segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Disney e a coletivização do entretenimento

Bob Iger disse recentemente numa entrevista que a Disney sempre irá priorizar qualidade, não volume — isso ao mesmo tempo em que a empresa anuncia DEZ novas séries Star Wars, DEZ novas séries Marvel, dúzias de remakes, live-actions, reboots, filmes com títulos medonhos do tipo "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania", dois spin-offs de The Mandalorian, que em si já é um spin-off de Star Wars. Talvez Iger tenha querido dizer "qualidade" no sentido de definição de imagem, qualidade na renderização dos efeitos etc.

Acho interessante notar os diversos níveis de parasitismo ocorrendo aqui. Num vídeo recente falei sobre como essa avalanche de serviços de streaming que estão surgindo estão impedindo o consumidor de pagar por filmes individuais, por aqueles filmes que ele de fato valoriza, e fazendo com que ele seja obrigado a pagar pelo pacote inteiro, pois não há outras formas de assistir a determinados filmes a não ser pela assinatura. Falei como isso está promovendo não só a pirataria, mas também uma completa coletivização do entretenimento. Pense em quem sai prejudicado com isso, e em quem sai ganhando. Cineastas bem sucedidos como Christopher Nolan ou Denis Villeneuve estão furiosos com a decisão da Warner de lançar todos os filmes de 2021 direto no serviço de streaming. Claro, como eles sabem que seus trabalhos têm poder de atrair público e de gerar lucros enormes, pra eles não é um bom negócio entrar no "pacotão". Não só seus filmes serão prejudicados em termos de exibição, como provavelmente renderão menos dinheiro para os produtores. Agora pense em quem sai beneficiado nesse esquema... Será que a Disney seria capaz de produzir tantos projetos de necessidade duvidosa (como os que anunciaram) se cada um deles tivesse a responsabilidade de se pagar e gerar lucro? Ou será que muita coisa que sai no streaming hoje só consegue ser financiada justamente por fazer parte do pacote, e por estar lucrando em cima dos títulos mais atraentes do catálogo? 

No momento, ainda temos esses filmes grandes que foram criados originalmente para o cinema, que foram feitos com uma mentalidade independente, de fazer sucesso com base nos próprios méritos, e que só agora, depois de já produzidos, foram forçados a ir direto para o streaming. Mas e se a tendência continuar, e no futuro todos os filmes passarem a ser produzidos direto para o streaming — não tiverem mais essa mentalidade de que o sucesso ou o fracasso comercial de cada filme depende apenas da própria qualidade ou atratividade? Que o que importa no fundo é a atratividade da plataforma, não a de filmes específicos? Isso não será um incentivo para filmes cada vez menos ambiciosos, tanto em conteúdo quanto em padrões técnicos?

No caso da Disney, um outro nível de parasitismo ocorre no nível da marca. Se, como disse antes, produções de segunda categoria estão sendo beneficiadas dentro da plataforma de streaming pela existência de títulos grandes no catálogo, a plataforma como um todo (inclusive os filmes grandes), de certa forma já parasita da marca Disney (ou Star Wars) e de um prestígio construído no passado com base em obras de real imaginação e qualidade. Os novos Star Wars e os novos live-actions da Disney não seriam nada se não fosse a memória afetiva do público e os méritos dos criadores originais. Os cineastas por trás da maioria desses novos filmes não têm uma real capacidade de criar blockbusters, de gerar entretenimentos originais que encantem as massas. São apenas imitadores competentes nos melhores casos (a diretora do novo Mulan, por exemplo, veio de filmes mais realistas e independentes como Encantadora de Baleias, Terra Fria, nunca teve uma verdadeira "veia" pro cinema comercial). O que torna esses filmes grandes sucessos no fim é a associação à marca, a memória afetiva do público e o compromisso que temos com certos personagens. 

A visão de criadores do passado (como Walt Disney ou George Lucas) é a "luz" da qual o entretenimento de hoje continua dependendo pra sobreviver. Hoje quase não se vê mais imaginação e talento nessa indústria. Os produtores são como zumbis, sanguessugas, não geram novo valor, não conseguem criar novas fontes de "luz" — estão apenas criando um jogo elaborado de espelhos: tentando refletir, modificar e dividir essa luz do passado em milhares de novos feixes, matando-a completamente no processo.

