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Ainda assim, o filme abusa de clichês dos filmes de espírito: a cena em que algo estranho é revelado nas câmeras de segurança, objetos da casa que mudam de lugar, os desenhos das crianças que sugerem que elas já viram o monstro, o policial que não acredita na história, etc.
O diretor é obviamente fã do Spielberg e inseriu referências a E.T. (o alien que bagunça a geladeira), Poltergeist (objetos que se empilham sozinhos na cozinha), Contatos Imediatos (parafusos girando sozinhos, luzes fortes entrando pela porta, etc). Há também vestígios de Os Pássaros e Psicose de Hitchcock. As referências são excelentes, mas isso não significa que ele tenha o mesmo talento pra roteiro e direção.
O filme consegue criar bons momentos de suspense, principalmente no começo, quando a situação ainda parece realista. Mas depois que a presença dos aliens fica óbvia, tudo começa a parecer falso; o pai por exemplo continua procurando explicações normais pros acontecimentos, mesmo quando já não faz mais sentido. A falta de realismo psicológico acaba tornando tudo artificial e quebrando o clima.
Esses filmes todos parecem competir pra ver qual provocará as sensações mais intensas de medo. Eu adoro um bom susto, mas essa não deveria ser a meta de um filme. Eles acabam sempre parecendo vazios e perdendo o rumo da metade pra frente. Talvez eles devessem estar mais preocupados em contar uma história satisfatória, tanto emocionalmente quanto intelectualmente, com começo, meio e fim.
Dark Skies (EUA / 2013 / 97 min / Scott Stewart)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Atividade Paranormal, A Entidade, Mama, Possessão, etc.
NOTA: 6.0
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