terça-feira, 29 de novembro de 2022
Diário - Novembro 2022
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Pinóquio
terça-feira, 22 de novembro de 2022
Triângulo da Tristeza
Efeito Vertigo 3D
Uma outra característica que é fixa nos seres humanos, mas não em câmeras de cinema, é a distância entre o olho direito e o olho esquerdo, que é responsável pela nossa interpretação do tamanho e da distância de um objeto em relação a nós.
Filmes 3D são gravados com 2 câmeras, cada uma gerando uma imagem para um olho. Porém a distância entre câmera A e câmera B normalmente é fixa, e busca simular a distância natural entre os olhos humanos. Se você afastasse demais as 2 câmeras, e filmasse um automóvel, por exemplo, você teria a impressão de que se trata de uma miniatura de um carro, em vez de um carro em tamanho normal.segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Desencantada
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Riquezas sem Lastro
Uma série de tendências que observo na cultura atual têm algo em comum: elas rejeitam o conceito de "lastro" — a noção de que é necessário haver valor, benefícios reais para a vida humana, para que algo possa ser considerado uma riqueza de fato.quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Passagem
É um desses dramas que beiram o Naturalismo, sobre pessoas "quebradas" dando apoio umas às outras, tentando recolher seus cacos enquanto lidam com as dificuldades da vida. A personagem da Jennifer Lawrence sofreu uma lesão cerebral no Afeganistão, o que resultou em sérios problemas motores, e agora ela volta a morar com a mãe na cidadezinha em que cresceu (um lugar cheio de memórias dolorosas) enquanto tenta se reabilitar socialmente. Se pensarmos no Mapa de Valores, toda a ênfase do filme está em valores negativos como Repressão e Malevolência, não em valores positivos. Há uma cena breve que resume bem o clima do filme: Lawrence sai com seu novo amigo pra tomar sorvete, numa rara tentativa de se animar, mas termina derrubando o sorvete no chão por conta de seus problemas motores (uma forma simbólica e eficiente de mostrar valores como Fragilidade/Malevolência/Repressão superando Autoestima/Benevolência/Excitação). Seu amigo é um mecânico que perdeu a perna num acidente de carro trágico que arruinou sua família. O sofrimento é o que une os dois. O irmão de Lawrence, responsável por algumas de suas memórias traumáticas na cidade, está na cadeia por tráfico de drogas, e é deficiente auditivo. O filme não exagera na tragédia, não chega a deprimir, mas também não inspira — no máximo serve como consolo pra pessoas em situações análogas. Mas pelo menos não é um filme malfeito, superficial. O elenco está bem, e há diálogos maduros que tornam o filme interessante como estudo psicológico/estudo de personagem.Armageddon Time
Não vi muitos filmes do James Gray, mas sempre tenho uma sensação parecida quando surge um filme dele: à primeira vista, parece um filme tradicional, acessível, do tipo que seria indicado a Oscars nos anos 80. Mas ao mesmo tempo, fica uma impressão estranha de que não se trata de um filme mainstream de fato... Pois se o filme fosse tudo aquilo que ele promete à primeira vista, não seria um filme pouco comentado, passando apenas em salas alternativas. Preciso ainda assistir Era uma Vez em Nova York, Z: A Cidade Perdida... Mas Armageddon Time me esclareceu um pouco essa questão: Gray parece ser desses cineastas mais interessados em política do que em arte/entretenimento de fato. Mas que, por algum motivo, não se permite assumir isso e abandonar suas pretensões de ser um cineasta comercial. Então externamente, ele finge que está fazendo um filme convencional, pro grande público, mas é tudo uma desculpa pra ele inserir no meio da história seus comentários sociais, suas críticas ao capitalismo, etc. E o problema pra mim não é nem tanto a presença desses comentários, e sim o fato dele não ser muito empenhado (ou bom) no lado artístico do filme. As atuações, a fotografia, a direção, os diálogos... é tudo bem mediano, preguiçoso, sem o encanto e o padrão de excelência de Hollywood (o garotinho principal não é nada gostável, a imagem é exageradamente escura, há escolhas bem esquisitas de música...). Quem esperar um drama familiar pra chorar, com personagens cativantes, atuações memoráveis, algo na linha Gente como a Gente (1980), sairá frustrado. No fundo, a energia toda do filme está na mensagem sobre racismo estrutural, em sugerir que o sucesso dos brancos se deve a certos privilégios enraizados na sociedade, que meritocracia é uma ilusão, que a era Reagan foi um grande pesadelo para os EUA (e que haveria paralelos entre Reagan e Trump), etc. Só que muito disso é apresentado de forma casual, como se fosse apenas um pano de fundo pra outra coisa mais importante (o filme usa aquela tática batida que mencionei na crítica de Marte Um, de mostrar uma TV na sala passando alguma notícia, achando que isso já é o suficiente pra dar um subtexto político ao filme), só que essa "outra coisa" (o drama familiar, a amizade entre os dois garotos) não é forte o bastante pra sustentar a história.sexta-feira, 11 de novembro de 2022
Pantera Negra: Wakanda para Sempre
segunda-feira, 7 de novembro de 2022
My Policeman
Weird: The Al Yankovic Story
Acho que existe um erro conceitual básico no filme. A única parte em que o humor fez sentido pra mim foi nos créditos finais, onde vemos montagens do verdadeiro Al Yankovic em situações absurdas, ao som de uma trilha dramática. Assim como no trailer falso criado pelo Funny or Die em 2013, é divertida a ideia de contar a história de alguém como Weird Al Yankovic com o tom pretensioso e melodramático que se contaria a história de um artista como Freddie Mercury ou Ray Charles. (Me lembra de quando eu era adolescente, que a gente brincava que se a Carla Perez morresse, iriam fazer uma versão lenta da "Melô do Tchan" pra algum artista respeitado cantar no funeral, como era comum na época.). O humor viria do choque entre o tom pomposo da narrativa, e o teor não-sério do artista. Só que o filme Weird não tem esse tom melodramático consistente que seria necessário pra torná-lo uma paródia. Ele começa com a mesma atitude que uma biografia honesta sobre a carreira de Weird Al teria — o tom é descontraído, irônico, mas ainda sério. Daí, no meio disso, tenta-se inserir piadas que só funcionariam no contexto de uma paródia completamente nonsense. Outro erro é tentar fazer graça exagerando as conquistas de Al... Mostrá-lo chegando no topo das paradas, vencendo Grammys, conhecendo celebridades como Madonna, tendo momentos de inspiração, como se isso em si fosse absurdo. Se Al fosse uma figura desprezível, tivesse sido totalmente insignificante no meio da música, sugerir esse tipo de sucesso poderia ter alguma graça. Mas Al de fato ganhou vários discos de platina, de fato venceu Grammys, teve sacadas criativas que resultaram em grandes hits... Onde está a piada, então? Será que o filme tem uma visão tão baixa da comédia que, pra ele, um comediante não poderia ser tema de uma história inspiradora de sucesso? Pra mim não funcionou nem como paródia, nem como biografia (até onde entendi, pouco do que acontece no filme reflete a história de Al).
Weird: The Al Yankovic Story / 2022 / Eric Appel
Satisfação: 4
Categoria: I- / IC
Filmes Parecidos: Meu Nome é Dolemite (2019) / Artista do Desastre (2017) / TV Pirada (1989) / O Mundo de Andy (1999) / Isto é Spinal Tap (1984)
sexta-feira, 4 de novembro de 2022
O Enfermeiro da Noite
terça-feira, 1 de novembro de 2022
Pearl | Crítica
Satisfação: 3








