Drama biográfico sobre a ascensão das duas estrelas do tênis, Venus e Serena Williams, treinadas de maneira pouco convencional pelo pai determinado (Will Smith). É uma história naturalmente satisfatória, que pra funcionar o filme só precisa ter uma competência narrativa básica e não entrar no caminho. E é isso que
King Richard faz — não há grandes ousadias de roteiro, de direção, mas é tudo muito acertado, especialmente a caracterização Richard e seus métodos curiosos de disciplina. Teria gostado de saber um pouco mais sobre como o talento das filhas foi descoberto pelo pai, e como elas adquiriram técnicas tão superiores (o quanto foi genética, o quanto foi o conhecimento de Richard), pois o filme acaba sendo mais sobre como vender um "produto" excelente uma vez que você o tenha, do que como atingir a excelência em primeiro lugar. Ainda assim há mensagens interessantes na história, com nuances o bastante pra que ela fuja do beabá do discurso motivacional. É daqueles filmes raros hoje que falam positivamente sobre a busca do sucesso, do sonho americano, e ainda assim ganham a simpatia da crítica; talvez por ser uma história real, sobre esportes (uma área onde vencedores são celebrados com menos suspeita), mas também pelo fato da narrativa ser temperada por realismo e consciência social.
King Richard / 2021 / Reinaldo Marcus Green
Nível de Satisfação: 8
Categoria A: Idealismo contido por realismo, mas ainda positivo
Filmes Parecidos: Estrelas Além do Tempo (2016) / Ford vs Ferrari (2019) / O Homem Que Mudou o Jogo (2011) / À Procura da Felicidade (2006)
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