sábado, 5 de fevereiro de 2011

Bate-papo exclusivo com Rubens Ewald Filho


Com mais de quarenta anos de profissão, Rubens é um pioneiro na imprensa brasileira. Foi o primeiro crítico a trabalhar numa televisão por assinatura (a Showtime da TVA, depois virou diretor de programação e produção da HBO Brasil, esteve uma temporada no Telecine e atualmente está no programa TNT Mais Filme, em sua terceira temporada e também na Band apresentando longa-metragens). Também fez cinema como ator e roteirista, escreveu telenovelas (a mais premiada foi Éramos Seis) e atualmente é diretor teatral. Também é conhecido como o Homem do Oscar, depois de comentar 24 vezes a festa dos Academy Awards para o Brasil (atualmente pela TNT).

Caio - Você já teve programas de rádio, TV, escreveu em jornais, revistas, sites, publicou livros... Como você ganha a vida como crítico de cinema hoje em dia?

Rubens - No Brasil onde a cultura não tem espaço, a gente faz de tudo na vida pra sobreviver matando um leão por dia... Não eh papo furado eh real... Digamos que sobrevivo com a mesma dificuldade de todos os jornalistas que fazem uma profissão em crise, com jornais e imprensa escrita destinados a acabar, uma internet que ainda não se firmou... Por isso já escrevi novelas e muitas vezes fugi do ramo pra manter um padrão de vida digno. Mas eu sou privilegiado... Somos todos assim.

Caio - Eu estou sempre brigando com as pessoas e discordando de todo mundo em relação aos filmes. Você, por outro lado, tem um gosto que está muito mais em sintonia com o gosto do público e com o consenso. Para um crítico, isso é uma vantagem?

Rubens - Suponho que sim, se não como explicar a longevidade...? O importante é que não estou fingindo ou procurando isso. É assim porque é assim que eu penso e assim defendo... Engraçado ver isso como defeito, eu vejo como qualidade.

Caio - Lembro da sua crítica ao filme Irreversível do Gaspar Noé (que eu também acho um dos piores de todos os tempos), onde você dizia que era quase caso de romper a amizade com quem gostasse do filme. Como você lida com essas diferenças grandes de opinião? Dá pra dizer "gosto não se discute"?

Rubens - Claro que gosto não se discute, mas certas coisas não são questão de gosto... Já é uma questão de psicopatia, sociopatia, sei lá o nome... O que quis dizer é que gostar de ver uma mulher sendo estuprada por vários minutos eh sinal de que a pessoa não é boa da cabeça. É melhor mandar se tratar antes que faça mais mal a sociedade...

Caio - Quais alguns filmes que quase todo mundo gosta e você odeia - e outros que quase todo mundo odeia e você gosta?

Rubens - Não sei se há casos tão radicais... Eu odeio a falsidade de tudo, pessoas que dizem gostar de coisas que são chatas, ridículas ou insuportáveis, por puro esnobismo, ou medo de ser acusado de não ter entendido alguma coisa. Não imponho por exemplo gosto nenhum meu, nem por musicais, que por sinal tem alguns horríveis, heheh, muitos na verdade... Cada vez menos gosto de impor qualquer opinião. Gosto de entender porém por que certos filmes não são aceitos, como o Além da Vida que achei ótimo e vi gente dizendo que eh paradão!! Ora faça-me o favor, um filme com tsunami!!! Acho sim que pela falta de bons filmes as pessoas vão ficando cada vez menos informadas, mais com medo do novo, do difícil, do complexo... Isso seria burrice!!! E eu temo muito isso... Dos espectadores se fecharem em sua sensibilidade...

Caio - Você costumava assistir de 2 a 3 filmes por dia. Ainda é assim?

Rubens - Sim, em 2010 assisti 140 filmes sem ter ido a festivais no exterior... Nem sei como ou por que... Eh no fundo porque continuo a gostar e a procurar filmes que perdi... Correndo atrás...

Caio - Considerando que você já viu todos os clássicos importantes, e que o nível médio do que se produz hoje em dia é muito baixo, concluo que você deva assistir muita coisa RUIM diariamente. De onde você tira forças pra aguentar os filmes ruins?

Rubens - Clássicos importantes sim, mas tem muito filme velho, de antes dos anos 60, que eu nunca vi heheh... e gostaria de ver até pra entender melhor as coisas, a evolução. Sim, vejo muito filme ruim... De qualquer época... Mas olha, o cinema eh um grande companheiro... Ontem tinha um jantar legal e não fui porque preferi ficar no ar condicionado lendo e vendo filme (aliás a paixão de ler cresce!!! E toma espaço!!!)... Hoje idem, quero ficar no refúgio tranquilo, vendo ou revendo filmes... Virei urso mesmo, eheh... Na caverna... Só que acordado e ligado, eheh.

Caio - Acho que muita gente enxerga você como um cara de "Hollywood", alguém que gosta de filmes comerciais - mas no fundo você me parece ser muito mais próximo do cinema europeu, de filmes mais sensíveis sobre pessoas. Você acha que no geral as pessoas têm uma impressão errada sua?

Rubens - Sim, mas eu deixo, heheh. Minha formação é mais filme italiano e até francês (adoro as duas culturas)... Mas não vou lutar contra a imagem que me sustenta de "homem do Oscar"... Porque eu realmente me divirto em fazer o Oscar, eu curto e tento passar isso para as pessoas. Não o levando a sério demais.

Caio - Você não acha que existem membros demais na Academia, e que deveria haver um critério melhor de seleção?

Rubens - Membros demais? São apenas 6 mil e muitos não tem o direito de votar... Acho que houve uma renovação nela... O que faltam eh melhores filmes... Este foi o ano de todas as depressões, tudo é down... pesado, trágico... Ufa, precisa ter coragem pra enfrentar os filmes deste ano... Ao menos agora no fim do ano apareceram bons e boas interpretações... Menos mal.

Caio - Algum grande favorito seu no Oscar desse ano?

Rubens - Gosto de quase todos eles... Acho Christopher Nolan injustiçado, deveria ter sido lembrado como diretor... Mas não acho errado ganhar O Discurso do Rei... Adoro boas histórias com bons atores... Gosto de A Rede Social por ser cínico e um retrato dos jovens atuais... Enfim, nem vou torcer muito por isso... A que mais me impressionou foi a Melissa Leo e todo o elenco de O Vencedor, que tinha tudo para dar errado...

Caio - De onde você fará a transmissão?

Rubens - Dos estúdios da Turner em Atlanta, Georgia... Vou 1 semana antes porque entramos ao vivo com estúdio e tudo o mais, e a equipe só fala inglês, tem que nos entender em português, eheh. Apresento com a Chris Niklas, que é uma graça de pessoa... Saio correndo e vou para o outro estúdio fazer os comentários (só traduzo porque a Regina que faz isso, pede ajuda porque são cerca de 4 horas e meia de tradução pesada).

Caio - Boa sorte! Abraços.

Rubens - Idem, abraços!

Visitem o blog oficial do Rubens

E cuidado com o @rubensewald no Twitter que apesar de ter muito mais seguidores que o real - @rubens_ewald - é falso e tem mau gosto!

76 comentários:

renatocinema disse...

Bela entrevista.....apesar de não concordar com tudo que Rubens diz, não tem como negar sua importância dentro da crítica cinematográfica no Brasil.

O Neto do Herculano disse...

Rubens Ewald tem sua importância na crítica de cinema feita no Brasil, mas seu preconceito às vezes incomoda.

Sergio disse...

Irreversível é um filme ruim? Eu não acredito que um crítico tão prestigiado como o Rubens possa ter uma opinião tão hipócrita acerca de um dos filmes mais inovadores dos últimos tempos. Se é pela violência, então os críticos deveriam desprezar o Sam Peckinpah e o Quentin Tarantino, dois sádicos confessos do cinema. Acho melhor o Rubens ver apenas os filmes anteriores aos anos 1960.

Caio Amaral disse...

Olá Sérgio, não só o Rubens como eu também detesto "Irreversível", não porque acho um filme "mal feito" ou pouco original, mas porque ele é tão desagradável e imoral que cai abaixo de qualquer consideração estética. Uma violência contra a mente E os sentidos, algo bem diferente de Tarantino e Peckinpah.

Lawrence Wolf disse...

Moralmente, o filme "O Nascimento de uma nação" (1915) de D. W. Griffith também era desprezível, já que esse filme é abertamente racista. Nem por isso os críticos e cinéfilos do mundo inteiro deixam de vê-lo ou admirá-lo. O mesmo deve acontecer com o niilismo explícito de Gaspar Noé, algo que não invalida de modo algum a contribuição estética desse relevante realizador que é o Gaspar Noé. Faltava ao cinema alguém que pensasse como Noé...

Caio Amaral disse...

"O Nascimento de uma Nação" é um drama histórico sobre a Guerra Civil que fez uma enorme contribuição pra linguagem cinematográfica e justamente por isso é tão lembrado (nesse ponto Irreversível não inventou nada - tudo já havia sido feito antes em termos de linguagem; não há essa importância histórica). Na segunda metade do "Nascimento" existem algumas cenas que sugerem racismo, mas longe desse ser o tema do filme ou um posicionamento intelectual explícito. Achar alguns minutos que sugerem racismo num drama sério com mais de 3 horas e colocá-lo na mesma categoria de um filme cuja meta é te torturar, causar náusea e revolta do começo ao fim, não só com o conteúdo mas principalmente com a forma, rodando a câmera loucamente, piscando a imagem, mostrando cenas grotescas de violência.. Não há lógica nenhuma nessa comparação.

Lawrence Wolf disse...

Há lógica sim. Em primeiro lugar, Gaspar Noé inovou o conceito de câmera subjetiva, o que é de fundamental interesse para todos aqueles que apreciam a arte cinematográfica. Em segundo lugar, desde quando existe uma barreira instraponível, regras e dogmas que possa limitar o trabalho do artista? O artista tem a liberdade de dar o seu ponto de vista acerca de tudo, desde que com inteligência, claro. Pier Paolo Pasolini provocou reações negativas e de revolta quando lançou "Salò" em 1975, tanto que o filme acabou não ganhando nenhum prêmio (mesmo Pasolini sendo um cineasta muito premiado). Muitos críticos hipócritas acusaram Pasolini de sadismo e de criar uma obra pornográfica, quando o que o diretor fez foi criar uma obra de arte que reflete a maldade humana na busca incessante pelo prazer. Pasolini chocou e era essa mesma a intenção dele, incorfomado como estava com os rumos da Indústria Cultural e com a recente legalização do partido Facista em seu país. O mesmo problema passou o diretor franco-polonês Walerian Borowczyk, autor de vários curtas de animação surrealistas muito premiados durante os anos 1950 e 1960 (André Breton, criador do surrealismo, o definiu como um artista de "imaginação fulgurante") mas que caiu em desgraça com os críticos ao criar uma obra dedicada ao erotismo durante os anos 1970 e 1980. Na verdade, Borowczyk é muito diferente de Gaspar Noé, mas o que eu quero aqui é enfatizar os equivocos cometidos por críticos hipócritas que teimam em não querer entender o ser-humano mesmo em nossa era pós-Freud.

Caio Amaral disse...

Que conceito de câmera subjetiva ele inovou? Câmera subjetiva (filmar como se fosse o ponto de vista de alguém) é uma técnica usada há muito tempo.. Me fale uma cena do Irreversível que tenha essa inovação pra ver se eu lembro..

Ah a pessoa não precisa se limitar.. se um músico, por exemplo, quiser gravar chiados numa frequência que provoque vômitos nas pessoas, ele pode.. Mas eu não preciso gostar disso, e nesse caso nem mesmo reconhecer que é arte..

Enfim, parece que você tem uma preferência por filmes que sugerem que o ser humano é podre, violento, imoral, etc. Eu pessoalmente não tenho essa visão de mundo, mas não vou descartar um filme bem feito só por ele ter uma filosofia diferente da minha.. Gosto de filmes como Dogville, Laranja Mecânica, pois ali vejo inteligência, criatividade, psicologia, um roteiro bem escrito, etc. Irreversível não só eu não gosto do conteúdo, da intenção, como também não vejo grandes méritos como esses que citei.

E o fato dele usar flashes, girar a câmera, usar a frequência de som a 28Hz, e várias técnicas especificamente pra provocar mal estar físico no espectador, isso pra mim invalida o filme como arte..

Lawrence Wolf disse...

Antes de voltar ao tema de "Irreversível", gostaria de esclarecer um ponto. Você disse o seguinte:
"Na segunda metade do "Nascimento" existem algumas cenas que sugerem racismo, mas longe desse ser o tema do filme ou um posicionamento intelectual explícito".
Ora, por David Griffith ser um grande cineasta, ele não iria dedicar um filme histórico sério com mais de 3 horas a um tema só; contudo, racista ele foi sim, pois o filme louva a Klu Klux Klan, uma instituição criada com o intuito de perseguir e matar os negros. Quer racismo maior que esse? Quer dizer que para ser racista, um diretor precisa dedicar um filme inteiro a causa?
Por causa do clamor causado com o racismo do filme, Griffith fez logo em seguida o épico "Intolerância", para tentar se redimir, mas não conseguiu muito, já que esse filme foi um grande fracasso e ele não conseguiu se manter no cinema falado.
Com relação a "Irreversível", Gaspar Noé deu um novo e pertubador tratamento a câmera subjetiva (tanto que o filme é exibido em várias Universidades de cinema em todo o mundo nas aulas de câmera subjetiva). Quem não quiser entender isso, que deixe o cinema de lado. Eu não não gosto só do cinema realista e niilista de Noé. Eu admiro muito o trabalho de cineastas como Hithcock, Visconti, Jacques Tati, William Wyler, etc, pois antes de tudo eu admiro a arte cinematográfica e não sou hipócrita. Eu gosta também de Borowczyk, Noé, Larry Clark, cineastas que muitas vezes não são compreendidos. O Rubens Ewald Filho classificou como doente tanto o Gaspar Noé como quem quer que gostasse do filme, dando a entender até que não queria falar com quem gostasse da obra. Teria sido muito interessante se o Rubens tivesse cumprido a palavra, até porque "Irreversível" foi muito elogiado e agradou tanto à críticos estrangeiros (como o americano Roger Ebert) como a crítica nacional (a excepcional Isabela Boscov escreveu uma crítica muito boa sobre "irreversível" na revista Veja). E o trabalho seguinte de Noé, "Enter the Void" foi elogiado por Darren Aronowsky, o que mostra que existem muitas pessoas que são inteligentes e não são hipócritas, pois aceitam a natureza humana com todas as suas fraquezas e limitações (e perversões). Não é à toa que o grande Luis Buñuel admirava muito o Marquês de Sade, sendo por ele influenciado (Bréton, pai do Surrealismo, se referia a Sade como o divino Marquês).

