sábado, 12 de julho de 2014

O Teorema Zero

ANOTAÇÕES:

- O filme é muito estilizado visualmente, mas não dá pra dizer que é um visual bonito (ou que ele tem uma boa fotografia de fato).

- O personagem central é tão excêntrico e distante que fica difícil se identificar com ele ou mesmo entendê-lo.

- É o tipo de filme que faz as pessoas levantarem e irem embora do cinema no meio da sessão. Ele quer ser excêntrico, bizarro, mas não há nada de envolvente na história. O que importa pra plateia a solução do teorema? Isso nem é de grande importância pro personagem - ele foi só contratado pra trabalhar no problema, mas não é algo pelo qual ele se importa pessoalmente. O filme não comunica nada palpável num nível intelectual. Por que o protagonista se chama de "nós"?

- A atriz que faz Bainsley é linda e tem muita personalidade. Pelo menos há 1 personagem mais humano no filme, com reações naturais, compreensíveis (Bob também traz um pouco de vida pra história).

- O cineasta sem dúvida quer fazer grandes afirmações a respeito do homem e da existência, o problema é que ele não consegue (ou não quer) comunicar essas ideias pra plateia com clareza. Tudo é muito bagunçado, subjetivo, desintegrado - parece a mente de uma pessoa louca mesmo (algumas cenas são tão lunáticas que parecem as animações que o diretor fazia no Monty Python, só que sem o humor). Pelo menos ele é um "louco" criativo, original, o que torna o filme no mínimo curioso de ver (não é um desses cineastas que apenas imitam o estilo excêntrico de outros, mas não são de fato originais).

CONCLUSÃO: O filme coloca a própria loucura e excentricidade acima das ideias que quer comunicar, alienando o espectador.

(The Zero Theorem / EUA, Romênia, Reino Unido, França / 2013 / Terry Gilliam)

FILMES PARECIDOS: O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus, Brazil: O Filme.

NOTA: 4.5

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