Thriller psicológico escrito e dirigido por Lynne Ramsay (a mesma de Precisamos Falar Sobre o Kevin) sobre um matador de aluguel (Joaquin Phoenix) que ganha a vida resgatando escravas sexuais de cativeiros e matando brutalmente os responsáveis no processo. O filme ganhou os prêmios de Melhor Ator e Melhor Roteiro no Festival de Cannes.
Esse é o típico filme pseudo-intelectual, charlatão - daqueles que querem parecer artísticos, profundos, psicologicamente complexos, mas apelam pro Subjetivismo e pras Emoções Irracionais pra atingirem esse objetivo - tudo pra esconder o fato de que o autor não tem de fato algo substancial a dizer, não tem o intelecto nem a profundidade nem o requinte artístico que tenta passar.
Acabando o filme, a primeira coisa que fiz foi procurar uma entrevista com Ramsay no YouTube pra ver ela falando qualquer coisa, pois minha impressão era a de que o filme tinha sido feito por uma pessoa com sérias dificuldades de raciocínio e de comunicação (como pra mim a objetividade é a 1ª necessidade de qualquer filme, se você ainda não dominou essa habilidade, você não deveria se arriscar a escrever e dirigir um filme). Não estava enganado - veja essa entrevista e, caso você consiga entender pelo menos 10% do que ela fala (eu tive quase uma dor de cabeça tentando), repare no senso de caos, de imprecisão e falta de propósito e de estrutura em sua fala, na impressão de que nada é "preto e branco" em seu processo, que tudo é improvisado, aproximado, que ela pensa em termos de "sons e imagens" (ou seja, que ela não pensa - que ela filma movida por sensações que desconhece). É um exemplo incrível de como uma obra, antes mesmo de refletir seus valores, acaba sendo um raio-X do método de pensamento de um artista.
You Were Never Really Here / Reino Unido, França, EUA / 2017 / Lynne Ramsay
NOTA: 0.0
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