
Black Mirror (2011—) T7.E1 "Common People" — Nem todos os episódios da 7ª temporada me agradaram, mas este primeiro é um excelente exemplo do que Black Mirror faz de melhor: pegar conceitos inovadores de ficção científica para gerar reflexão, alertar o espectador e fazer comentários culturais ácidos (é aquela rara crítica ao "capitalismo" no entretenimento que consegue trazer pontos válidos sem distorcer totalmente a realidade).
Reagan (2024 / Sean McNamara) — Outro dia vi um vídeo do Andrew Klavan onde ele disse algo pertinente: não é possível substituir os atuais artistas de Hollywood por conservadores, apenas por outros artistas (que talvez até acreditem no conservadorismo, mas essa seria uma questão à parte). Reagan é um filme que parece feito por conservadores, não por cineastas. O resultado é sofrível, e se depender do "dream team" que Trump escolheu para liderar Hollywood (Mel Gibson, Jon Voight, Stallone), veremos cada vez mais dessa estética.
Desconhecidos (Strange Darling / 2024 / JT Mollner) — Tenta, através do estilo e de desconstruções narrativas, tornar interessante um conteúdo que, por si só, não renderia um filme satisfatório. Imagine a mesma história contada de forma linear e pergunte-se: algum dos personagens se tornaria gostável? Os eventos da trama e a conclusão gerariam algum prazer ou significado?
Vitória (2025 / Andrucha Waddington) — Se O Outro Lado da Rua (2004) foi uma espécie de versão Naturalista de Janela Indiscreta, Vitória seria um "remake" ainda mais simplificado de O Outro Lado da Rua. E o problema não é o filme não ter uma trama ágil, suspense, etc. Se fosse como Ainda Estou Aqui, que compensa a narrativa mais esparsa/Naturalista com ótimas atuações, questões políticas/históricas interessantes, não haveria problema. Mas Vitória não oferece essas qualidades que sustentam os melhores filmes Naturalistas. Ele tenta prender o espectador pelo aspecto "thriller", mas tem a energia que se espera de um filme brasileiro estrelado por uma senhora de quase 95 anos. Quem foi assistir no embalo do Oscar, esperando outro grande destaque nacional, provavelmente saiu decepcionado — mas com pena de admitir, por respeito a Fernanda Montenegro.
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ResponderExcluirNão fiquei motivado pra ver no cinema. O trailer me deu a impressão de ser aquele típico filme de "gênero" brasileiro, que na verdade é puro Naturalismo com apenas algumas alusões a um gênero popular. Mas as reações têm sido positivas né? Talvez vá além dessa minha impressão...
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