Caio Amaral disse...

Bem, vamos mudar de exemplo.. Pegue uma dessas novelas quaisquer da Globo que mostram gays de maneira ofensiva. É uma forma de racismo, porém eu não considero isso o foco da novela. Eu reconheço o mal, porém não preciso invalidar a novela inteira por conta disso. Agora, se o nome da novela fosse "Gays, Queimem no Inferno" e esse fosse seu tema central, provavelmente nenhum mérito compensaria o mal.

O que eu falo que é imoral em Irreversível não é tanto a violência contra os personagens ou a mensagem (embora eu também não goste delas), mas a violência direcionada à plateia - a intenção de provocar mal estar físico no espectador através de técnicas especiais. Se a mesma história fosse contada sem querer me fazer vomitar, eu ainda iria detestar o filme pelo conteúdo, mas iria considerar os méritos que ele tivesse (por exemplo, odeio o conteúdo do filme iraniano que ganhou o Oscar, A Separação, porém considero ele um filme bem feito dentro de sua proposta; o mesmo pro último do Almodóvar).

Você ainda não deu o exemplo da cena que tem essa inovação pra eu verificar - o fato de algumas universidades exibirem o filme não quer dizer muito. O filme talvez faça um bom uso dessa técnica e por isso seja exibido, mas não significa que ele tenha sido pioneiro ou entrado pra história.

De qualquer forma, não acho que essa discussão seja sobre técnica. Se, em vez de Irreversível, Titanic tivesse inovado na câmera subjetiva, não acho que você estaria por aí defendendo Titanic por sua relevância histórica. Acho que a questão é sobre valores. Você parece muito interessado nessa visão de que o ser humano é fraco, limitado e perverso - e Irreversível diz isso de maneira muito espetacular.

Você usa muito a palavra "hipócrita" (que é falsidade, fingir ter uma virtude que não tem). O que você quer dizer com isso? Que quem não gosta de filmes como Irreversível é hipócrita, pois está negando sua verdadeira natureza, que é aquela apresentada no filme?! Bem, se VOCÊ por acaso se identifica com os personagens desse filme, fale por si próprio, não inclua toda a humanidade nesse barco, hehe.

Lawrence Wolf disse...

Ora, se um filme apresenta os gays de forma negativa, mesmo não sendo essa a idéia central do filme, essa obra é homofóbica sim. Você parece que não assistiu o "Nascimento de uma nação" e tece seus comentários a partir de críticas de pessoas que querem esconder o conteúdo racista desse filme (e por isso você não consegue entender o racismo da obra) ou então você ainda não sabe o que é a Klu Klux Klan. Se não sabe, pesquise. Meu professor de cinema da Universidade de Jornalismo decidiu exibir "Intolerância" no lugar de "O Nascimento" (mesmo esse sendo mais famoso que aquele) na cadeira de cinema devido as idéias racistas presentes nesse filme. Além disso, esse filme está sempre presente nas listas de filmes mais polêmicos de todos os tempos, ao lado de "Irreversível", "Salò", "Calígula" e "Laranja Mecânica". Como curiosidade, cito que o diretor John Ford, marcado por filmes de conteúdo humanista, faz uma ponta em "O Nascimento de uma Nação" como um membro da Klu Klux Klan.
Agora, se para você um filme só pode ser homofóbico se a idéia central da obra for a destruição dos gays, então é muito fácil um diretor enganar você.

Lawrence Wolf disse...

Você parece não ter entendido também o filme de Noé. As primeiras cenas do filme se caracterizam por mostrar muitas imagens em rápida sucessão e movimentos caóticos de câmera, com o intuito de fazer com que o espectador sinta o estado psicológico deplorável dos personagens principais, Marcus e Pierre. Esse recurso técnico-estilístico não é usado de forma graruita, mas com o intuito de criar significado, percebido por qualquer espectador inteligente. Depois, à medida que o tempo vai passando (e a história vai chegando ao início) a narrativa torna-se mais lenta, com menos movimentos de câmera.
Esse uso inovador e original da câmera subjetiva (e a forma como o diretor consegue passar para o público o estado de espírito dos personagens principais) já garante por si só a importância desse filme, uma obra-prima incontestável.
Como eu já disse antes, eu adoro o cinema e por isso eu admiro tanto o Pasolini de "O Evangelho segundo São Mateus" quanto o Pasolini de "Salò", dois dos filmes mais importantes de um dos maiores gênios da humanidade. Eu não assisto e admiro só filmes niilistas, gosto da arte cinematográfica por si só.
Quem não reconhece os méritos de filmes como "Irreversível", "La Bête", "Salò" ou "Os Idiotas" é hipócrita ou então é muito ingênuo, não entende nada de psicanálise e deveria por isso ter como único repertório audiovisual as novelas da Globo. A partir da obra de cineastas como Ingmar Bergman, Pasolini, Luis Buñuel, Gaspar Noé, etc., não é possível mais ter aquela visão idealizada e romântica do ser-humano. Obviamente que obras como "A Felicidade não se compra" de Capra ou "Luzes da Cidade" de Chaplin têm um valor inestimável como obras de arte que são. Mas sabemos que o ser-humano está longe de ser idealizado na vida real como é apresentado nesses filmes. A própria história de vida dos cineastas prova isso. O diretor americano Elia Kazan dirigiu alguns dos filmes mais bonitos e idealizados da história, de tocante conteúdo humanista, como "Laços humanos" e "Sindicato de ladrões", dois filmes admirados até pela igreja Católica. No entanto, na vida pessoal, Kazan foi um crápula que não hesitou em trais os seus colegas de trabalho na macabra "caça às bruxas" perpetrado pelo senador americano Joseph McCarthy nos anos 40 e 50, prejudicando muitas pessoas (entre elas o genial Dalton Trumbo). Por causa disso boa parte dos convidados à entrega do Oscar se recusaram a aplaudir e deram às costas a Kazan quando ele recebeu o prêmio honorário concedido por Martin Scorsese. Desse modo, existe alguma ligação entre o conteúdo dos filmes e a vida do homem por trás de filmes como "Viva Zapata"? Infelizmente não.
"O prestígio social é a melhor das volúpias" disse o Duque interpretado pelo excelente Paolo Bonacelli em "Salò". Pois o ser-humano está bem mais próximo desse duque do que de Carlitos, pode ter certeza disso.

Caio Amaral disse...

Com a questão da homofobia, só disse que existem graus e graus de imoralidade. Brigar com alguém, xingar, dar um tapa na cara, espancar, assassinar, não estão na mesma categoria. Nesse sentido, a demonstração de racismo que lembro em O Nascimento de uma Nação não estava no mesmo nível da tortura que foi Irreversível. Não quer dizer que eu aprove o racismo. Uma coisa é ver uma ideia errada na tela e julgá-la, outra coisa é o filme tentar te fazer passar mal através de técnicas - é como a diferença entre ofender verbalmente e usar força física, estão em categorias diferentes.

Você ainda não citou uma cena específica que mostre a inovação do filme - isso da câmera representar o estado interno dos personagens não é novidade. De qualquer forma, inovações técnicas podem até servir como curiosidades em livros de história, mas não garantem a qualidade de um trabalho. Pegue Arca Russa, que foi o primeiro filme relevante filmado numa única tomada - pode entrar pros livros de história do cinema por causa isso, mas essa inovação não faz dele uma obra-prima automaticamente, assim como O Cantor de Jazz, que foi a primeira grande produção falada, não é uma obra-prima. O efeito "vertigo" que Hitchcock inventou também foi uma inovação e um ótimo exemplo de técnica integrada com conteúdo - mas se o resto do filme fosse um lixo não adiantaria nada.

Hmm, Elia Kazan não é nenhum exemplo de virtude moral e também não acho que os filmes dele sejam exemplos de visão idealizada do homem. Seus personagens eram quase sempre infelizes, torturados por conflitos, etc. Se estivesse falando de Capra tudo bem.

Me parece que você está querendo dizer que o homem é imoral por natureza - eu não acredito e nem é verdade. E o que os filmes de Pasolini e Gaspar Noé mostram não provam nada sobre todos os seres humanos, só indicam a visão DELES. Existem pessoas monstruosas, imorais, assim como existem pessoas virtuosas - e outras infinitas combinações. Arte não é estatística, não é jornalismo - não precisa representar a média, a maioria. Mesmo que existam muito mais monstros que heróis no mundo, isso não torna diretores como Noé superiores ou mais profundos pois eles retratam a maioria das pessoas.

Pessoalmente, eu vou ao cinema pra ver pessoas que eu gostaria de conhecer na vida real e viver experiências que eu gostaria de viver. Arte pra mim serve como inspiração - e pra mim a melhor arte é aquela que mostra as coisas como poderiam e deveriam ser (estou me referindo a Aristóteles).

Por que você diz que não é mais possível ter uma visão romântica do ser humano depois que certos artistas apareceram? O que isso tem a ver? O homem piorou de umas décadas pra cá? Se você pensar a longo prazo, vai ver que atualmente vivemos na era mais benevolente e menos violenta da história da humanidade - pense como eram as coisas há 500 anos, 1000 anos, 2000 anos atrás.

Enfim, sugiro que terminemos essa discussão por aqui. Obviamente nós temos posições opostas em relação a questões muito fundamentais. O filme que você chama de obra-prima incontestável pra mim é talvez o pior que já vi. Não existe acordo entre princípios opostos, e eu não tenho interesse em fazê-lo mudar de opinião. Acho que eu já expliquei por que não gosto de Irreversível - se você entendeu e não concorda, assunto encerrado. Embora eu goste de uma boa discussão, aqui não se trata de uma falha de comunicação, que quando explicada nós iremos entrar num acordo. De fato temos filosofias opostas. Vamos discutir com aqueles que compartilham nossos valores ou pelo menos parte deles, não é verdade? Abs.

Lawrence Wolf disse...

Eu não tenho raiva das pessoas que têm uma visão diferente da minha. Contudo, é importante discutir diferentes pontos de vista para que se possa chegar o mais próximo possível da verdade. Vou escrever aqui minhas considerações acerca do que foi exposto por você há pouco.
Minha visão de mundo não está apenas baseada no que foi exposto nas obras de cineastas como Bergman, Pasolini, Buñuel ou Noé. É importantíssimo ver as obras desses gênios, mas é preciso ver e ler muitas obras mais. Para se entender perfeitamente Gaspar Noé, é preciso ter conhecimento das obras de filósofos como Schopenhauer e Niesztche (acredito que você não conheça esses autores, já que você prefere ver o mundo de forma romantizada, distanre da verdade). Em segundo lugar, é preciso ver as outras obras do cineasta. Você viu "Carne" (1991) o primeiro média-metragem de Noé premiado como melhor curta em Cannes? Não sei se você vai ter coragem de dizer que essa obra é uma droga, indo contra a opinião dos membros do júri de Cannes. Eu sei que os críticos muitas vezes podem cometer erros, mas errar demais não é normal. Quem pesquisar "Irreversível" na internet, tanto no Brasil como no exterior, verá muito mais críticas positivas do que negativas, e é aí que você entra numa outra contradiçaõ. Se para você e para o Rubens, gostar de um filme como "Irreversível" não é normal, é sinal de psicopatia, de doença mental, então o mundo está perdido, pois quase todo mundo viu o filme de Noé, dos mais inteligentes aos mais ignorantes. Aqui na minha cidade, encontro "Irreversível em todas as locadoras, das mais completas (aquelas que têm, em sua maioria, filmes de arte) às mais comerciais (onde só encontramos os blockbusters). O cinema de Noé não é comercial, é um cinema de autor que agrada às pessoas de gosto sofisticado. Em minha cidade, eu não encontro nem os curtas nem o primeiro longa-metragem de Noé, "Sozinho contra todos" (1998). Só que "Irreversível", por ser muito violento, atraiu a atenção de todos. Por isso que Sam Peckinpah disse certa vez que a violência é uma coisa normal no ser humano.
Eu acho que o diretor Spike Lee não ia gostar muito de ler os seus comentários. Lee até exagera um pouco, considerando racista até o "Jackie Brown" do Tarantino. Só que querer negar a gravidade ideológica do racismo existente no filme de Griffith é demais. A Era de Ouro de Hollywood já foi racista demais ao não dar os papéis principais de seus filmes a atores como Sidney Potier ou Woody Stroody (Potier até já estrelou filmes, mas sempre com um herói branco ao seu lado como uma forma de compensação; imagine o que significa colocar os membros da Klu Klu Klan como heróis de um filme? A Guerra da Secessão, retrarada no filme, colocou de um lado os nortistas lutando pelo fim da escravidão e os sulistas tentando manter os negros como escravos. A Klu Klux Klan foi criada por esses últimos com o intuito de perseguir, escravizar e matar os negros. Exaltar esse grupo é uma demonstração clara de racismo e falta de humanismo.

Lawrence Wolf disse...

De fato, você precisa analisar melhor a filmografia de Kazan. Engana-se quem achar que para um filme ser idealizado tudo tem que dar certo e os personagens têm que ser felizes o tempo todo. "Sindicato de ladrões" é um ótimo exemplo de filme humanista. A obra foi até premiada pela Igreja Católica (o prêmio OCIC) por conta de seus valores humanos. É preciso mais? Os filmes de Capra se assemelham muito aos contos de fadas, principalmente o "A Felicidade não se compra". Kazan é mais social.
Não é preciso ver filmes para se ter uma visão pessimista do mundo. Basta ler e se aprofundar sobre a Segunda Guerra Mundial ou a Guerra do Vietnã. Você acha que o ser humano está melhor do que antes? Então o que foi a Guerra da Bósnia, a do Iraque, a do Afeganistãoe e muitos outros conflitos mais? Ou será que você acha que o governo americano só manda psicopatas lutarem nas guerras? Que nada, esses soldados são seres humanos normais, como nós. O que acontece é que no contexto da guerra os soldados liberam todos os seus instintos mais intimos, estão numa situação limite onde eles não têm mais nada a perder, por isso podem fazer de tudo. No Vietnã, todos aqueles soldados eram pessoas normais e nunca teriam praticado atrocidades se não tivesssem sidos enviados a uma guerra (pelo menos não a maioria). Na vida normal, há muito o que se perder.
Recomendo que você analise imparcialmente as obras de Buñuel, Bergman, Pasolini, Borowczyk, Bresson e Vintenberg, entre outros cineastas, para que se possa ter uma visão mais realista do mundo. Se você prefere um mundo de sonhos e fantasias, fique então com as comédias românticas de Hollywwodd. Ashton Kushter está aí, fazendo filmes adoidado. Abs.

Caio Amaral disse...

