordo tem ideia do que irá acontecer. O desastre fica particularmente envolvente porque as pessoas acreditavam que “nem Deus poderia afundar aquele navio”. E o que dá dimensão épica ao clímax não são apenas os efeitos visuais, a produção grandiosa, mas as reações de todos os personagens ao que está ocorrendo.
Em O Iluminado, Wendy é a personagem mais crucial do filme porque ela é quem não sabe absolutamente nada sobre o que vai ocorrer. No início do filme, pense na quantidade de fatos extraordinários que ela ignora e que nós já sabemos ou suspeitamos: ela não sabe que seu filho possui poderes extra-sensoriais (já vimos Danny conversando com "Tony" no banheiro), ela não desconfia que o marido seja um assassino em potencial (já vimos algumas pistas de seu desequilíbrio mental) e nem suspeita que o hotel para o qual está indo seja assombrado (ela sequer sabe que fantasmas existem!). Se ela já suspeitasse dessas coisas desde o início, não haveria tanto interesse no filme.
Por isso costuma ser crucial reforçar, ao longo da narrativa, a ignorância dos personagens acerca do “fato extraordinário” — inserir detalhes que deixem claro para a plateia que eles estão totalmente por fora: o equivalente à cena clichê em que o cachorro está latindo desesperadamente e o personagem descarta qualquer perigo: “deve ser apenas um gato”. Se O Iluminado é um dos filmes de terror mais gratificantes do cinema, muito se deve às expressões inesquecíveis de Shelley Duvall reagindo aos “fatos extraordinários” que ela descobre.
Esses fatos extraordinários não precisam se limitar a fantasmas, dinossauros ou eventos históricos. Em Cidadão Kane, o caráter corrupto do protagonista é o “desastre” que se revela aos poucos, surpreendendo os demais personagens e, no fim, surpreendendo o próprio Kane quando ele se dá conta de quem é. O caráter nobre de alguém também pode funcionar como gancho — por exemplo, o talento oculto de um personagem. Em Laços de Ternura, a maternidade e os dramas da maturidade são o evento extraordinário que vira a vida da protagonista de cabeça para baixo. Se Aurora fosse uma mulher com diversos filhos, já acostumada com essas dificuldades da vida, não haveria gancho. Mas ela é apresentada como uma mulher extremamente rígida, vaidosa, controladora — para uma mulher assim, você sabe que a maternidade será um cataclisma.
Ganchos grandiosos, com consequências amplas, tendem a ser mais envolventes, mas é perfeitamente possível prender o público com ganchos mais simples e locais — desde que você convença que o evento tem o poder de transformar dramaticamente a vida dos personagens centrais.
Filmes sem Ganchos e Recompensas
O cinema não-narrativo, como o Naturalismo e o Experimentalismo, é caracterizado pela ausência de ganchos narrativos — em especial pela ausência de ganchos internos. Esses filmes esperam que fatores externos à história funcionem como "ganchos": a simpatia pela figura do autor, a causa que o filme defende, o status social associado a tê-lo assistido, etc.
Já no cinema narrativo e no verdadeiro entretenimento, ganchos e recompensas são indispensáveis. Há filmes que nos prendem por motivos sutis e parecem não ter ganchos, mas, se a experiência é gratificante, provavelmente é porque, em algum nível, o filme cria uma boa dinâmica de ganchos e recompensas — gerando expectativas no início e satisfazendo essas expectativas de maneira eficaz mais adiante. Para identificar qual é o gancho, basta pensar nas cenas mais emocionantes ou satisfatórias do filme: elas te darão uma pista sobre o gancho agindo sobre o enredo.
O que irá diferenciar um grande filme de um entretenimento inferior, nesse sentido, é a qualidade dos ganchos e das recompensas: se ele é dominado por ganchos internos, fortes, criativos, plausíveis, universais, bem posicionados na linha do tempo, e se as recompensas são abundantes e estão à altura das expectativas criadas. M. Night Shyamalan, por exemplo, é um cineasta ótimo para elaborar ganchos, mas que frequentemente falha nas recompensas.
Ao pensar na sua história, esqueça por um momento as velhas fórmulas de roteiro e reflita em termos de ganchos e recompensas. Qual é o seu gancho-mestre — aquele conceito mais amplo que sustentará o interesse da plateia ao longo de todo o filme? Quais são as recompensas associadas a esse gancho? Em que pontos da narrativa elas ocorrem? Como elas podem se alinhar a cenas emblemáticas? E quais são as subtramas, os ganchos menores que você precisa estabelecer no decorrer da história? Que recompensas cada um deles terá? Cada cena da sua história está criando/reforçando um gancho, ou no processo de entregar uma recompensa?
Os esquemas tradicionais podem oferecer ferramentas úteis para a construção de boas histórias. Mas se você dominar a lógica dos ganchos e recompensas, você poderá usar essas fórmulas com mais consciência — e até quebrá-las sem perder o espectador.