sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Sem Tempo Para Morrer

Gostei do filme. Achei melhor que 007 Contra Spectre e mais próximo da qualidade e do tom de Skyfall. Apesar da pressão externa que deve existir, essa é uma das poucas franquias que conseguiu atravessar a última década sem perder sua essência. A produção é de alto nível (fotografia, direção de arte, som, música, edição — tudo é state-of-the-art), e me fez pensar no quão prazeroso (e raro) é ir ao cinema hoje e ver uma super-produção realmente caprichada visualmente, com cara de "filme de verdade", que não tenha aquela estética artificial de videogame que domina os blockbusters (realmente vale a pena ver na tela grande).

Há um spoiler mais pro final que foi a única coisa meio duvidosa que vi no filme, que provavelmente é reflexo do pessimismo de nossos tempos. Mas até isso foi feito de maneira mais inteligente que de costume, e preservando a estatura do herói.

No Time to Die / 2021 / Cary Joji Fukunaga

Nível de Satisfação: 7

Categoria A/B: Idealismo com alguns toques negativos

5 comentários:

Rodrigo E. disse...

Ando meio afastado dos filmes nos últimos anos, mas 007 e Missão Impossível são duas franquias que me carregam para o cinema ainda.

Gostei do filme também, melhor que o anterior.

Uma coisa que me incomodou um pouco foram as cenas de tiroteio: não convencem. A mágica dos filmes de ação é fazer algo totalmente inverossímil parecer plausível na tela, mas esse filme ta simplesmente repleto de cenas de tiroteio num corredor com o James Bond nem precisando desviar das balas, rs. Também falta um pouco de inteligência em algumas sacadas que eles tentaram criar, como aquele relógio que o Bond usou pra vencer uma luta (não faz muito sentido destruir o olho do cara mas não fazer nada com o ponto que o Bond estava usando na orelha). Mas essas são coisas pequenas mediante os acertos do filme.

Eu achei o final bem feito, embora algo mais feliz pro personagem fizesse mais sentido para o personagem. Tb penso se é influência da cultura de hoje em dia, mas acho que no fim das contas era só uma cláusula no contrato que o Daniel Craig exigiu para que finalmente aposentassem ele da franquia haha (ele sempre da a entender que não gosta mais de fazer o personagem).

007 com Daniel Craig seguiu um padrão interessante: um filme muito bom, seguido por outro ruim. 5 filmes, sendo 3 bons (acho que ninguém discorda que Quantum of Solace e Spectre são bem inferiores aos demais né), então acho que saímos no lucro, rs.

Caio Amaral disse...

Hehe, tem certos exageros que eu gosto em filmes de ação.. desde que não cheguem naquele nível Velozes e Furiosos rs. Neste filme lembro de 1 cena específica onde fiquei imaginando como os atiradores podiam ser tão ruins (Craig andando relativamente calmo enquanto dezenas de balas passavam por ele sem atingí-lo). Mas em geral achei a ação dentro do aceitável, rs.

Quanto ao final.. os outros Bonds todos se aposentaram sem precisar desse recurso né. De um jeito ou de outro Craig sairia, por isso achei que era mais culpa das malditas "tendências" rss (pensando em Logan, Batman vs. Superman, O Despertar da Força, etc.)

Caio Amaral disse...

Mas que bom que curtiu.. concordo com a relação de 3 pra 2! rs

Anônimo disse...

Acho os filmes de James Bond fantasiosos demais. Prefiro Harry Palmer. "Funeral em Berlim" foi um dos melhores filmes de espionagem que já assisti.
Pedro.

Caio Amaral disse...

São os filmes com o Michael Caine né? Esses nunca vi..