Não sou nenhum expert em filosofia, mas conheço as ideias básicas por trás das principais e sou contra Nietzsche, Kant, Platão.. Schopenhauer dizia que a hora mais feliz do homem feliz era quando ele dormia, e a mais triste do homem triste o instante em que acorda - ou seja, tinha um horror profundo da existência e achava que felicidade era ser insconsciente.

Vc fala da igreja católica como se fosse autoridade em valores humanos.. Sou contra religiões e receber um prêmio da igreja pra mim não prova virtude. A igreja católica prega altruísmo, auto-sacrifício..

Ainda acho inútil continuar essa discussão. Vc fala pra eu ver Buñuel pra ter uma visão mais realista do mundo. Oi? Um diretor SURREALISTA? Os filmes do Ashton Kutcher me ensinam muito mais sobre a realidade do que Buñuel (que por sinal eu GOSTO - ele não tem nada a ver com minha crítica ao Irreversível).

Lawrence Wolf disse...

"Vc fala pra eu ver Buñuel pra ter uma visão mais realista do mundo. Oi? Um diretor SURREALISTA? Os filmes do Ashton Kutcher me ensinam muito mais sobre a realidade do que Buñuel".
Com todo respeito, eu posso não ser o dono da verdade, apenas tento chegar o mais próximo possível dela. Contudo, essa afirmação sua (citada por mim mais acima) me fez perder um pouco o raciocínio, a noção das coisas. Pensei não ter lido direito. Buñuel, por ser surrealista, não pôde ser realista? Mas o que isso tem a ver? Por acaso você acha que a obra dele é vazia, sendo composta apenas por siruações absurdas e sem sentido que nada tem a ver com a realidade? Buñuel dedicou grande parte de sua obra a criticar os vícios, as contradições e as hipocrisias da sociedade burguesa, que ele conhecia muito bem. Para dirigir os seus filmes, ele analisava detalhadamente o ser humano, e não só o pertencente a classe dominante - em "Viridiana" Buñuel desmistificou aquela visão idealizada que muitos tinham acerca dos pobres. Com relação ao Surrealismo, Buñuel utilizou simbolos e situações aparentemente fora da realidade (mais precisamente uma realidade próxima dos sonhos) de forma metafórica para comentar a realidade. Por conta de sua genialidade, ele é um dos artistas mais reconhecidos do século XX (ele era citado por Hithcock como o maior de todos).

Eu não sou católico, mas cito a Igreja porque ela, aparentemente, demonstra preocupação com as mazelas sociais. Desse modo, se a Igreja premia um filme por valores humanos, essa obra deve apresentar sim tais valores, mesmo os bispos e sacerdotes sendo uns hipócritas como são. É o que diferencia a teoria da prática. Na teoria, a doutrina católica tem muitos méritos em termos de valorição dos direitos humanos, mas já na prática...
Contudo, é uma contradição você ser a contra as religiões, pois elas refletem os sentimentos e as contradições do ser humano. Se as pessoas, em grande quantidade, são nobres, deve existir alguma religião que reflita tais valores e nobreza humanas. Eu não conheço, mas deve haver, para quem é otimista e sonhador.

Lawrence Wolf disse...

Com relação ao Elia Kazan, esclareço um ponto que pode não ter ficado claro. Kazan foi, como artista, um humanista sim. Ele não só fez filmes que lembram o otimismo e as idealizações de Frank Capra (como o filme "Laços Humanos", de 1945) como tratou do anti-semitismo (em "A luz é para todos", 1947)e fez um filme anti-racista ("Pinky", 1949). Além disso, ele fez um filme belíssimo sobre um herói popular que lutou pela reforma agrária e pelos direitos dos camponeses mexicanos ("Viva Zapata!", 1952) que era um dos seus filmes preferidos, além do já citado "Sindicato de Ladrões". Desse modo, impossível desvincular o nome de Kazan do humanismo (pelo menos no cinema).

Caio Amaral disse...

Buñuel era um provocador, zombava da alta sociedade, da igreja, etc... e às vezes era puro nonsense. Sem dúvida filmes surrealistas (ou ficções-científicas, ou musicais) podem - e devem - comentar a realidade. Só não acho que Buñuel seja um ótimo exemplo pra essa discussão. O foco dele não está em psicologia, questões éticas/metafísicas, etc.

Você pode estar partindo do princípio que eu não gosto de nada que seja minimamente pessimista ou cínico. Adoro filmes do Bergman, Kubrick, Buñuel, Lars von Trier, Orson Welles, David Lynch, só pra citar alguns. Eles não representam a minha visão pessoal de mundo, mas os considero ótimos cineastas e não teria nenhum problema em dar um "10" pra um filme deles.

"Contudo, é uma contradição você ser a contra as religiões, pois elas refletem os sentimentos e as contradições do ser humano." - Isso que você falou pra mim soa mais surrealista que Buñuel... e eu não falei que há uma GRANDE quantidade de pessoas nobres. A maioria é mista; só uma pequena parte é totalmente má e desprezível, e só uma pequena parte é totalmente boa e admirável. E não é por causa de religião que as pessoas são nobres, muito pelo contrário! Quando você abre a porta pra religião e misticismo, fica praticamente impossível ser totalmente moral.

Kazan tem ótimos filmes como Uma Rua Chamada Pecado, Vidas Amargas, A Luz É Para Todos, e era brilhante diretor de atores. Acho ele muito bom, não estou falando mal. Só não acho que caia na categoria de um Capra em termos de visão de mundo. Não vi Viva Zapata, mas me parece um filme meio comunista, não? Se for, daí não acho o cara um herói. Mas não vi pra dizer, nem conheço a história do Zapata.

Lawrence Wolf disse...

Em primeiro lugar, é interessante que você veja "Viva Zapata" para poder enxergar mais concretamente as contradiçõpes existentes entre o cinema de Kazan e a sua vida pessoal. Zapata foi um nobre camponês mexicano que lutou pela reforma agrária e pelos direiros dos pobres camponenes de seu país e foi assassinado por isso. Soa comunista sim mas um comunismo idealizado e não o que foi posto em prática por tiranos como stálin. E logo Kazan, que servia aos interesses do governo americano, realizou esta obra comovente que era um dos seus próprios filmes preferidos.
Eu prefiro citar Kazan quando falo de humanismo porque ele fazia obras de conteúdo mais social, enquanto que Capra fazia filmes fantásticos demais, semelhantes a contos de fadas.

Por analisar a realidade, as contradições da classe burguesa e as hipocrisias de nossa sociedade, é muito relevante trazermos Buñuel pra nossa discussão. Questões como ética, moral, psicologia e religião aparecem em inúmeros trabalhos desse mestre espanhol. Quem viu filmes como "Nazarin" (1959), "Viridiana" (1961), "Os esquecidos" (1950) e "A Bela da tarde" (1967) sabe do que estou falando. Buñuel, inclusive, só tem três filmes puramente surrealista: "Um cão andaluz" (1928), "A idade do ouro" (1930) e "O Fantasma da liberdade" (1974). E mesmo em cenas totalmente surrealistas vemos claramente críticas a sociedade, por exemplo: na cena em que o protagonista de "Um cão andaluz" se vê amarrado a dois padres e a um piano com um burro morto em cima, podemos entender que a religião (os dois padres) e a morte (o animal em putrefação) impedem o homem de concretizar o seu ideal erótico - amoroso (nesta cena o homem se vê amarrado quando ele ia atacar uma mulher). Buñuel é, inclusive, citado por Gaspar Noé como sendo o seu diretor preferido.

Lawrence Wolf disse...

O problema das religiões não está na teoria e sim na prática. Se os cristãos colocassem em prática (se fosse possível colocar) o que Jesus ensinou e pregou, não existiria desigualdade social, fome, miséria, egoísmo, violência, etc. As pessoas se pareceriam com o padre Nazário de "Nazarin", de Luis Buñuel. Portanto, engana-se quem pensa que o problema está na religião propriamente dita. O mal está no mal uso dela.

Caio Amaral disse...

Tanto pra religião quanto pro comunismo você disse que o problema está na prática, não na teoria, não na intenção original. Eu discordo - pra mim as duas coisas são más já na raíz. Religião porque é baseada na fé, não na realidade, e exige que você aceite coisas superiores à lógica, colocando em xeque a sua mente, que é seu único meio de sobrevivência. Comunismo porque é contra a liberdade, viola os direitos humanos - permite que o governo roube a sua propriedade, use força contra o cidadão, quando sua função deveria apenas proteger os cidadãos contra o uso da força.

Temos ideias opostas. Se tiver interesse no meu ponto de vista, recomendo "A Revolta de Atlas" da Ayn Rand. Vai te explicar tudo muito melhor do que eu. Abs.

Lawrence Wolf disse...

Você disse: "Comunismo porque é contra a liberdade, viola os direitos humanos - permite que o governo roube a sua propriedade, use força contra o cidadão, quando sua função deveria apenas proteger os cidadãos contra o uso da força".
Eu recomendo que você estude e analise o comunismo a fundo, tanto a teoria como a prática. Todos esses exemplos de abusos citados por você (roubo de propriedade, força contra os cidadãos, etc.) diz respeito apenas à prática e foi consequência de uma guerra política e ideológica contra os Estados Unidos (se a URSS não tivesse utlizado a "força" o seu sistema teria sido esmagado pelo Capitalismo, afinal de contas os EUA nunca respeitaram os interesses de nenhuma nação e sempre utilizou de métodos violentos contra quem quer que se opusesse aos seus interesses). Não justifico os abusos de poder imposto por ditadores tirânicos como Stálin, mas não dá para colocar os comunistas como vilãos e inocentar os americanos. Na Guerra Fria existia um conflito de interesses pessoais que acabou sendo vencida pelos americanos e o mundo está aí, numa crise econômica sem solução aparente e cada vez com mais desigualdades.

Lawrence Wolf disse...

Com relação ao cristianismo, eu recomendo que você assista "Nazarin" de Luis Buñuel e analise o personagem principal, o padre Nazário (interpretado por Francisco Rabal). O filme é bastante realista, mostra a inutilidade de ser bom ou ruin em nosso mundo (não vou adiantar mais para não estragar a surpresa) mas é impossivel não admirar esse personagem.
“Já não creio no progresso social. Só posso acreditar em alguns poucos indivíduos excepcionais de boa fé, ainda que fracassem, como Nazarin”
Luis Buñuel
(KROHN, Bill; DUNCAN, Paul. 2005: p. 113).

Caio Amaral disse...

O ÚNICO sistema que respeita os direitos do indivíduo (que inclui o direito à propriedade) é o capitalismo. Comunismo requer força. Como o governo iria criar uma sociedade igualitária sem tirar à força a propriedade das classes mais ricas? Pedindo "por favor"? Não. Portanto, comunismo é imoral já na teoria. Os EUA nunca foram 100% capitalistas - embora no século 19 chegaram muito perto, e aí vimos o maior progresso da história da humanidade. As crises foram sempre causadas por interferência do estado na economia (ou seja, na medida em que os EUA traíram a Constituição e os princípios capitalistas, criando impostos, taxas, controlando a produção, etc). Hoje em dia com o Obama (e já há muitas décadas) os EUA são uma economia mista, não capitalismo.

Já vi Nazarin. Você realmente acredita que é inútil ser bom ou mau no nosso mundo? Isso no mínimo é uma confissão de que VOCÊ não pretende ser bom - ou seja, que você se permite fazer o mal de vez em quando. É por isso que evito contato com pessoas que pensam assim. Na prática é o que elas fazem; mal.

Lawrence Wolf disse...

Vejo que você não tem nada de humanista. O Capitalismo sobrevive da exploração de uma minoria privilegiada sobre uma maioria pobre. É a natureza do sistema; até mesmo os teóricos do capitalismo admitem isso. Pra existir um sistema que fosse realmente justo, esse sistema deveria garantir o bem-estar de todos sem distinção.
O que você acha que serviu de base para a riqueza dos EUA e das nações capitalistas européias? Os países africanos, asiáticos e latino-americanos. Quantos seres humanos não foram mortos e torturados por culpa da ganância de governos que buscavam unicamente mercados consumidores para seus produtos e matérias-primas a baixos preços? Quantas pessoas não morreram de fome e na miséria?
O Paraguai ia muito bem economicamente no século XIX se não fosse a Inglaterra se juntar ao Brasil e a Argentina para acabar com a economia de um país que era um "mal exemplo" para os outros países latino-americanos (A Guerra do Paraguai).
Eu acho que você não vai bem em termos de conhecimentos de História. Houve períodos em que foi necessário a interferência do Estado em economias capitalistas para controlar preços e a inflação; contudo, essa interferência não significou que tais países estavam aderindo a esquerda. Volte a ler os livros de História, pois a interferência do estado na economia, no caso dos EUA, se deu justamente para tirar o país da crise e deu certo, visto que a economia americana nos anos 30 foi crescendo e se recuperando da crise de 29.
Você parece que assiste filmes mas esquece de analisá-los como se deve. Com "Nazarin", Buñuel não quis dizer que por ser inútil ser bom ou mal então podemos praticar o mal de vez em quando. Com esse filme ele quis criticar a hipocrisia de nossa sociedade ao mostrar como é (mal) tratado um ser humano que vive unicamente para fazer o bem (o padre Nazário) com total desapego aos bens materiais e pensando apenas em ajudar o próximo. Ele é visto como louco até mesmo por outros padres, mas como vive o padre Nazário? Exatamente como Jesus viveu. Então porque nossa sociedade não entende o modo de vida de um homem como ele, se na teoria todos somos cristãos?
Foi isso o que eu também quis dizer ao recomendar esse filme. Eu não pratico o mal nem recomendo a ninguém que o faça. Porém não sou hipócrita de negar que a maldade e o sadismo são características naturais do ser humano.

Lawrence Wolf disse...

Em vez de assistir a filmes de arte europeus, você deveria apenas ver os filmes do Spielberg, do James Cameron, do Roland Emmerich, etc. A maioria dos gênios europeus têm uma visão negativa da sociedade e do sistema vigente, como Ettore Scola, Visconti, Bertolucci, Pasolini, Godard, Chabrol, Buñuel, Truffaut, os irmãos Taviani, Tornatore etc.

Caio Amaral disse...

Assassinatos e escravidão não são atributos do capitalismo; é exatamente o oposto - se os EUA ou qualquer outro país praticaram isso, então estavam agindo contra o capitalismo. Capitalismo deixa os homens LIVRES pra pra escolherem o trabalho que quiserem, se especializarem, trocarem seus produtos pelo produto dos outros, e irem tão longe quanto suas habilidades permitirem (se você faz parte da pequena minoria que não consegue produzir nada nem pra se alimentar, você tem que contar com a caridade dos outros). Capitalismo é um sistema baseado na justiça e nos direitos do indivíduo. Um sistema justo não é o que garante o bem estar de todos - a natureza não garante o bem estar de todos. Pra fazer isso (o que não é possível, e a história comprova isso enfaticamente), o governo teria que roubar de uns pra dar pra outros.