15 comentários:

Leonardo disse...

Olá, Caio. Estava curioso quanto a sua opinião sobre o evento da Disney. Mas dado que seus textos mais recentes têm sido abreviados ou removidos do blog, pensei que deixaria o evento passar em branco.

Ótimo texto e concordo com o que escreveu. Também achei muito interessante a sua abordagem econômica de “redistribuição de riqueza”, não havia refletido desta forma. Me lembrou a pirâmide dos talentos de A Revolta de Atlas, onde os intelectualmente estagnados parasitam o produto de gênios passados enquanto exigem tratamento igual.

Em adição às suas observações, a minha crítica ao evento da Disney teria sido voltada para a ficção científica, no sentido distópico do termo. Há alguns anos li Admirável Mundo Novo e, apesar de carecer da profundidade filosófica de demais autores que escreviam sobre totalitarismo em sua época, algumas das “profecias científicas” do autor são bastante aplicáveis hoje. Caso engano, no livro existe uma substância psicotrópica chamada “soma” que induz o estado de prazer, euforia ou relaxamento das drogas, mas sem seus efeitos negativos. Na mesma direção, o cinema havia se adaptado para a mera reprodução de sensações puras via realidade virtual – nesta proposta, os filmes deixaram de ter histórias e passaram a ser algo mais semelhante à pornografia. Um personagem outsider, que não teria sido submetido ao condicionamento do comportamento da “soma” naquela civilização, tem uma resposta negativa bastante agressiva ao ver no que o cinema havia se tornado (também caso engano, o outsider em questão é uma minoria que tem apreço pelos gênios e tecnologia do passado, então ele é capaz de fazer a comparação).

Quando observo a indústria do entretenimento lembro-me deste livro. Penso nos filmes, televisão e games cada vez mais semelhantes a uma droga-sintética. Percebo que a situação é análoga ao experimento do cachorro de Pavlov: o público de hoje foi condicionado a salivar pelo mero gosto de uma carne de outrora ao ouvir os sons vazios dos sinos que inundam os sentidos. Se o “gosto da carne” é a própria nostalgia e se o comportamento de “salivar” por ela não pode ser transmitido via genética hereditária, então as futuras gerações podem passar a se satisfazer apenas com o caos dos barulhos dos sinos sem nunca ter tido uma “refeição” de verdade – e isto pra mim é altamente assustador pois, de forma invertida, os produtores também são recondicionados pelo próprio consumidor.

Uma última coisa, Caio. Ainda estou com a leitura de seu livro pendente. Estive ocupado com o meu trabalho de conclusão de curso que demandou um enorme comprometimento do meu tempo e de minha saúde mental. Assim que eu me recuperar e concluir a leitura, penso em mandar pra ti meus comentários via e-mail. Também planejo compra-lo e deixar uma avaliação positiva na Amazon, mas a minha situação financeira ainda é a de qualquer acadêmico em situação proletária, então vou adiar a compra mais um pouco.

Abraços.

Dood disse...

Olá Caio boa reflexão.


Uma coisa que foi levantada pelo seu texto, mesmo que não seja de forma explícita, seria o parasitismo em cima de produtos consagrados como Marvel e Star Wars. Todo o fã de alguma franquia gosta de ver um produto expandido dela sendo feita de maneira competente, Mandalorian tem sido elogiado como algo melhor que a última trilogia por exemplo. Só que quando você a subdivide você desgasta ainda mais. Ainda mais esse material feito pra ontem.

Mas isso já vinha ocorrendo em outras mídias como quadrinhos e desenhos animados. Como Madagascar que fizeram a série animada dos pinguins e depois a Netflix fez a série animada do Rei Julien que é um spinoff em cima de um Spinoff.

A grande verdade é que esses produtos por serem feitos assim, caem mais rápido no esquecimento. Estava ouvindo um Podcast de um cara que acompanho que diz que os anos 10 foi uma década perdida. Todos os grandes blockbusters (Star Wars, Vingadores e afins) foram totalmente esquecidos. Ninguém mais fala sobre eles enquanto obras atemporais como o Blade Runner original são discutidos até hoje.

O entretenimento precisa se libertar desse corporativismo, e o streaming só vem a desgastá-lo.

