Após perder o emprego (por não ter um diploma), um homem de meia idade (Tom Hanks) resolve mudar de vida e voltar pra faculdade, onde ele faz novos amigos e começa um romance com a professora de oratória (Julia Roberts). Este é o segundo longa que Tom Hanks dirige (o primeiro foi The Wonders - O Sonho Não Acabou).
É triste ver 2 dos maiores astros da história de Hollywood numa comedinha morna como essa. Podia ter sido um filme sobre um cara dando a volta por cima, encontrando um grande amor, etc, mas vira um conto sem sal sobre um homem desajustado que é despedido, pega uns cursos inúteis, conhece pessoas desinteressantes e tem um relacionamento de intensidade moderada.
Hanks sempre fez bem esse tipo de adulto abobalhado que ele repete aqui, mas enquanto em Forrest Gump esse comportamento era charmoso pois no fundo ele era um herói realizando grandes façanhas (não era o bobo que "fingia" ser), um homem comum agindo assim fica parecendo de fato um senhor com problemas mentais.
Por outro lado, Julia faz o tipo impaciente/mal-humorada que era charmoso em Erin Brockovich, onde ela era uma mulher sexy lutando por grandes causas, mas que aqui fica parecendo apenas a atitude de uma professora infeliz e encalhada.
O filme simplesmente não convence. Na história, todos parecem se encantar com o "carisma" adorável de Larry Crowne, e por onde ele passa deixa saudades (um papel meio Robin Williams). Mas isso soa completamente forçado. Nada que Larry pensa/diz/faz justifica sua popularidade (por exemplo, ele se torna líder de um grupo de jovens fanáticos por scooters numa sub-trama completamente besta e improvável).Fica difícil de imaginar o que atraiu Hanks ao projeto. Talvez seja porque, pra um superstar como ele (um astro multi-milionário reconhecido mundialmente) a rotina de um homem humilde como Larry Crowne pareça algo muito exótico e fora da realidade - algo tão escapista quanto filmes sobre astros de Hollywood são para nós.
Larry Crowne (EUA / 2011 / 98 min / Tom Hanks)
INDICAÇÃO: Quem gostou de O Amor Acontece, Eu Odeio o Dia dos Namorados (Larry Crowne foi co-escrito por Nia Vardalos), etc.
NOTA: 4.0
7 comentários:
Não gosto de Hanks. Acho ele um bom ator, mas, ao mesmo tempo ele não se arrisca como ator. Falta um grande vilão, um canalha.
A meu ver ele é um bom ator que faz tempo que não tem um desafio na profissão.
Abraços
Esperava mais, amo Júlia Roberts e esperava ficar apaixonado pelo filme.... Mas não fiquei! Rs
Esperava mais, amo Júlia Roberts e esperava ficar apaixonado pelo filme.... Mas não fiquei! Rs
Fala seu Caio, como vai?
Você não vai ver O Homem do Futuro?
Por isso que você não gosta de filme brasileiro: vai ver bombas como Cilada.com e Assalto ao Banco Central e ignora bons filmes que nosso país produz! ;P
HAHAHA. Just kidding, ok?
Abraço, cara!
Eh Renato... ele anda meio canastrão ultimamente... mas desde que o filme seja bom, não me incomoda (gostei de Anjos e Demonios por exemplo, apesar dele ser apenas uma peça ali).
Oi Tony.. tb gosto da Julia e faz tempo q não vejo nada com ela que eu gosto de fato. Não gostei mto de Comer Rezar Amar tb..
Fala João! Tempo q não te vejo na 2001! Quero mto ver O Homem do Futuro.. a principio me pareceu algo do tipo A Mulher Invisivel (q achei medio), mas todo mundo começou a falar bem.. Vou conferir! Abs!
Então, Caio... Parei de fazer free lá na 2001. Tava colidindo com meu trabalho e com os estudos. Mas aparecerei lá um dia desses, num fim de semana lá pelas 23:30, que eu sei que você estará lá. :) Haha
Quanto aos filmes de Cláudio Torres, O Homem do Futuro é muito bom, nada a ver com o fraco (concordo com você) A Mulher Invisível.
E quanto a seus últimos textos, concordo com quase todos, só acho que gostei bem menos de Conan e bem mais de Cowboys & Aliens que você (mesmo assim, considero o filme apenas mediano).
Faça uma visita ao meu blog um dia desses! :)
Abraço!
Oi João, a Silvia acabou me contando antes de eu ler o seu comment, hehe. Esses dias preciso passar lá pra devolver "Glee", que acabei alugando pra dar uma segunda chance :-S
Então não gostou do Bridesmaids? De fato não é o filme do ano, mas eu achei divertidíssimo.. Nem pensei em moralismo, machismo ou algo do tipo.. De fato é uma mulher dependente, insegura, etc.. Mas justamente por isso é que podemos rir da cara dela.. Se fosse uma mulher exemplar, admirável, não seria cômico vê-la em situações tão humilhante, tendo ataque na festa da amiga, etc.. Humor pra mim meio que inverte os valores.. Abs!
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