Documentário conduzido por Fernando Henrique Cardoso (e dirigido pelo irmão do Luciano Huck) que discute a descriminalização das drogas. O filme é a favor da descriminalização, obviamente, e aponta alguns bons argumentos, mostrando por exemplo que é impossível impedir o consumo de drogas mesmo dentro de uma prisão de segurança máxima. O filme mostra depoimentos de celebridades como Paulo Coelho, Dráuzio Varella, Gael Garcia Bernal e Bill Clinton, mas ainda assim parece que falta alguma coisa. Ele deixa de fora questões importantes, não desenvolve bem os argumentos, não apresenta dados científicos sobre o efeito das drogas no cérebro e no corpo, e também não entrevista ninguém que seja CONTRA a descriminalização, só pra ouvir o lado de lá e poder analisar a questão de forma mais objetiva.
Minha opinião? Sou contra o uso de drogas e de qualquer coisa que comprometa o meu raciocínio ou que me dê algum tipo de felicidade não merecida, desconectada da realidade (não vejo problemas em beber moderadamente) - mas não acho que o governo tenha o direito de dizer o que você pode ou não pode fazer com a sua vida desde que você não force os outros. Se eu quiser cheirar cocaína, me matar, dirigir sem cinto, tudo isso é problema meu. Se eu me drogar e resolver matar o vizinho, daí entra a polícia. Se o governo acha que é função dele cuidar da vida das pessoas, então quem é que estabelece o limite? Não deveria ser proibido então morar em São Paulo, pois a poluição pode te matar a longo prazo? E comer fast-food? Quem sair na rua sem filtro solar não deveria levar multa? O que é mais prejudicial? O filme não vai tão fundo.
(BRA / 2011 / 80 min / Fernando Grostein Andrade)
NOTA: 6.0
(BRA / 2011 / 80 min / Fernando Grostein Andrade)
NOTA: 6.0
3 comentários:
Nunca vi um argumento tão inteligente e correto sobre esse assunto. Os exemplos que você deu, realmente são reais. Se a pessoa quer se ferrar de qualquer forma, o problema é dele. E ninguém tem nada a ver com isso. O governo é ridículo, esse Drauzio principalmente é uma girafa que paga de santo e senhor da razão.
Interessante a problemática demonstrada no filme, eu preciso ver. Abraço
Obrigado anônimo! Acho que esse é o primeiro anônimo elogioso desse blog, hehe. Abs.
Veja sim Cristiano. O filme poderia ter sido muito melhor, mas do jeito que está já serve pra uma discussão interessante.
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