Caio Amaral disse...

Oi Leonardo! Nunca li Admirável Mundo Novo, mas achei fascinante o paralelo que você traçou, e também a comparação com o cão de Pavlov. Não sei se um dia as pessoas se tornarão tão robóticas que se satisfarão com estímulos sensoriais completamente vazios como nas distopias, porém os produtores estão fazendo um experimento perverso, parece... De ir testando até que ponto o público aguenta, qual o mínimo de substância ("gosto de carne") necessário pra manter as pessoas pagando, e o quanto é possível se safar apenas com os barulhos de sino. Ninguém parece achar mais que a meta deveria ser oferecer a refeição completa, hehe. Acho curioso também o fato dessa sensação de decadência/deterioração da cultura ser constante.. o livro Admirável Mundo Novo é dos anos 30, e pro autor a cultura já estava perdida, enquanto pra mim a "era de ouro" (pelo menos da cultura americana) ainda nem tinha começado.. Ayn Rand nos anos 60/70 também tinha a sensação da cultura estar perdida, de que o cinema ainda nem tinha começado a explorar seu potencial artístico, na mesma época em muitas das maiores obras-primas do cinema estavam sendo lançadas.. Certamente existe uma "pegadinha" aí que tento tomar cuidado.. tipo aquelas ilusões de ótica onde um objeto parece estar encolhendo mas o todo nunca muda de tamanho.. De repente uma grande parte da cultura sempre costuma estar se deteriorando, sendo abandonada.. os grandes símbolos do passado, etc.. enquanto outras coisas novas estão evoluindo paralelamente, mas de maneira menos perceptível pra quem vê de dentro.. até porque coisas novas e atualidades sempre parecem mais fúteis do que algo com um histórico de décadas. É difícil de avaliar, por isso com o livro tentei criar princípios atemporais, que possam servir de "régua" e árbitro contra esses preconceitos de cada geração. Essas semana estou aguardando a primeira leva de cópias físicas do livro... Se tiver interesse guardo uma pra você. Aliás, recomendaria que você não continuasse lendo a versão em PDF que te mandei, pois pra versão física acabei passando um pente fino e fazendo algumas correções no texto.. o arquivo na Amazon foi atualizado, então quem comprar lá já terá essa versão final, e quem já tiver comprado parece que pode baixar a atualização do livro de graça. Mas também posso enviar um PDF atualizado sem problemas. Enfim, espero que tenha tido sucesso com seu TCC! abs!!

Caio Amaral disse...

Oi Dood.. sim, no livro eu falo um pouco sobre isso tudo.. concordo que quando vc anuncia filmes e séries assim, de baciada, tudo se torna menos memorável.. Antigamente era bem claro quais eram os produtos "B".. e quais eram as produções de prestígio.. tipo.. lembro daqueles filmes que a Disney lançava direto em VHS focados mais em crianças.. sequências de O Rei Leão, Aladdin que nunca iam pro cinema.. agora essa linha ficou borrada. Isso de produzir coisas em VOLUME é uma característica mais da televisão.. por isso produções pra TV sempre costumam ter um valor artístico menor.. pois é uma mentalidade diferente, é uma mídia feita pra preencher o tempo de quem assiste.. pra pessoa ter conteúdo pra ficar dias e dias em frente à TV vendo algo bem mais diluído.. Já um filme, especialmente pra uma experiência teatral, tende a ser algo altamente concentrado.. onde cada minuto tem que ter um grande valor de produção ou artístico.. Do jeito que eles anunciaram, dá a impressão que tudo passou a ter essa mentalidade de TV agora.. os números redondos ("10" séries disso, "10" filmes daquilo) também denunciam que é tudo feito sob encomenda, em linha de produção.. não é algo natural, que tenha partido de ideias autênticas.. abs!

Dood disse...

Não é isso denuncia o quanto é volátil e relativo com essas produções. Como no citado Mandalorian ser melhor que a a última trilogia Star Wars. Gosto de dizer que séries de Streaming são os sucessos dos últimos tempos da última semana de tamanha volacidade das mesmas.

