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É o tipo de filme que fica no meio do caminho entre o Naturalismo e o Idealismo. Lady Bird é uma típica adolescente americana, sem grandes virtudes além de sua personalidade adorável, os dramas que ela vive são dramas típicos de garotas de sua idade, nada de muito épico acontece no filme... Mas o roteiro não é escrito de maneira realista - a história não é um simples retrato passivo de sua realidade, e sim um entretenimento cuidadosamente planejado, onde não se encontram nem 10 segundos de "tempo morto", sem nada de interessante ou surpreendente acontecendo na tela.
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Saoirse Ronan está perfeita no papel, transmite todas as nuances da personagem, se sai bem nos momentos cômicos, nos momentos dramáticos, e tem até uma cena "musical" onde ela consegue ser péssima e maravilhosa ao mesmo tempo - é possivelmente minha performance feminina favorita de 2017.
Outros momentos que gostei do filme: o bate boca entre Saoirse e a mãe no carro na cena de abertura, os comentários "wtf" do Timothée Chalamet, a aula de teatro com o professor substituto, o momento em que o Lucas Hedges e a Saoirse fazem as pazes, o confronto no colégio com a mulher anti-aborto, Saoirse perguntando se a mãe gosta dela (não se ela a ama), ela fazendo 18 anos e indo comprar coisas "proibidas" na loja de conveniência... Não é um filme incrivelmente ambicioso, inovador, mas dentro de sua proposta, é extremamente bem sucedido.
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Lady Bird / EUA / 2017 / Greta Gerwig
FILMES PARECIDOS: O Estado das Coisas (2017) / Sing Street: Música e Sonho (2016) / Mistress America (2015) / Enquanto Somos Jovens (2014) / A Garota de Rosa-Shocking (1986)
NOTA: 8.0
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