PS: não foram assassinatos que criaram a enorme riqueza e progresso dos EUA - e sim industrialistas como Henry Ford e tantos outros, produzindo sem interferência do governo.

E a crise de 29 já aconteceu por causa de intervenção do governo na economia. Como disse, os EUA nunca tiveram uma economia 100% livre, embora tenha sido o país mais livre de todos, e por causa disso foi o que teve o maior progresso (compare com a União Soviética, e os méritos do capitalismo ficarão claros pra você). Um mercado livre pode sofrer oscilações, mas não tem como quebrar.

O que falei de bem e mal não foi uma análise de Nazarin, estava apenas comentando a SUA afirmação. Quanto ao padre; fazer o bem pros outros não é obrigação nem virtude moral. Você faz o bem pra quem você se importa. Se quiser fazer caridade, dar esmola, não há problema algum, só que isso não é um dever. E bens materiais são necessários - se livrar deles não é virtude alguma. Homens não podem viver como plantas ou animais - não há mal algum em ter bens materiais e você deveria concordar. Afinal, até pra ler essa mensagem você precisa de um computador e está usufruindo das vantagens do capitalismo. Se isso não é exemplo de hipocrisia, então não sei o que é.

Lawrence Wolf disse...

Eu sou muito diferente de você, porque pelo menos eu não nego a verdadeira natureza humana, coisa que você tenta fazer e muito mal. Você disse: "Um sistema justo não é o que garante o bem estar de todos - a natureza não garante o bem estar de todos. Pra fazer isso (o que não é possível, e a história comprova isso enfaticamente), o governo teria que roubar de uns pra dar pra outros". Ora, isso é um argumento a favor das teorias do Marquês de Sade. “Sade era um filósofo que achava que a natureza é má, incluindo a natureza humana e sua história", afirmou o filósofo e psicanalista Luiz Felipe Pondé. Se o ser humano não consegue garantir o bem estar de todos, então não há como negar a maldade intrínseca à espécie, pois não há como enxergar justiça em qualquer sistema que privilegia alguns em detrimento de muitos. Há algo de justo nisso? Ou será que existem pessoas que são melhores que outras, que têm mais direitos? Eu acho que não. Gostaria de ver você no lugar dessas pessoas que têm suar trabalhando duro para poder sustentar uma família numerosa vendo políticos corruptos que ganham salários altíssimos e que nada fazem para mudar a situação da população. Uma sociedade necessita tanto de um pedreiro quanto de um advogado, sabia?
Você disse: "não foram assassinatos que criaram a enorme riqueza e progresso dos EUA - e sim industrialistas como Henry Ford e tantos outros, produzindo sem interferência do governo". Os seus conhecimentos de História só chegam até aí? O que foram as Grandes Navegações, a descoberta da América e a ocupação da África e da Ásia, no séc. XIX? Você acha que a Inglaterra teria conseguido realizar a sua Revolução Industrial sem pilhar as riquezas dos países africanos e americanos, escravizando e matando negros e índios num sistema injusto em que a métropole vendia caro os seus produtos e comprava barato as matéria-primas de suas colônias? No caso dos EUA, imigrantes protestantes fugindo da perseguição religiosa vieram para a América e realizaram uma ocupação do território que acabou transformando o novo país em uma nova potência; mas não podemos esquecer que países como Trinidad e Tobago e Jamaica, entre outras colônias do Caribe, foram exploradas pela Coroa Inglesa e suas populações originariamente indígena foram totalmente dizimadas; eles foram substituídos por escravos africanos. Por isso esses países atualmente tem população totalmente negra. O que foi que os espanhóis e portugueses fizeram como as populações que orinariamente habitavam a América? Aqui existiam populações que viviam de forma harmoniosa e com total prosperidade e viram os seus mundos ruir por conta da ganância sanguinária dos europeus. Você precisa ler o livro "Brevísima relación de la destrucción de las Indias" escrito por uma testemunha desses cruéis fatos, Bartolomeu de las Casas. Leia essa obra importantíssima e tenha coragem de negar as barbaridades cometidas em nome da acumulação do capital que serviu de base para o aperfeiçõamento do capitalismo. Se você tentar negar, você matará de desgosto todos os historiadores e economistas do mundo. Será que o capitalismo nasceu com o empreendedorismo de Henry Ford? Tenha santa paciência.

Lawrence Wolf disse...

Antes da crise de 29, estava em voga o liberalismo econômico, que fazia com que o Estado não intervisse na economia. Por conta da produção excessiva de bens que não foram vendidos, devido as altas taxas de produção, veio a quebra. Por conta disso, o Estado se viu obrigado a intervir na economia para regular os preços e a produção e com isso os Estados Unidos conseguiram sair da crise. Qualquer pessoa com um mínimo de informação sabe disso: a intervenção do Estado na economia veio depois da crise e não antes.
Ora, realmente não há como viver sem bens materiais, mas também não podemos negar que um ser humano que se comportasse como o Padre Nazário seria admirável e superior aos demais. Afinal de contas, eu acho que sentimentos como bondade e humildade são superiores a ganância, a prepotência e ao egoísmo. Você não acha? Se não, humanismo é uma coisa que não combina com você.
Volto a repetir, o que você está fazendo tentando ver cineastas europeus? O que o Buñuel ou o Scola achariam de pessoas que pensam como você?

Caio Amaral disse...

Jamais iremos chegar a um acordo quanto ao capitalismo. Parei de discutir. Só pra concluir: eu sou 100% contra o uso da força, seja ela pra escravizar as classes baixas ou pra roubar dos ricos. Sou a favor da liberdade - e assim, há justiça para todos.

Por que vejo filmes europeus? Adoro alguns filmes do Buñuel ou do Scola - aliás Um Dia Muito Especial é um dos meus favoritos. Essa discussão começou porque eu falei mal de Irreversível, não de todos os cineastas que trabalharam na Europa. Mas claro que eu gosto muito mais de James Cameron, Spielberg, e por isso mesmo coloquei o carro do De Volta para o Futuro bem grande na entrada do site, pra deixar bem claro o meu gosto - e não atrair aqueles que pensam o oposto.

Lawrence Wolf disse...

Não vamos chegar a um acordo, é verdade, mas pense e reflita nisso: se hoje há uma aparente liberdade, uma democracia consolidada, isso se dá porque não existe mais ameaça ao sistema capitalista. Quando existia a ameaça comunista, na época da Guerra Fria, os Estados Unidos utilizava de todos os meios, inclusive os mais violentos, para sufocar qualquer ameaça aos seus interesses econômicos.
Salvador Allende chegou ao poder no Chile nos anos 60 através da vontade popular; a partir daí ele começou uma política de interesse nacional, nacionalizando empresas estrangeiras em benefício do país, combateu o analfabetismo e o desemprego, entre outras medidas importantes. Como essas medidas não agradana os interesses dos EUA, o que foi que o governo americano fez? Financiou o golpe militar perpetrado pelo general Augusto Pinochet que iniciou a partir daí uma ditadura sangrenta de extermínio dos opositores políticos num regime em que não havia nem resquícios de democracia, a serviço dos EUA e do governo britânico (se você pesquisar verá várias fotos na internet de encontros entre Pinochet e Margareth Tchather). Isso não apenas aconteceu no Chile mas em muitos outros países (inclusive no Brasil). Como hoje não existe mais nenhuma ameaça, o presidente americano pode falar que a democracia é realmente o melhor caminho e que devemos respeitar a soberania de cada país. Bem, na história recente americana há inúmeros casos de desrespeito à soberania e aos direitos humanos sendo a Guerra do Vietnã talvez o caso mais famoso.

Lawrence Wolf disse...

Com relação a "Irreversível, vou lhe recomendar uma crítica em espanhol (afinal de contas, devemos não só ver um filme, mas também discutir de forma democrática com outras pessoas, tanto com os apreciadores como com os detratores, sobretudo em casos de obras polêmicas).
Um trecho vou publicar a seguir:

El "exploding plastic inevitable" fue un show creado por Andy Warhol cargado de imagenes fugaces y mareantes que acompañaban a la excelente y enfermiza música de "The Velvet Underground". Fuera de New York hubo gente que huía de los conciertos ante tal avalancha de imagenes y sonidos.
Así es la primera media hora de "Irreversible"(una película que ha causado sensación en Sitges 2002) donde el espectador puede suplicar a Dios que lo saquen de la sala.
El film, protagonizado por una bellísima Monica Bellucci, narra la historia de una mujer violada y la delirante y desesperada sed de venganza de su novio.
La originalidad no sólo es que la historia se cuenta de fin a principio,sino la manera de rodarla y la dureza de sus imágenes. Es el caso de la estremecedora e interminable secuencia de la violación que llega a ser insoportable. Pero igual que en ocasiones las estridentes guitarras de Lou Reed, las feroces violas de John Cale puedan ser estremecedoras o las letras de los Velvet puedan ser incomodas (sexo, drogas al detalle y sodomía son los temas) eso no quita que hayan sido una banda de culto y que sean obras maestras.
Es imposible ver "irreversible" sin apartar un sólo segundo la vista de la pantalla pero a pesar de su incomodidad es una obra maestra y de culto.

O link do site é esse:
http://www.alohacriticon.com/elcriticon/article796.html

O nome do crítico é Jordi Martínez Díaz. Leia na íntegra, se possível.

Caio Amaral disse...

O comunismo não era uma ameaça aos "interesses econômicos" dos EUA, e sim à liberdade e à vida dos americanos. Tinha mesmo que ser combatido. Mas veja, eu não estou aqui defendendo os EUA e qualquer coisa que o governo tenha feito. Estou defendendo a liberdade e os direitos do indivíduo (que são os ideais americanos originais) - mas se os EUA agiram contra isso nos anos 60, 70 ou em qualquer outra época, então nesses atos eles foram tão monstruosos quanto os inimigos.

Ah, não falo espanhol, se tiver traduzida em português ou inglês me manda depois. Abs.

Lawrence Wolf disse...

Ok, vou traduzir do espanhol para você em breve. Contudo, procure aprender espanhol, visto que essa língua, de tão importante, já está na grade curricular do ensino médio.
Você disse: "O comunismo não era uma ameaça aos "interesses econômicos" dos EUA, e sim à liberdade e à vida dos americanos". Você acha que o fato de um país se tornar comunista ameaça a liberdade do povo americano? Como assim? Um país cuja localização está tão distante, como o Vietnã, poderia interferir no modo de vida da população americana? Você só pode está brincando.
E onde fica a soberania nacional e a vontade da população nesses casos? Os EUA tinha o direito de interferir no Chile, em 1973? Pelo voto popular, Allende chegou ao poder. O que ele fez ia de encontro aos interesses da população. Os EUA financiou o golpe de Estado que implantou a ditadura sangrenta de Augusto Pinochet. Porque não destituiu Pinochet do poder, ao perceber que seu governo torturava e matava opositores políticos? Não era preciso, pois a ditadura chilena atendia aos interesses do capitalismo internacional. Quer atentado maior a democracia do que esse? Toda e qualquer interferência do governo americano em países do mundo inteiro é motivada por seus interesses econômicos. Não há como tentar negar isso.

Caio Amaral disse...

Ah, não tenho interesse em espanhol, obrigado pela sugestão.

Como disse, sou contra o uso da força - exceto em casos de auto-defesa. Ou seja, estava falando de casos em que o comunismo de fato representou uma ameaça para os EUA. Se um país comunista não ameaça nem interfere em outro, então ele que afunde sozinho, não há obrigação de invadir pra salvar ninguém.

Lawrence Wolf disse...

Você disse: "estava falando de casos em que o comunismo de fato representou uma ameaça para os EUA". O comunismo nunca representou uma ameaça a liberdade e ao estilo de vida do povo americano. Todas as ações militares diretas ou indiretas do governo americano contra a "ameaça comunista" em outros países foram motivadas unicamente por seus interesses econômicos. Não existe uma única ação americana que possa encontrar uma justificativa.

Com relação a um outro tópico, devo esclarecer o seguinte: a obra de cineastas como Ettore Scola, Buñuel, Bresson, Dreyer, etc., tem como uma das finalidades desenvolver o senso crítico e a percepção das pessoas, através de filmes artísticos com narrativa complexa e original. Por isso o público comum, alienado com a televisão e com preguiça de pensar, não gostam desses filmes. Contudo, muitas pessoas, por serem (ou quererem ser) cinéfilos, se sentem na obrigação de ver esses filmes, mesmo sem gostar e acabam vendo e não assimilando as idéias presentes nessas obras. Quando uma pessoa ver um filme do Scola e aprecia, não sente mais vontade de perder tempo com filmes vazios e despretenciosos como o cinema que hoje é representado por Steven Spielberg (não é à toa que o Godard e o Peter Greenaway já falaram muito mal dele). Se ver os filmes do Pasolini não serve para conscientizar, é melhor não vê-los.

Caio Amaral disse...

No caso do Vietnã, os EUA não foram os agressores.. se juntaram ao Vietnã do Sul contra os comunistas.. Mesmo assim, já disse que sou contra o comunismo e não condenaria nenhuma tentativa de derrubá-lo.

Você acha que eu não "entendi" os filmes do Bresson, Godard, Pasolini, etc, e que por isso não gosto deles - que se eu tivesse "assimilado" as ideias eu teria gostado. Nada está mais longe da verdade. Eu passei ANOS vendo, estudando e debatendo esses filmes com peritos no assunto. Só DEPOIS de ver os filmes, entender o que as pessoas admiravam neles, ver as ideias por trás dessas pessoas e desses autores - só então eu pude dizer que não gosto (e não estou falando de TODOS, mas desse escola de cinema em geral). Antes de saber do que esses filmes se tratavam eu nem ousava falar bem ou mal.

Houve uma época em que eu achava que as pessoas no fundo tinham a mesma essência, e que as diferenças de gosto eram no fundo diferenças de "entendimento" daquilo que viram; falhas de comunicação. Mas hoje sei que isso não é verdade.. Seria ridículo eu dizer que você não "entendeu" realmente os filmes do Spielberg, por isso acha que são inferiores. Claro que não - você os viu, entendeu, e não gostou por que tem VALORES diferentes. Sua visão de mundo, da realidade, do homem, é oposta à desses filmes. Eu digo que Spielberg é infinitamente mais talentoso como diretor do que Godard ou Greenaway, mas você não precisa concordar. Não me importo de verdade; fique com a sua opinião e eu fico com a minha.

Lawrence Wolf disse...