As continuações de desenhos da Disney tem, além do caráter infantil, tem o fator fanservice envolvido. Assim como o universo expandido do SW feito com livros e afins. Star Wars já tinha isso com o Clone Wars que foi uma animação estilo pixar que foi pro cinema e depois virou série. Essas criações foram tomadas pelo corporativismo e quase não tem o autor envolvido. Como no caso do Bob Esponja que ganhou um filme esse ano sendo que o autor morreu em 2015.

Essa streamização marca o fim das grandes produções, o que é mal para indústria do cinema até por conta das coisas que você disse da linguagem do cinema ser diferente de outros produtos. Isso está se perdendo infelizmente.

Caio Amaral disse...

Verdade, tudo vem e vai muito rápido.. reflexo talvez da "geração Tik Tok".. attention span cada vez menor.. conteúdos cada vez mais rasos, baseados em estímulos momentâneos e passageiros.. eu sempre me considerei uma pessoa com pouca paciência pra chatice, pra arte que não estimula.. mas isso já está numa outra categoria. abs!

Leonardo disse...

Olá, Caio.

Com certeza é um assunto para uma longa discussão sob diversas abordagens. Sinto falta de podcasts com debates honestos entre pessoas de domínios variados do conhecimento. Acho que a tendência natural de qualquer debate entre intelectuais é sempre a mesma – maior intervenção do governo, mais coletivismo, mais participação comunitária, etc. Mesmo em mesas redondas entre professores e cientistas a conclusão é sempre a mesma. Acho que o que leva a Disney e outros serviços obterem “carta branca” do consumidor é justamente a falta de um contraponto crítico e certeiro. O que os intelectuais se dispõem a criticar é o aspecto capitalista da Disney, o que é um erro.

Percebo que autores como o Huxley, Orwell e Bradbury interpretavam a cultura de suas épocas como um subproduto da política totalitária. Mesmo Huxley temia que o Behaviorismo de Watson e outras “ciências de engenharia social” moldassem o futuro adiante. Não obstante, outro behaviorista mais recente, o Skinner, escreveu uma ficção de uma sociedade ideal sob sua própria psicologia - algo que mais lembra uma comuna hippie. No caso de Orwell e Bradbury, já existiam sociedades que praticavam a vigilância absoluta e a queima de livros. Por ser quase que uma observação passiva em forma de ficção, estes autores ainda careciam de uma filosofia integrada consistente ou de uma régua universal – algo que Ayn Rand forneceu maravilhosamente.

Mesmo assim, um pouco de Orwell ainda pode ser identificado com clareza no entretenimento hoje. Em 1984 os órgãos estatais censuravam fotos, expressões idiomáticas e notícias jornalísticas de forma a alterar a realidade e a memória da população. Ao remover cenas com sugestão de discriminação e preconceito de seus filmes mais antigos, a Disney acaba por concretizar uma distopia. Outros casos similares estão na insistência em transformar E O Vento Levou em um filme promotor do racismo, alteração de pronomes pessoais ou a própria remoção das músicas de Michael Jackson das rádios. É até paradoxal que 1984 ainda seja um livro popular.

Dado que estes autores escreveram em formato de ficção, acho que o Black Mirror é o representante contemporâneo deste grupo. Mesmo assim, acho o Black Mirror apenas um observador da realidade, tímido demais para abordar questões filosóficas mais incômodas e “cutucar” a Disney ou a Netflix – parece mais seguro falar sobre Trump e sobre grandes corporações. O debate continua unilateral e pobre.

Caso engano, tu mesmo havia comentado que a decadência do cinema e o decréscimo da qualidade dos filmes havia levado o público à alternativas como Tik Tok e YouTube. Nestas plataformas, acho que o panorama é ainda pior. Os bots e algoritmos propiciaram um misto de todas as distopias possíveis e as pessoas aceitam permanecer em um ciclo ideológico de mesmice, repetição e bolha ideológica. Contrário à crença popular, tenho a opinião de que a tecnologia digital tornará mais difícil o descobrimento daquilo que é diferente e do estímulo à imaginação.

Quanto ao teu livro, Caio, ficaria bastante feliz com uma cópia física – se possível, autografada. Também aceitaria receber um pdf atualizado, mas sinto que é um abuso da minha parte e também pedir muito por algo que ainda não paguei. Meu problema com a Amazon é que a loja não aceita outras formas de pagamento que não sejam via cartão ou assinatura. Se fosse por boleto ou depósito bancário, eu conseguiria fazer a compra. Desta forma, eu prefiro fazer o pagamento do livro e do frete diretamente pra ti, se lhe for conveniente. Caso positivo, eu entro em contato direto contigo via e-mail.

