Não perca seu tempo com esse filme que não passa de um making-of amador - um extra de DVD glamourizado, tentando se passar por documentário. O filme (feito por um brasileiro, certamente fã) registra a passagem de David Lynch (diretor de Veludo Azul e Cidade dos Sonhos) pelo Brasil, quando veio divulgar o seu livro sobre meditação transcendental Em Águas Profundas. Tudo o que Lynch diz no documentário você encontra resumidamente no YouTube em qualquer entrevista que ele tenha dado nos últimos anos (Lynch é muito repetitivo nos comentários, então não há nada de novo, nada de exclusivo, nada de valioso no documentário a respeito dele que justifique sua existência). O filme tem só 84 minutos e mais da metade do material é inútil - registros desnecessários de Lynch em elevadores, Lynch em carros, Lynch dando autógrafos, como se ele fosse uma espécie de deus e qualquer registro dele em vídeo fosse tão valioso que não pudesse ser desperdiçado. Pra piorar, o diretor fica inserindo cenas pretensiosas no meio do documentário, tentando imitar o estilo único de Lynch, como quem diz "Olha David, eu também sei, me dá um emprego?".
(BRA / 2011 / 84 min / Marcos Andrade)
INDICAÇÃO: Não veja. Se você se interessou, veja essa breve entrevista no YouTube.
NOTA: 4.0
3 comentários:
Se você diz que ele aparece quase como um deus, o que não acho que ninguém pode se sentir (apesar de não ser religioso) assino embaixo. Patético.....ainda bem que não assisti o documentário, apesar de gostar de Veludo Azul.
Na entrevista que li dele para a Revista Trip realmente temos a sensação dele se achar um gênio da humanidade.
Ninguém pode se achar assim. Os outros é que precisam ou podem chegar a essa reflexão.
Obrigado por me ajudar a fugir desse "documentário".
Heheh.. Mas a culpa nem é do Lynch, que não tem nada a ver com o filme, e sim do Marcos Andrade. ELE que deve achar Lynch um deus e transformou o documentário em pura tietagem, rs. Não vale o ingresso mesmo. Abs!
E olha que eu gosto mto do Lynch.
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