Você disse: "No caso do Vietnã, os EUA não foram os agressores.. se juntaram ao Vietnã do Sul contra os comunistas..." Eu não entendi. Se os americanos oprimiram a população civil do Vietnã, testando até em crianças os efeitos do Napalm, como eles não foram os agressores?
Se você voltar a pesquisar sobre o tema, verá que está redondamente enganado. O mundo se horrorizou com uma foto, divulgada ao mundo no início dos anos 70, de uma menina correndo de soldados americanos que estavam para jogar uma bomba... Pesquise na internet e você verá a foto...

Você disse: "Não me importo de verdade; fique com a sua opinião e eu fico com a minha". Você (e o Rubens) deveriam ter pensado nisso antes de sair por aí falando mal de um filme que agradou demais à crítica como "Irreversível".
Você disse que viu cineastas como Bresson e Dreyer e entendeu todos eles; eu não duvido, mas você tem mesmo é que se entregar à diversão americana, ao cinemão das grandes bilheterias que é, independentemente do gosto pessoal de cada um, superficial e vazio, ao invés de perder tempo vendo filmes que afinal de contas não fará você mudar de opinião sobre a realidade que o cerca. Pasolini, nos anos 60, fazia filmes com a intenção de educar as pessoas, fazê-las mais críticas com relação ao mundo que as cercava, tão hostil para aqueles que faziam parte do subproletariado, mesmo para aqueles que viviam na Europa. Talvez ele não tenha tido êxito, pois as pessoas permaneceram em um estado de alienação que persiste até hoje servindo, como marionetes, à Indústria Cultural.
Se Pasolini, nos anos 60, visse que a maioria das pessoas pensam como você, ele teria agido diferente e visto que tentar conscientizar às massas é impossível.

Caio Amaral disse...

Esse caso famoso foi um ataque a um vilarejo do Sul do Vietnã que tinha sido ocupado pelos comunistas do Norte.. Não há duvidas que numa guerra morrem civis e acidentes acontecem (como esse bombardeio por exemplo, cuja intenção era atacar soldados inimigos). Isso não é motivo pra deixar o inimigo vencer.

Quanto aos filmes.. Você devia ter lido o perfil do meu blog antes de ter iniciado essa discussão. E daí que o filme agradou demais à crítica? Por isso os críticos que não gostaram do filme devem falar bem dele? É assim que você se comporta quando discorda da maioria?

Eu não acho o cinema americano superficial e vazio necessariamente. Diria que uma comédia romantica hollywoodiana mediana ainda tem mais conteúdo e profundidade que um filme como "Film Socialisme" do Godard. De qualquer forma, não gosto de generalizações. Não existe um "cinemão americano", apenas filmes específicos, alguns melhores e outros piores. E aliás, a MAIORIA dos filmes americanos que vejo hoje em dia eu não gosto, basta ver minhas notas no blog.

A função da arte não é "educar" as pessoas ou "conscientizá-las" de assuntos contemporâneos. Arte é "uma recriação seletiva da realidade, de acordo com os valores e a visão de mundo de um artista". O fato de uma obra de arte "educar" ou não o público não a torna mais ou menos relevante.

Lawrence Wolf disse...

Você disse: "Não há duvidas que numa guerra morrem civis e acidentes acontecem (como esse bombardeio por exemplo, cuja intenção era atacar soldados inimigos). Isso não é motivo pra deixar o inimigo vencer".
Você acha que é justificado, para vencer uma guerra injusta (em que não está sendo respeitado a soberania do país atacado), jogar uma bomba de napalm em um vilarejo habitado por civis e atigindo inclusive crianças, como no caso de Kim Phuc, uma menina de 9 anos? Se você responder que sim, então você é um psicopata, com todo respeito. Vou te recomendar o link de um site para você se informar melhor acerca dessa guerra infame:

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=147

Vale lembrar que no final da Segunda Guerra Mundial, os EUA, para mostrar o seu poderio ao mundo e amendrontar os soviéticos, lançou duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasáki, que eram habitadas apenas por civis e cujas consequências com a radiação durará por 500 anos ou mais. É mole? Não há dúvida de que não foram só os nazistas os vilões dessa vergonha mundial.

O ser humano está sujeito à falhas, é verdade, e por isso um ou outro crítico pode errar. Contudo, quando vemos um filme ser muito elogiado, por críticos e festivais, é quase certo que o filme é bom. "Irreversível" agradou muito mesmo, tanto aqui no Brasil (Isabela Boscov escreveu uma crítica belíssima na Revista Veja) quanto lá fora (o crítico americano Roger Ebert lançou vários elogios ao filme). Além disso, o filme venceu o Festival Internacional de Estocolmo como melhor filme e recebeu o prêmio de melhor filme em lingua estrangeira da associação de críticos de San Diego. Com tantos elogios, é muita ousadia tentar questionar uma obra tão ovacionada. Eu vi o filme, discuti ele com várias pessoas, li críticas do mundo inteiro, inclusive a do Rubens, e percebi que os detratores dessa obra estão completamente equivocados. Parece que o Rubens se especializou na tarefa de falar mal de filmes elogiados, visto que ele detratou também o "Cidade dos sonhos" do David Lynch, um dos melhores filmes do diretor.
Eu acho que você não conhece a filmografia de Gaspar Noé. Você deveria ver os seus dois primeiros filmes, "Carne" (1991), melhor média-metragem em Cannes e "Sozinho contra todos" (1998), que recebeu prêmios em Cannes e Saravejo. Em 2009 ele fez "Enter the Void" (2009), filme cultuado por cineastas como Darren Aronovsky e Quentin Tarantino. Além desses filmes, ele tem vários curtas.

Lawrence Wolf disse...

Você disse: "Eu não acho o cinema americano superficial e vazio necessariamente. Diria que uma comédia romantica hollywoodiana mediana ainda tem mais conteúdo e profundidade que um filme como "Film Socialisme" do Godard". Os críticos do mundo inteiro teriam um infarto diante de uma declaração como essa. Não digo que todos os filmes do Godard sejam obras-primas perfeitas (nenhum diretor tem só filmaços na filmografia) mas qualquer obra do Godard é mais relevante, para uma pessoa inteligente, do que a melhor comédia romântica do atual cinema americano. Além da fórmula batida, esse gênero afunda em inúmeros clichês, a ponto de existir um forte preconceito, no meio intelectual, com relação a esse gênero. Basta ver o trabalho do diretor Wayne Wang. Antes, quando ele fazia filmes autorais no cinema independente americano, como o excelente "Cortina de fumaça", Wang era admirado pelos críticos. Agora que ele se dedica a filmes românticos açucarados, Wang se encontra no ostracismo e seus filmes constantemente são destruídos pela crítica. A comédia romântica é um dos piores gêneros do cinema moderno.

Você disse: "A função da arte não é "educar" as pessoas ou "conscientizá-las" de assuntos contemporâneos. Arte é "uma recriação seletiva da realidade, de acordo com os valores e a visão de mundo de um artista". O fato de uma obra de arte "educar" ou não o público não a torna mais ou menos relevante".
Mesmo sendo 'uma recriação seletiva da realidade, de acordo com os valores e a visão de mundo de um artista', o que impede uma obra de arte de educar? Porque um filme não pode ser útil em termos sociais? Um artista não pode tentar conscientizar as pessoas, dando sua visão de mundo acerca dos problemas socias? Na sua opinião, então, o neo-realismo italiano não é uma corrente artística e nem os filmes do deSica são obras de arte? Você acha, então, que o trabalho do James cameron é muito mais relevante? Parece que você precisa amadurecer e passar a ver as coisas de forma mais adulta. Volto a repetir: qualquer trabalho do Glauber Rocha ou do Godard é muito mais importante do que grande parte do que o cinema americano produz hoje. Você acha que o Bergman fazia filmes apenas para entreter o seu público? A palavra entretenimento é muito mal vista no ciclo intelectual, sabia?

Caio Amaral disse...

Não sou nenhum professor de história então estou discutindo aqui apenas princípios básicos: é imoral iniciar o uso de força contra qualquer pessoa ou grupo ou país. Só se justifica a força no caso de defesa. Uma nação comunista que não respeita a liberdade nem dos próprios cidadãos não tem os mesmos direitos de uma nação livre - que se sentir ameaçada tem todo o direito de invadí-la (não pra assassinar os cidadãos mas pra destruir o governo). Mas se, infelizmente, inocentes morrerem no processo, a culpa continua sendo do agressor original (claro, se 1 piloto/soldado maluco começar a matar aleatoriamente, como aconteceu recentemente no oriente médio, então isso é um crime - mas do soldado, não da nação inteira).

Se um filme quiser educar, passar informações jornalísticas, etc, não há problema algum. Só disse que isso não o torna melhor nem mais importante automaticamente do que um outro que não tem essa intenção. Os critérios pra julgar se o filme é bom ou não são outros. E o fato de um filme retratar sofrimento, miséria, dor também não o torna automaticamente melhor do que um outro que retrata felicidade e beleza. Não me importo pelo que pensam os "críticos do mundo inteiro" nem pelo que é mal visto no "meio intelectual" ou "ciclo intelectual".

Lawrence Wolf disse...

Você disse: "Uma nação comunista que não respeita a liberdade nem dos próprios cidadãos não tem os mesmos direitos de uma nação livre - que se sentir ameaçada tem todo o direito de invadí-la (não pra assassinar os cidadãos mas pra destruir o governo)". É aí que se encontra o erro de sua afirmação. Como os EUA iria se sentir ameaçado com o comunismo vietnamita? Como o Vietnã iria ameaçar os EUA? Em que sentido o governo de Allende prejudicaria a nação americana, para justificar que o governo americano financiasse o golpe de estado que instauraria uma das mais sangrentas ditaduras da História, chefiada pelo general Pinochet? É tão dificil entender isso? O governo americano não se preocupa com o bem-estar da população de nenhum país. Quando os EUA intervém na política de uma nação estrangeira, está pensando unicamente em seus interesses econômicos, em detrimento dos interesses da população desse país. O lançamento das bombas atômicas nas cidades japonesas não foram obra de um piloto maluco que agia sozinho, mas uma ordem expressa do governo americano, não se esqueça disso.

Existem filmes que são divertidos mas que são obras de arte incontestáveis, como "Cantando na Chuva", por exemplo. Contudo, o cinema hollywoodiano dos grandes estúdios passa uma crise criativa sem precedentes. Atualmente, não existe liberdade criativa nas grandes produtoras. Os executivos só pensam em lucrar em cima de filmes medianos e medíocres se aproveitando do mal gosto do público. O crítico e ator José Wilker definiu o filme "Cavalo de Guerra", de Spielberg, como um melodrama de qualidade duvidosa e é verdade. O mesmo Wilker disse que "Avatar" de Cameron "parece", apenas parece ser um filme inteligente. O problema não está no talento desses cineastas, mas nas intenções...

Caio Amaral disse...

Vou explicar mais uma vez; eu não defendo os EUA incondicionalmente. Se eles jogaram bombas intencionalmente em países e pessoas inocentes, então eles cometeram assassinatos. O que eu defendo são os princípios originais dos EUA e o capitalismo, pois eles protegem os direitos do indivíduo - ao contrário de outras formas de governo, que usam força. Se você não aprova isso, então você que é a favor da violência.

Discordo totalmente do José Wilker. Dou nota 10 tanto pra Avatar quanto pra Cavalo de Guerra.

Olha, com todo respeito, não vou mais discutir política com você. Meu blog é sobre cinema. E mesmo sobre cinema, o que estamos discutindo aqui eu já expliquei nos meus textos muitas vezes. Não vou ficar repetindo tudo de novo pra 1 pessoa em particular, que aliás pensa o oposto e não pretende mudar de ideia. Se estiver interessado no que eu penso, meu blog está aí. Essa discussão de Godard X Spielberg não vai a lugar algum. Não vou mais comentar. Abs.

Lawrence Wolf disse...

Não há como se defender os princípios originais dos EUA e o capitalismo sem defender as práticas do governo americano. Ou você acha que o presidente americano cometeu esses erros (como a Guerra do Vietnã e as bombas atômicas no Japão) por vilania gratuita, por maldade apenas? Para defender os interesses de seus empresários e industriais os americanos passaram por cima de tudo (inclusive da ONU) sem se importar com democracia, com os direitos humanos, etc.
Vale lembrar que os EUA mantém acordos econômicos com a Arábia Saudita, um país islâmico que oprime as mulheres e desrespeitam os direitos humanos em inúmeras áreas. Como são parceiros, os americanos não intervém e não se preocupa com a vida da população saudita. Havendo qualquer problema com governo saudita os EUA usaria o desrespeito aos direitos humanos como pretexto para uma invasão.
Por isso, os governos capitalistas também usam a força, sempre que é preciso. A menos que você diga que o Brasil, o Chile e a Argentina eram comunistas na época de suas respectivas ditaduras militares?!.

Política é um dos temas mais importantes da história do cinema. Basta dizer que cineastas como Godard, Pasolini, Pontecorvo, Costa-Gavras, Elio Petri, Damiano Damiani, Glauber Rocha, entre muitos outros, dedicaram muitos filmes a ciência política. Talvez porque você perde muito tempo vendo bobagens do cinema americano você não esteja muito interessado em discutir temas ligados à política.
Você repete argumentos que não têm coerência nenhuma, cometendo erros históricos à todo instante e mostrando que o que te interessa mesmo é o que é definido pelos críticos como 'cinema bobo', de diversão passageira. Não sei se você se considera um intelectual ou não, mas você deixa de ver e de velorizar o que há de mais grande no cinema mundial para perder tempo com entretenimento gratuito.

Caio Amaral disse...

Discordo.

Unknown disse...