Abraços.

Dood disse...

@Caio isso me lembrou um artigo de um millenial dizendo que 2020 foi um ano perdido por não ter tido nenhum filme da Marvel, aí você nota o perfil dos consumidores desse conteúdo. O neonerd foi cunhado pelo conteúdo audiovisual expresso. Coisas que só se tornam relevantes para consumo imediato e que não geram um legado de discussão sobre depois que são lançados, precisando ter temporadas infinitas pra manter o estabelecimento dentro de seu público.


Tivemos uma década perdida para o cinema, essa pandemia ainda veio para tornar mais difíceis as condições para super produções. Se pensarmos positivamente de repente isso pode ser que seja uma peneira para produções realmente autênticas e de boa qualidade surjam.

Caio Amaral disse...

Legal Leonardo, eu não tenho todas essas referências literárias pra comentar a fundo... Mas percebo sim que o modelo de distopia de 1984 é o padrão... O espectador não consegue imaginar outra coisa a não ser um vilão motivado por ganância, poder, materialismo. Mesmo filmes que atacam regimes de esquerda precisam num nível emocional caracterizar os vilões com esse estereótipo de ditador fascista... o que na mente do leigo se traduz como algo mais próximo do capitalismo do que do comunismo, que pra ele seria motivado por "boas intenções", por "altruísmo" (o que é uma enorme confusão). A grande dificuldade de adaptar coisas da Rand pro cinema é essa... Pois ela caracteriza os vilões como altruístas... O espectador não consegue assimilar... Vai contra todo o senso comum, parece errado emocionalmente... Se quiséssemos facilitar, os vilões da Rand no cinema poderiam adquirir uma personalidade mais gananciosa, tipo Hitler, ou de donos de corporações, e os heróis teriam que ter um comportamento mais humilde, "humano", daí todo mundo entenderia. Mas está justamente aí o desafio.. É justamente por as pessoas não pensarem e irem pelas emoções e aparências que o mundo da política é um desastre.

Acho que essas coisas como cancelar E o Vento Levou a população não vê como algo perigoso, justamente porque a censura não está vindo de uma figura estilo fascista.. e sim vindo da esquerda.. então como as pessoas enxergam as intenções como boas, não condenam os atos..

Vou te mandar um e-mail falando das opções quanto ao livro ok? Abração!

Caio Amaral disse...

Dood, estava pensando nisso esses dias... Foi já a partir do comecinho dos anos 2000 que comecei a perceber essa mudança negativa no entretenimento... Mas de 2000 a 2010 eu ainda não sentia esse vazio completo... essa queda brusca na qualidade que pra mim ficou mais evidente na década de 2010 a 2020. abs!

Dood disse...

Outro ponto que você tocou brilhantemente em Vingadores Guerra Infinita é que filmes atuais se apoiam muito em recursos visuais do que em conteúdo, ainda mais adaptações de HQ que, em alguns casos, tem até uma boa história só que derrapam ao transportar isto para outras mídias.

Caio Amaral disse...

Sim, e eu nem acho os filmes visualmente interessantes.. têm muitos efeitos especiais, mas não uma boa fotografia necessariamente.. boas ideias visuais.. prefiro filmes que usam CGI de maneira mais econômica, só quando realmente necessário.. isso tá cada vez mais raro, já que a cada ano os efeitos se tornam mais baratos, fáceis de renderizar.. abs!

Anônimo disse...

A propósito, correm rumores de que Bob Iger estaria interessado em ser nomeado embaixador na China por Joe Biden.
https://www.marketwatch.com/story/disney-chairman-bob-iger-interested-in-being-ambassador-to-china-under-biden-11608243567

Anônimo disse...

E a Disney propagandeia a redistribuição de riquezas enquanto vai cada vez mais concentrando em si poder econômico.

Caio Amaral disse...

Sim.. essas ideias altruístas em geral são ferramentas pra "amansar o gado".. a pessoa que as promove não precisa acreditar nelas necessariamente, rs.