Após uma separação traumática de seu marido, Harper (Jessie Buckley) decide alugar uma casa no campo e passar um tempo sozinha pra se curar emocionalmente, porém acaba sendo assombrada por homens do vilarejo, que começam a persegui-la misteriosamente.
O filme tem um começo promissor e algumas cenas eficazes em termos de suspense, mas apesar de eu já imaginar que ele tomaria um rumo psicológico/subjetivo mais pro final, nada podia me preparar pro enorme besteirol que é a segunda metade do filme. (SPOILERS) O diretor escancara muito cedo o fato de que tudo não passa de uma alegoria, que o "monstro" é simbólico, e a partir deste ponto, o espectador não tem mais por que se preocupar com a ação, com os eventos específicos ocorrendo na tela, com a coerência de qualquer coisa, pois sabemos que a única coisa que importa no fim é a mensagem "genial" que o cineasta está guardando — mensagem que obviamente ele nunca deixa clara, afinal, quando você não tem algo realmente interessante a dizer, a melhor tática é sempre confundir o público, ser vago, interpretativo, e no meio disso inserir várias cenas bizarras e chocantes, pra dar a impressão que o cineasta só pode ter um conceito muito brilhante em mente pra ousar ser tão radical. É um dos exemplos mais tolos do fenômeno que discuto nos textos Pseudo-Sofisticação e Simbolismo e Filmes Interpretativos.
Men / 2022 / Alex Garland
Satisfação: 3
Categoria: C/D
Filmes Parecidos: Mãe! (2017) / Cisne Negro (2010) / Nós (2019) / Saint Maud (2019)
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