Tudo que o el Pico disse esta certo sem nenhuma sobra de duvidas! Basta ver os filmes ridículos, bobos e sem cultura de hoje em dia de 2000 para ca por empresas hollywoodanas que já estam a beira de falência e que hoje em dia nao fazem mais cinema por amor, arte e prazer e sim para encher os seus próprios bolsos! Ou alguém aqui acha que os americanos fazem cinema com amor para agradar os fans?? Enquanto o cinema europeu tenta passar a realidade, o realismo, a imparcialidade os pontos de vistas diferentes de varias nações , o drama, o sentimento e todas essas coisas ao publicO Já os americanos por outro lado fazem filmes sem história, sem enrredo, de baixo orçamento apenas para ganhar dinheiro sem se importar com o publico! Vou dar um pequeno exemplo de como os americanos Sao capitalista e só pensam em dinheiro ! Na década de 1970 no Oriente os japoneses foram os percusores e criadores da maior parte de criação de series para a tv de super herois no mundo inteiro , criavam, desenhavam, faziam super produções e com isso tinham um papel fundamental na educação tanto que todas as suas produções nao eram apenas de entreterimento e na história enrredo passavam toda uma cultura, ensinamentos! Devido a criações de personagens como supaidaa MAN, robô gigante,e tantos outros o sucesso foi basicamente inevitável tanto que o Japao foi o maior polo de exportação e criação de series de super herois para o mundo tudo! Chegando a exportar para mais de 140 países ,italia,franca,China,Brasil,Suécia,Dinamarca devido as grandes produções de qualidade ! Os estados unidos vendo toda essa super produção japoneses nao queria ter concorrentes e logo tratou de " pressionar" o governo japones comprando muitas dessas series, trazendo para o ocidente e América do Sul e norte modificando tudo, e fazendo uma versão totalmente errada das series originais feitas ate então no Japao! Contudo proibiu que as verdadeiras series originais fossem exibidas na América e fazendo uma versão " genérica" dos sentais originais japoneses e transformando no que conhecemos hoje como power rangers que nada mais e doque uma versão falsa e totalmente modificada da series originais criadas no Japao desde 1960 ! Oque acho um absurdo! Com tudo isso só da para dizer uma coisa o cinema americano,assim como produções de series e seriados para a tv estado unidense alem de praticar o monopólio evitando concorrentes e plagiando series originais criadas na Europa e Japao tem somente o intuito de obter lucros e nao fazer cinema e tv de qualidade e oque contei aqui reflete um pouco de tudo isso que o el pico falou! Ai esta a diferença do cinema europeu para o cinema Hollywoodano ! Assistam o canal cultura o cine conhecimento e vejam a diferença entre ambos !

E ao nosso amigo el pico nao adianta Voce discutir com pessoas ignorantes que nao tem uma boa cultura porque por mais que Voce tente fazer ele entender,jamais ira entender e compreender tudo oque Voce quiz dizer ! Afinal de contas o Brasil e um pais de monopólio estado unidense, brasileiros puxam saco de americanos,que no fundo só querem explorar o Brasil com suas mec donalds, com seus enlatados de filmes de baixo orçamento e péssimas produções muitos filmes hollywoodanos nao passam de versões adaptadas e fakes dos livros originais, fora a questão do monopólio apenas para obter lucro e os brasileiros acham isso o máximo , enfim. Nao adianta discutir Com um povo sem cultura pois o Brasil nunca foi um pais independente e sim escravo da cultura americana!

Unknown disse...

Se Voce por exemplo fizer uma pesquisa ao fundo, saberá que para cada " produção genérica " americana, seja de filmes, seriados para TV, desenhos e tantas outras existe uma versão original verdadeira que nada tem haver com as versões que empresas hollywoodianas fazem! Da ate para se ver as duas versões e fazer uma comparação! Eu mesmo sou do tipo de publico que prefiro a qualidade ao invés da baixa qualidade e de filmes que Sao feitos ao acaso, ou ré-makers apenas para ganhar dinheiro ! Hoje vejo a porcaria que as produções hollywoodianas se tornaram, e se os americanos chegaram a fazer bons filmes isso foi a muito tempo, ainda que tenham muitas vezes usado do seu capitalismo,e do seu monopólio para fazê-los hoje sou 100% cinema europeu, árabe , japones e nao deixo de ver um filme desses para ver enlatados americanos com baixo orçamento, explosões computadorizada, e defeitos especiais! Gosto de filme com enrredos, história, lições de vida a cultura enaltece o ser!

Caio Amaral disse...

Esses últimos comentários são tão ignorantes que não preciso nem me comentar muito. Filmes americanos são de "baixo orçamento"? Filmes europeus agora têm "enredo" enquanto os americanos não? O mais bizarro é que ele critica Hollywood mas sua maior defesa não vai a favor dos grandes diretores europeus.. e sim do Jaspion!

Recado para o "Unknown": meu coração enche de amor cada vez que ouço a palavra "capitalismo", e você deveria agradecer a esses capitalistas "gananciosos" cada vez que usa um computador ou liga uma TV pra ver seriados japoneses. Aliás, seriados que surgiram no final dos anos 60 no Japão, quando nos EUA já passava seriado do Batman e outros super-heróis na TV (isso sem falar nos seriados cinematográficos como Buck Rogers, Flash Gordon e filmes de monstro de Hollywood dos anos 30, 40, 50, como King Kong). Sem dúvida os japoneses devem muito a eles.

Unknown disse...

Caio nao estou, falando só de jaspion estou falando de produções japonesas, asiáticas, arabes como um todo, oque disse sobre seriados japoneses foi mais como um exemplo doque o seu " capitalismo" americano e estado unidense faz! Comprando os direitos de exibição e autorais de vários filmes e series para tv, obrigando o publico a ver somente oque eles querem, com seu monopólio e seu capitalismo barato, fazendo adaptando, auterando e, mudando as versões originais ! Obrigando os latinos-americanos a ver só aquilo que eles querem, sem livre concorrência! Hoje Voce liga q televisão inclusive as TVS por assinatura e tudo que Voce vê 90% e produção e enlatados americanos, no Brasil Voce nao tem a livre opção de ver aquilo que quer e e obrigado a recorrer a internet justamente porque existe um acordo que no Brasil " apenas" filmes series de tv Americanos podem ser transmitidos se forem produções da disneylandia ou hollywoodianas e muitos acabam se tornando ignorantes e des-conhecendo as versões originais de outros países feitas a muito antes das americanas ! Muitos dos " herois" tidos como da disney e da marvel que Voce falou foram criações japonesas, da cultura japonesas que já existiam na terra do sol nascente muito antes delas aparecerem aqui na América latina! Os japoneses criam, fazem, produzem desde a epoca do imperio japones, do imperio ninja e através de muita dessas criações os japoneses tentam passam sua cultura milenar, seus ensinamentos! Mais oque acontece? Simplesmente os americanos com sua ganância compram essas series de tv os filmes trazem para o ocidente, auteram, modificam,trocam o roteiro, os atores fazem a versão montada americana deles e tentam fazem Voce e o publico acreditar que Sao criações deles, o HOMEN Aranha e apenas um exemplo disso criado e desenhado no ínicio dos anos 60 Pelo japones Shotaro ishinomori e logo depois Depois de alguns anos vendido para a marvel que trouxe esse heroi para o ocidente outro exemplo e o godzilla que já existia no Oriente muito antes dele aparecer por aqui, uchuu keiji SPACE Spirits que a muito tempo já existia no Japao antes de Star Awars já que star wars foi basicamente inspirado e feito apartir das series japonesas uchuu keiji SPACE sheriff que eram exibidas no Oriente ! Então hoje praticamente tudo que Voce vê, na tv seja series ou filmes de produções americanas nada mais e doque um FaKe da maioria dos originais asiáticos, arabes e europeus! Nao estou dizendo que os americanos nao tem a capacidade de criar nada, eles já fizeram muitas coisas, mais levar a fama pela criação dos outros, comprar os direitos autorais e de exibição dessas series,e filmes e trazer para o ocidente e só uma prova do capitalismo barato! Estado unidense!

Unknown disse...

Mais uma prova do capitalismo barato americano, esta ai, ao olhar de todos, e nem precisamos dizer, Hoje vemos que de 2000 para ca, a mais de uma década o cinema americano anda a beira da falência e tudo que esta produzindo atualmente Sao Ré-makers, hoje Voce vai a ima locadora pegar um filma para ver e tudo que olha na prateleira Sao ré-makers que para mim nao passam de " mistura de retalhos" então pergunto? Onde esta as grande produções cinematográficas hollywoodianas? Porque ao invés de estar fazendo filmes de qualidade preferem fazer ré-filmagens baratas afim de arrecadar lucros e vender "retalhos"qualquer coisa para o publico, sem se importar que De certa forma estao estragando e destruindo as versões originais dos filmes! E realmente lamentável Como o cinema americano chegou a esse ponto apenas para ganhar dinheiro! Isso mostra mais um pouco do capitalismo barato americano, e logo depois vem com a questão da " pipa e da sopa" em uma tentativa desesperada de erguer o cinema americano, então pergunto? Porque só agora? Porque nao fizeram isso antes quando o cinema americano produzia muito ganhava milhões em dinheiro? Será que nao querem colocar a culpa neles mesmos e preferem culpar outros? Sabemos que a pirataria existe só no Brasil a mais de 30 anos muito antes da internet , e o cinema hollywoodiano sempre se acomodou nunca fez nada, somente agora que estao a beira da falência resolvem fazer alguma coisa! Com tudo isso só nos mostra uma coisa " o cinema americano. Foi feito para vender e obter lucros capitalistas" nao e como o cinema europeu,asiático, árabe que e feito com amor para agradar seu publico ! Esta ai o exemplo de ante dos olhos de quem vê e de quem nao quer ver tambem! Nao sou contra a sopa e nem a pipa sou ate a favor delas, Mais reconheço que grande parte da pirataria se deve aos erros dos de outros, hoje Voce vai a uma loja procurar um filme original para comprar e simplesmente nao encontra, muitos só saíram em VHS por serem bem antigos, outros estao fora de catalogo, cada i respeito? Que o cinema americano tem com o seu publico? Nem se quer disponibilizam os originais para compra e por essas e outras que muitos vão buscar na internet e pirataria aquilo que eles nao encontram nas lojas para venda !

Unknown disse...

Hoje se Voce quer ver um filme de qualidade, se quer ver um filme europeu, árabe, egípcio, asiático, ou ate mesmo ver um filme da 2 guerra mundial que mostra a realidade e os 2 lados da história " e ( nao as versões americanas que nao Sao imparciais e mostram apenas o lado deles ) tratando muitas vezes os naZistas como " bandidos" e eles como os mocinhos da história! Voce infelizmente tem que ir para a Europa ver o filme, ou esperar pela boa vontade de alguma emissora de TV reprisar ou passar o filme,ainda com uma péssima dublagem Made in Br,pois na maioria dos cinemas do Brasil esses filmes nao passam, e se procurar em livrarias e lojas de DVDs tambem nao os encontra! E o capitalismo e monopólio americano que impera ! E Voce Caio vem me dizer que o capitalismo e legal e bom? Pode ate ser mais só quando nao existe o monopólio, já que aqui nesse pais sub-desenvolvido somos obrigados a ver só oque os americanos/ brasileiros querem que vejamos!

Caio Amaral disse...

Aqui em SP não vejo dificuldade nenhuma pra encontrar DVDs originais, inclusive de clássicos e filmes raros (tem a Livraria Cultura que é excelente a rede 2001 Video, por exemplo). E se você não mora em São Paulo, pode sempre comprar pela internet e receber o filme em casa.

Concordo que antigamente a qualidade média dos filmes era muito melhor - mas isso na época dos grandes estúdios de Hollywood, nos anos 30, 40, 50, 60, pois não existia cinema independente e só tinha a chance de fazer filme quem tinha muito talento. Depois dos anos 70 não dá pra falar numa qualidade "média" da produção americana. Existem vários cineastas - uns são bons e outros não, como em qualquer lugar do mundo. Não dá pra pegar os filmes ruins de um país e julgar a indústria inteira com base neles. Da mesma forma que não vou julgar os filmes asiáticos baseado nos filmes de terror japoneses que dominaram a indústria nos últimos anos.

E é importante lembrar que, mesmo antigamente, haviam filmes ruins também. A diferença é que, depois que o tempo passa, só fica a lembrança dos melhores de determinada época, e as pessoas esquecem das dezenas de produções medíocres que saíram no mesmo ano.

Daqui a 20 anos, provavelmente terei esquecido de A Era do Gelo 4 ou Paraísos Artificiais, e vou dizer: "Ah que saudades de 2012, onde tínhamos filmes de qualidade".

Alguns filmes americanos que vi SÓ ESTE ANO nos cinemas e que foram bem recebidos tanto pelo público quanto pela crítica:

- Cavalo de Guerra
- Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres
- J. Edgar
- Histórias Cruzadas
- A Invenção de Hugo Cabret
- O Homem que Mudou o Jogo
- Jogos Vorazes
- Os Vingadores
- Prometheus
- O Espetacular Homem-Aranha

Nunca vi filme da Arábia ou do Egito e não sabia nem que eles tinham indústria cinematográfica. De repente estou perdendo algo interessante. Só pra eu ter uma referência, me passe uma lista de 10 filmes "europeus, árabes, egípcios, asiáticos" DO ANO DE 2012 que você considera superiores a esses americanos que listei.

Em 2006 o diretor americano Clint Eastwood lançou 2 filmes: "A Conquista da Honra" e "Cartas de Iwo Jima" - um mostrando a 2ª Guerra Mundial pelo ponto de vista dos americanos, e o outro pelo ponto de vista dos japoneses. Foram filmes bastante conhecidos e premiados, me espanta você não conhecê-los, já que critica o cinema americano com tanta autoridade.

E é claro que eles retratam os nazistas como os bandidos da história. Porque os nazistas eram ditadores racistas e assassinos em massa. Se você discorda e está do lado de Hitler, não preciso saber mais nada ao seu respeito.

Unknown disse...

Recado ao amigo Caio : só uma correção vale lembrar que a toei company animation, assim como a Toho e a Tsuburaya a Toshiba já fazia series e HQS em quadrinhos muito antes no Oriente doque os americanos do ocidente, doque a Disney a marvel basta ver o ano de fundação das empresas japonesas que existiam a muito mais tempo Doque as empresas americanas " oque de certa forma tem muito haver com a guerra e a política dos 2 países, e se nao fosse pela covardia americana com a bomba em hiroshima e nagazaki hoje os estados unidos jamais iria conseguir ser a potência que e! Uma coisa e Voce se tornar uma potência no mundo por méritos próprios outra e Voce usar de forca bruta e covardia para se tornar pontencia mundial! Se Voce fizer uma pesquisa a fundo no livro dos records Vera que a maioria dos herois que hoje Voce pensa serem americanos foram na verdade Desenhados e feitos por japoneses no Oriente muito antes de se tornarem conhecidos por aqui ! Ate os HQs japoneses e os desenhos eram feitos com toda uma cultura, uma mitologia, um ensinamento veja o exemplo de SAINT SEYA ! Já os desenhos americanos nao possuem outra narrativa a nao ser " do heroi que quer salvar o mundo das tragédias naturais ou causadas pelo HOMEN mais que se apaixona por uma outra personagem" apenas isso e mais nada!

Unknown disse...

Caio já deu para saber que Voce como a maioria dos brasileiros Sao seguidores da cultura americana,e que nao sabem ser imparciais e preferem acreditar " na cultura muitas vezes mentirosas" americanas doque pesquisar, estudar e buscar a fundo a verdade! O conformismo ! Já eu ao contrário de Voce prefiro acreditar em quem viveu a 2 guerra na pele, quem serviu e quem esteve lá doque em livros mentirosos ou professores de faculdade que tudo que sabem dizer e oque leram nos livros ou nos filmes americanos que assistiram! Nunca estive do lado nem de um e nem de outro mais sempre busquei a verdade a imparcialidade e sempre quis ouvir os dois lados da história ao contrário da cultura americana que apenas prega somente o seu lado da história através de seus filmes, seus livros e sua cultura sórdida ! A grande verdade e que muitas coisas das quais Voce Hove falar nao passam de inverdades E acreditar que tudo que Voce lê e ouve a respeito do nazismo e verdade só mostra a ignorância e o conformismo ao invés de buscar a verdade e o mais engraçado de tudo e que os americanos tratam os Alemães como nazistas e sanguinários mais eles mesmos massacram o povo árabe, produzem bombas nucleares, matam e assassinam civis como fizeram no Afeganistão E iraq

Caio Amaral disse...

A discussão aqui nunca foi sobre HQ's e sim sobre cinema (e TV) - e é aí que eu disse que os seriados japoneses devem algo aos EUA. De qualquer forma, é ridículo discutir qual país produziu antes algum tipo específico de entretenimento. Daqui a pouco estaremos na Grécia antiga. O importante não é ser mais antigo, e sim ser melhor.

Nunca vi Cavaleiros do Zodíaco (imagino que deva ser ótimo), mas gostaria de saber quais são esses ensinamentos tão superiores. E quem disse que na história de um herói salvando o mundo não há um ensinamento? Nessas histórias estão muitos dos valores da cultura americana, como individualismo, razão, liberdade, a busca da felicidade - ao contrário do coletivismo e misticismo do oriente. Não é porque não há uma "mitologia" que uma coisa tem menos conteúdo. Eu particularmente nem gosto de mitologias, lendas, folclore e essas tradições primitivas baseadas em misticismo.

Quanto à guerra... Quem começou a 2ª Guerra foram a Alemanha nazista e a Rússia, que invadiram a Polônia pra saquear suas indústrias. Os EUA, apesar de terem vencido a Guerra, PERDERAM muito economicamente e saíram com um débito nacional enorme. O grande progresso econômico dos EUA aconteceu no século 19 e não depois da 2ª Guerra. Muito pelo contrário, foi aí que começou a decadência.

É o estatismo que precisa de guerra, não o país livre.

Unknown disse...

Voce falou uma coisa certa Caio, Sao Paulo e o maior polo de cultura da américa latina, nao só por sua colonização italiana, asiática, espanhola, mais principalmente porque os maiores escritores, cineastras do Brasil ai vivem e residem, mais os que moram fora de Sao Paulo como ficam? Sobre a questão dos filmes series e livros concordo que e possível se conseguir alguns através de importação mais nem todos estao disponíveis, muitos estao fora de catalogo ate mesmo lá fora, outros nao chegaram a nem ser lançados em DVD ou blu-rays e e essa a tendência as grandes produções se perderem com o tempo existem filmes que ao achamos em VHS e ate mesmo o VHS esta dificil de achar,tudo porque a industria do cinema nao preserva sua história,nao divulga a cultura! Certo dia fui a livraria cultura com uma lista de 100 filmes que gostaria de comprar para por na coleção muitos filmes clássicos da década de 60, 70 mais nao encontrei nenhum, de todos que procurei somente 12 saíram em DVD e fora de catalogo nao me importo de pagar 1.000 reais em um BoX DVD Collection o dinheiro e o de menos quando falamos em cultura o problema e que nao achamos! A intenção de Clint Eastewood foram as melhores mais e claro que esses filmes dos quais Voce citou nao mostram nem 1/10 da realidade e da carnificina que foi a 2 guerra mundial e isso Voce pode perguntar a qualquer Japones ou americano de 90 anos que viveu aquela epoca! E como titânic que fez mais sucesso pelo casalzinho interpretado por leonardo do caprio e a atriz Kate winslet doque a própria tragédia em si ! Quase todos os filmes americanos que vejo Tem muito disso Se esquecem do foco principal do filme e sempre colocam essas historias bobas em um contexto maior doque o tema principal uma qualidade dos filmes europeus principalmente os francêses e de mostrar a realidade nua e crua ainda que seja um tema Polemico ou pesado Mais tentam passar a realidade ao telespectador e isso ficou muito detalhado para mim quando assisti sonata de Tóquio quando assisti tambem ao filme C'est pás moí,je lê jure! Nao tem como comparar esses filmes com a maioria dos filmes americanos que na maioria das vezes foge da polemica !

Unknown disse...

Caio Voce tocou em um Ponto que vale apena explicar, alguns valores americanos dos quais Sao distorcidos da realidade ! " e quem disse que na História de um heroi salvando o mundo nao ah ensinamento? Nessas historias estao muito dos valores da cultura americana o individualismo = Que para mim soa mais como egoísmo, como se achar melhor doque os outros, que só eles tem "poderes" Para resolver todos os problemas do mundo e que nao precisam de ninguem oque de longe demonstra uma democracia quando muitas vezes eles Sao os principais culpados pelos problemas atuais que assolam o mundo, com mals exemplos que eles mesmos dao ,Ai vem a questão da razão da liberdade quando na verdade eles querem a liberdade para eles mais ao mesmo tempo dominar explorar e governar outros países impondo suas vontades Como eles e os ingleses tentaram fazer com a franca, Escócia , e Irlanda menosprezando os países menos favorecidos e impondo suas vontades ! Ótimo exemplo que querem dar ao publico com sua cultura americana enquanto um prega o egoísmo e o individualismo através de super herois e series plagiadas na TV o outro prega a coletividade, a união em busca da paz, os ensinamentos milenares de varias culturas, que o seu inimigo pode se tornar um amigo que cada um de nos em um momento da vida ira precisar da ajuda do outro! Enquanto o cinema americano busca a guerra, a discórdia, a ganância o terrorismo com seus defeitos especiais de explosões e de fogo, o erotismo o uso de cigarros e drogas nos filmes nao com o intuito de educar e mostrar a realidade mais sim Com o intuito de divulgar e promover e insentivar aquela marca de cigarro ou de bebida Para o marketing de venda do produto com isso se percebe que a filmografia hollywoodiana faz filmes apenas como marketing, divulgação e venda de seus produtos Para o mercado basta ver qualquer cena de filme americano para se notar mensagens subliminares ou letreiros enormes de coca colas, Mc donalds, cigarros MarlBoro Entre outros!

Caio Amaral disse...

Não acredito que você foi atrás de 100 filmes, incluindo muitos clássicos, e não achou NENHUM. Gostaria de ver esta lista. Trabalhei 2 anos pra 2001 Vídeo e um dos meus melhores amigos trabalha na Livraria Cultura como comprador de filmes. Tenho bastante conhecimento nessa área. E veja como seus argumentos não têm lógica: mesmo que isso fosse verdade, isso indicaria apenas uma deficiência das distribuidoras BRASILEIRAS e não da indústria americana! Significaria que o BRASIL não liga pra cultura. Lá nos EUA você encontra de tudo em DVD, eles honram muito os seus clássicos.

Os filmes do Clint Eastwood são uma verdadeira carnificina. Não há tentativa de amenizar nada ali. Se não viu o filme, não comente. De qualquer forma, sou CONTRA o naturalismo na arte. Arte não é jornalismo e não precisa mostrar a "realidade nua e crua". O fato de um filme mostrar algo "nu e cru" não o torna mais relevante do que um outro que é ficção, obra da mente de um artista. Pelo contrário - me interessa muito mais a criatividade, o talento, a imaginação humana do que notícias de jornal reproduzidas. Aristóteles está comigo nessa.

Quanto ao último comentário... Claro que alguns governantes dos EUA fizeram muitas atrocidades ao longo dos anos, mas nesses instantes eles estavam traindo a Constituição e os ideais americanos originais. Os EUA foram a primeira nação baseada na liberdade e nos direitos do indivíduo - que impedia o governo de iniciar força contra qualquer cidadão - americano ou estrangeiro. Qualquer um que quebrou isso, estava sendo ANTI-americano neste momento e estava agindo como os nazistas e fascistas da Europa (onde esse conceito de liberdade não existe nem em princípios).

Amo os valores americanos e vibro toda vez que vejo um McDonald's ou uma garrafa de Coca-Cola. Se você discorda de todas as minhas ideias, vá ler outro blog ué! Já entendi seu ponto de vista e pela discussão com o El Pico você já podia saber o que eu penso de arte, política e ética. Não tenho interesse em convertê-lo, e eu não pretendo mudar de filosofia. É inútil tentar convencer alguém que pensa o oposto e tem convicção nisso. Gaste esse tempo com aqueles que estão em cima do muro, aí ainda há chances de sucesso. Abs.

Unknown disse...

Nao meu caro Caio, se Voce realmente entende de filmes e de cinema como diz, deveria sabmunais se nao encontramos os filmes nem nas distribuidoras e muito menos nas gravadoras e produtoras e porque Ou o filme nunca se quer foi lançado no Brasil ( pelo polo industrial na Amazônia) sendo assim somente importando ou então e porque ele esta fora de catalago ou saíram em pouquíssimas tiragens e edições e lojas como livraria cultura ( que concordo com Voce nesse ponto que tem um grande acervo) nao tem culpa, Pois quando um filme esta fora de catalago fica praticamente impossível de se conseguir e isso sabemos que e um fato! A nao ser que Voce consiga um usado em alguma loja de sebo no Brasil! Essa e uma das grandes deficiências e tambem o principal fator responsável que muitas vezes leva aos fans e colecionadores a Buscar na pirataria e na internet oque nao conseguem encontrar nas lojas, e será assim ate que a industria do cinema e as principais gravadoras e distribuidoras respeitem Seu fans e colecionadores disponibilizando os originais para venda, fora que muitos outros nem se quer foram lançados em DVDs apenas em VHS e LD laser Disc a Um tempo atraz por exemplo procurei o clássico sanção e dalilla de 1949 e só encontrei em Laser Disc nao achei nem em VHS e nem em DVD talvez agora já tenham ré-lançado mais quando procurei nao havia tive que importar o LD video laser como sou eclético gosto de todo tipo de filme ate porque para ser o Cinéfilo Voce precisa ver todo tipo de filme de drama, a ficção cientifica a terror E ate filmes bíblicos que fizeram parte dos grandes clássicos do cinema mundial e como nao sou apenas fan mais tambem colecionador procurei muitos clássicos de terror antigo, suspense e ficção cientifica para coleção como de alfred hitchcock , stephen King, george A. Romero e a maioria nao encontrei,alguns apenas em VHS e nem se quer saíram em DVD já outros totalmente fora de catalogo ! Alguns ate consegui importa-los outros nem para importação encontrei Então nao entendo porque da sua surpresa pois se Voce realmente entende de filmes deveria saber da dificuldade que e para fans e colecionadores encontrar boa parte deles!

Caio Amaral disse...

Você falou lá atrás:

"hoje Voce vai a uma loja procurar um filme original para comprar e simplesmente nao encontra, muitos só saíram em VHS por serem bem antigos, outros estao fora de catalogo, cada i respeito? Que o cinema americano tem com o seu publico? Nem se quer disponibilizam os originais para compra e por essas e outras que muitos vão buscar na internet e pirataria aquilo que eles nao encontram nas lojas para venda !"

A culpa de não haver certos filmes no Brasil não é do cinema americano e sim do BRASIL. Os EUA não têm controle ou responsabilidade pelo que as distribuidoras brasileiras lançam ou deixam de lançar aqui. Lá nos EUA você encontra facilmente toda a filmografia do Hitchcock, etc.

Outra coisa, por um lado você critica o cinema americano por só querer lucrar, ganhar dinheiro. Depois reclama por ele NÃO disponibilizar os seus filmes pra venda! Ué, mas eles não pensam apenas em comércio, em vender?

Falta coerência nesse pensamento, por isso cansa discutir. Abs.

Unknown disse...

Caio, admito que nao vi os dois filmes citados por Voce de Clint Eastwood, mais os comentários que diz foram baseados na opinião de pessoas que viram o filme e me disseram oque acharam,Mais uma coisa posso afirmar Nas características que tenho notado do cinema americano tanto os atuais quanto os da década de 70,80,90 Vejo muito marketing no cinema americano e uma outra observação e a falta de imparcialidade nos temas, sempre abordam temas clássicos ou polêmicos somente pelo ponto de vista deles, no intuito de colocar a opinião publica, a favor deles, no ponto de vista deles, no olhar deles de certa forma manipulando o telespectador a pensar somente da forma que eles querem passar na questão do gênero animação e infantil vejo o cinema americano muito pobre, pelos motivos que já havia dito antes para Voce, fazem filmes infantis ao Stylo genéricos walt Disney basicamente para vender Seus produtos Toys,brinquedos, CDS, e produtos sem nenhuma preocupação em fazer allgo de qualidade, em investir em bons atores, bom elenco, Bom cenário boas locações e principalmente bons enrredos por isso logo pensam " se vamos faZer filmes para crianças e adolescentes" faremos de qualquer jeito basta colocar um ator e uma atriz infanto-juvenil de boa aparência que tudo esta certo e venderemos milhões ! Esse e o pensamento do cinema americano quando se trata de produções de filmes e series infantis, sem nenhum respeito ao publico e fazendo apenas para marketing e venda de produtos, filmes infantis tao alterados e modificados, que nem de longe se parecem com os temas originais dos livros ,e oque dizer dos musicais americanos? Aonde vemos falsos cantores aparecendo em filmes somente para se auto- promover gravar um Cd fazer um sucesso de 5 minutos e vender disco ! Com relação a isso nem preciso comentar o quanto os filmes americanos, infantis e alguns musicais Sao " filmes bobos" bem diferente do cinema infantil feito na Ásia e na Europa para as crianças, pois para os europeus e asiáticos fazer filmes musicais ou inFantis nao e para ganhar dinheiro e fazer marketing e sim o principal fazer algo de qualidade! Basta ver a cultura de crianças e adolescentes americanos para ver a cultura de crianças e adolescentes da Europa e notar a diferença !

Unknown disse...

Outro ponto negativo de filmes musicais Que deve ser tocado,que eu sinceramente acho de uma tremenda falta de respeito com os fans de determinados cantores, ate quando iram fazer um filme Que deveria ser para homenagear astros como Elvis presley,Beatles entre outros eles fogem do tema principal e a filmografia que deveria ser como uma homenagem e um respeito a astros que marcaram epoca nao só no cenário americano mais como no cenário mundial Quase todos os filmes que vi tiveram temas mentirosos e des-respeitosos principalmente os documentários que contam uma biografia muitas vezes mentirosa desses astros da música mundial que deveriam ser tratados com carinho e respeito! Filmes que muitas vezes fazem chacotas,galhofas e que pegam pesado nao des-respeitando somente os astros como Elvis, como beatles que eram muito mais mundiais doque americanos, des.-respeitando nao só a história deles mais como tambem os fans! Oque o cinema fez recentemente com o michael jackson foi uma prova disso, tanto que houve uma revolta muito grande de quase todo o fan clube mundial E muitos fans se recisaram a assistir os filmes no cinema! Foram pouquíssimos filmes que assistir que realmente contaram a história desses astros com seriedade, respeito e verdade a maioria doque dói produzido no cinema sobre eles foram apenas para ganhar dinheiro, obter lucros e sujar a história de cantores como Elvis presley, Beatles entre outros!

Unknown disse...

E lamentável, como o cinema americana trata de forma Excrachada agressiva,des-respeitosa Com seu " humor negro" ícones da música mundial como Elvis presley, michael jackson, Beatles filmes e documentários de muito mal gosto que para mim deveriam serem processados por familiares, amigos e fans pela maneira que exploram quem deveria ser tratado com o mínimo de respeito e realmente esse " humor negro" dos americanos realmente para mim e mais um ponto negativo no cinema americano! Voce fazer humor no cinema de forma respeitosa e valido, mais Voce fazer humor trepudiando em cima dos outros, ou dos problemas dos outros e uma maneira des-honesta e suja de se fazer cinema!

Caio Amaral disse...

Não existe algo como "o cinema americano".. A indústria é muito vasta. Existem filmes infantis ruins, feitos da forma como você colocou, e existem outros geniais, como "Up - Altas Aventuras". E os clássicos da Disney são verdadeiras obras de arte.

Me dê uma lista de 5 bons filmes infantis/musicais/animações feitas na Europa recentemente. Não sei do que está falando.

O que disse a respeito de Elvis e Beatles parece contradizer o que disse a respeito dos filmes da 2ª Guerra. De um você reclama que romantizaram, que não mostraram a realidade "nua e crua". Do outro, reclama que deveriam ter evitado certas polêmicas e mostrado apenas o lado bom.

Sou fã do Michael Jackson, amei o filme This Is It que foi altamente respeitoso. Não sei de outro filme sobre ele que saiu no cinema.

Unknown disse...

Nao Caio, nao falta coerência nas coisas que eu disse, apenas citei exemplos nao afirmei nada com relação a esse ponto, ate porque a maioria dos filmes e coleções que tenho eu sempre acabo importando do Japao , Europa, e estados unidos porque sei que se eu for esperar algo no Brasil nunca terei nada! Porém oque falta na verdade e uma política mais serie entre os dois países, pois já que o Brasil e um pais totalmente ligado a cultura americana deveria sim existir uma facilidade maior de achar o material, e vale lembrar que nao e só no Brasil que existe essa dificuldade de se achar um determinado filme pois ate DVDs importados ficam fora de catalogo inclusive nos estados unidos pois já procurei DVDs em lojas importadora que ate lá estavam foram de catalogo então Voce deve ficar esperando eles ré-lançarem o título para a compra então de certa forma isso tambem e um problema de gestão e irresponsabilidade deles, depois querem argumentar com a " pipa e a sopa" do material da internet fornecido para internautas! Quando digo em marketing e lucros estou me referindo principalmente durante os ultimos anos, em que fazer filme " mesmo que seja um ré-make" ou mesmo que seja algo da pior qualidade e valido para eles, nao para agradar ou nao os fans ou quem gosta de cinema mais sim para vender as atitudes deles mostram o interessam em produzir álgo ainda que de péssima qualidade apenas para vender ainda com a industria a beira da falência e nao importa se o filme, a serie ou o documentário teram uma boa aceitação pelo publico! Ao invés de preservar aquilo que era de qualidade e bom nos anos 30,40,50,60 como Voce mesmo disse preferem produzir algo atual ainda que de péssima qualidade apenas para vender, lançar uma marca nova no mercado de algum produto, ou um " cantor" novo! As próprias atitudes deles mostram oque eles de fato querem ! Existem filmes de 8mm que nunca se quer foram remasterizados, autorados, Ou recuperados Que eles nem se quer tem a preocupação de restaurar e disponibilizar isso para o publico e ao invés disso? Preferem deixar esses filmes em um deposito qualquer esperando que o tempo os destruam para sempre! Então pergunto aonde esta o amor americano pelo cinema?? Talvez fazer algo novo para ganhar lucros vale muito mais doque preservar oque esta sendo perdido com o tempo em algum galpão qualquer!

Unknown disse...

Caio Amaral Voce nao entendeu nada doque eu disse a respeito de filmes e documentários americanos a respeito de grandes astros da música! Em nenhum momento falei que eles nao mostram o lado bom o ruim da vida e da biografia de cantores oque quiz dizer e que eles exploram aa "mentira " Para causar algum tipo de impacto no publico, e que muitas vezes usam de mentiras inverdades e gozações para vender seus filmes ! "E como o jornalismo sujo de hoje em dia em que contar uma mentira sobre uma celebridade" Ganha audiência e vende jornais e mais ou menos oque vejo os filmes americanos fazendo com os astros da música em seus filmes e documentários! Nao estou dizendo que eles nao devem mostrar só o lado bom ou ruim mais devem mostrar a verdade dos fatos, abordar de forma imparcial e seria oque de fato aconteceu e nao contar historinhas mentirosas sobre os astros da música para vender seus filmes! Isso e fazer cinema sujo! Fora a questão do " humor negro" Em que des-respeitar e trepudiar em cima de stros que fizeram parte da história da música mundial Para eles e valido pois assim vendem mais filmes, e ganham mais Notoriedade mesmo que tenham que passar uma imagem mentiroso ao publico! Mais obviamente que os fans conhecem a verdade e simplesmente se negaram a ver o filme !

Caio Amaral disse...

O Woody Allen só faz filmes pelo lucro sem se importar pela qualidade?
O David Lynch?
Os Irmãos Coen?
O David Cronenberg?
O Martin Scorsese?
David Fincher?
Darren Aronofsky?
Quentin Tarantino?
Clint Eastwood?
Steven Soderbergh?
Christopher Nolan?

Quem faz filme só pelo lucro sem se importar pela qualidade é um imbecil - aqui, nos EUA ou na França. A melhor maneira de lucrar com algo é de fato oferecer algo bom. Campanhas de marketing funcionam até certo ponto, mas se o produto é um lixo, a bilheteria afunda na 2ª semana. A indústria está falindo? Não sabia.. a cada ano um filme quebra novos recordes de bilheteria. Avatar, O Cavaleiro das Trevas, os últimos Harry Potter.. Não me parece nada falida.

Nos EUA, como a indústria é MUITO maior do que na maioria dos países, claro que existem também muito mais oportunistas como esses, só pensando no lucro. Mas no Brasil também existem. Na França também. Na Índia também.

E se algum cineasta fez um filme que só existe agora abandonado num galpão numa cópia em 8mm.. Provavelmente não é nenhuma obra-prima. Quando algo é muito bom de fato, naturalmente isso vira interesse de outras pessoas. E se ninguém quer ver um filme, por que uma distribuidora seria imbecil de distribuí-lo? Distribua o artista por conta própria.

Caio Amaral disse...

Os últimos documentários que vi sobre artistas foram todos muito respeitosos, como o This Is It. Não existe NENHUM documentário cinematográrico decente sobre o Elvis ou os Beatles? Claro que existe. De monte.

Unknown disse...

Sinceramente Caio, Se Voce acha que esses documentários baratos como This Is it E respeitoso E de excelente qualdade, rsrs e orque realmente Voce nao entende nada de cinema, qualquer um que gasta seu dinheiro para ver cenas de ensaios de michael jackson Ou um documentário desses feito de qualquer jeito as " pressas" só porque o michael jackson morreu sabe que a industria do cinema só pensou em dinheiro, enquanto os fans se lamentavam e chorávam a morte de um ícone da música mundial a industria do cinema logo pensavam em um jeito de ganhar dinheiro em cima da desgraça alheia, oportunistas se aproveitando da situação para encher seus bolsos! Vários fans club do MJ de todo o mundo protestaram contra o filme Inclusive usando palavras como falta de respeito e fazendo campanhas nas redes sociais para que os verdadeiros fans de MJ nao compartilha-sem dessa hipocresia,sim porque ate pouco tempo antes de michael jackson dar a entrevista e dizer que iria retomar a carreira ele era execrado tanto pela mídia.
como por produtores de cinema sendo taxado como o pedófilo como o pai que nao cuidava bem dos filhos e etc! Com relação a outros filmes que Voce falou sem comentários, Avatar cavaleiro das trevas chamar Esses lixos de bons filmes só porque tiveram" records" de bilheteria ou porque crianças e adolescentes seguidores de modinha e de enatados americanos assistiram E falaram bem do filme e ridículo, o fato de um filme fazer sucesso em países aonde só a cultura americana e o monopólio reinam nao siguinifica nada e muito menos que o filme e de boa qualidade, daqui a pouco Voce vai querem chamar " falsos cantores" como justin bieber de profissionais só porque vende CDS ou porque a industria americana banca o marketing dele na mídia ! Em países aonde só existe a modinha da cultura americana,e onde nao existe opções de laser e entreterimento ou livre concorrência De grandes produtoras de cinema obviamente que filmes como esses que vc citou faram sucesso, mesmo que sejam um lixo, cheio de defeitos especiais com historias bobas, de baixo orçamento claro porque filmes aonde a maior parte das cenas Sao feita por computação gráfica só podem ser de baixo orçamento ate para a diminuição dos custos, Tem a questão do marketing mais uma vez pensando nos lucros e lançando o mesmo filme em varias versões e formatos diferentes, isso só mostra o quanto o cinema americano atualmente nao vai bem das pernas se nao, nao economizaria nas suas baixas produções e capricharia na qualidade do filme em si " sinceramente eu fujo" da péssima qualidade do cinema americano atualmente, filmes bobos, péssimas historias, péssimos atores, péssimas falas e o pior de tudo Sao os defeitos especiais que Sao bem toscos! Hoje em dia prefiro praticar algum esporte doque perder meu tempo e dinheiro assistindo a péssimas produções atuais americanas que tem 0% em qualidade mais Sao famosos só porque a maioria assistiu devido a falta.
de opções Em países como o Brasil monopolizados !

Unknown disse...

Sobre Elvis presley e Beatles eu gostaria que Voce me cita-se apenas um,documentário o filme americano que retrata-se de forma seria a biografia desses ícones da música mundial ? Apenas um que teve 100% de aprovação dos respectivos fan club desses grandes astros da música! Eu mesmo nunca vi porque 99% dos filmes e documentários americanos que já assisti tratam um astro como Elvis presley De forma agressiva expondo Muitas vezes elvis presley ao ridículo
( nao estou falando Dos filmes que ele fez na MGM ou paramount como ator) E sim dos filmes após a sua morte de péssimo gosto, com piadinhas des-respeitosas e sem graça usando expressões debochadas como " Elvis The pélvis" ou fazendo chacota com as roupas que o rei usava Em seus shows a industria do cinema americano mostra mais uma vez sua hipocresia, quando deveria respeitar e ser grata a Elvis presley pois pessoas como ele e frank Sinatra que levaram a música e a cultura americana para todo o mundo e eles contribuíram muito com isso, os estados unidos devem muito a esses dois e ao invés de respeita- los leva a imagem desses astros ao ridículo como podem ser vistos em alguns filmes como uma noite com o rei do rock, tem um outro ridículo tambem que um " bandido" de desfarca de Elvis presley foge da prisão e vai para vegas! Como o cinema atual americano dos anos 90 para ca podem ser tao pobre a ponto de lançar filmes ridículos como esses!

Caio Amaral disse...

Acho This Is It ótimo, bem dirigido pelo Kenny Ortega que era um grande amigo do Michael, extremamente respeitoso não só com ele mas com os fãs, como eu, que já tinham comprado o ingresso pro show em Londres e dariam de tudo pra ver algo do espetáculo. Justin Bieber é talentoso. Acho Avatar excelente e James Cameron é um dos melhores diretores em atividade.

Antes de se meter a defender a "alta cultura", vá primeiro aprender a escrever português.

Sorry, suas postagens são extremamente desagradáveis e irracionais. Parei aqui de responder.

Caio Amaral disse...

http://www.youtube.com/watch?v=gaA_nlho6Kw

Anônimo disse...

Em algum momento tu diz que não adianta despender tanta energia ao insistir na discussão com um sujeito somente. Porém eu li muitas vezes essa discussão nos comentários, eu já consultei os argumentos com tanta frequência que precisei passar para alguns conhecidos como referência. Pois os considero muito notáveis e, por ter a característica de debate, têm uma dinâmica diferente da crítica formal.

A entrevista com o Rubens Ewald Filho é uma pérola (e de uma forma estranha, me desperta um sentimento inexplicável de nostalgia e carinho). Porém, pessoalmente, o material de maior relevância é a forma como a entrevista desencadeia uma discussão onde gradualmente é tornada explícita a relação entre cultura, arte, filosofia e psicologia.

A forma como você rebate os princípios dos argumentos, ignorando os pedantismos e expondo as falácias lógicas é ótima. Por outro lado, a sua demonstração de cultura, de conhecimento da linguagem do cinema surge de forma tão espontânea que difere fundamentalmente do pedantismo dos argumentadores adversários. Torna-se claro que é possível chegar a conclusões racionais, lógicas e realistas, baseadas em princípios, ao assistir filmes europeus, “de arte”, “sociais”. Percebi que aplicar uma mentalidade diferente ao consumir tais materiais cria uma forma alternativa de prazer, que não é oriunda da arte em si, mas do próprio orgulho da capacidade pessoal, do exercício racional, da análise da relação entre corolários e princípios.

Enfim, tu pode ter discutido com uma, duas pessoas. Mas falou para inúmeras.

Caio Amaral disse...

Sabe que eu sinto falta dessa época que as pessoas vinham debater nos comentários, hehe.. Eu ficava irritado.. mas era um bom exercício. Não sei o que aconteceu... Se o blog passou a ter menos acesso, ou se meus textos foram ficando menos polêmicos... Realmente não entendo, pois era bem comum ter gente nervosa comentando, rs.

Essa entrevista com o Rubens foi um caso único aqui né? De repente eu poderia pensar em outras pessoas pra entrevistar.. se pensar em alguém relevante pros tópicos discutidos aqui.. e que seja acessível.

Existe mesmo esse prazer que não está tão relacionado ao filme em si, mas ao processo de análise.. mas há limites também.. tem filme que é medíocre demais pra me estimular dessa forma.. quando são muito comuns, clichês, e vc já entende qual é o problema até antes de assistir.. agora têm filmes que levantam debates interessantes, diferentes.. e que fazem muito sucesso.. tipo Coringa.. ou mesmo O Poço.. daí mesmo que eu não goste do filme, acaba sendo divertido de assistir pela análise.