Costumo reclamar sempre dessas tramas psicológicas focadas na "cura emocional", mas a vantagem aqui é que, embora muitas das visões da personagem pareçam existir apenas na cabeça dela, a gente não sente que é tudo uma alucinação — as mortes do filme estão de fato acontecendo, mais ou menos como em A Hora do Pesadelo, o que impede a história de se tornar simbólica demais (embora o monstro aqui seja um tanto imaterial — algo típico do horror moderno, que resiste aos vilões personificados e icônicos dos anos 70/80).
Embora a trama seja interessante, ela não é das melhores em termos de "regras" e explicações para o fenômeno, o que se torna um pouco frustrante no terceiro ato. Mas o filme é bem dirigido, bem fotografado, transmite mais inteligência que a média (as conversas sobre psicologia soam reais e embasadas) e em termos de mistério/medo/jump scares, achei bastante satisfatório (os trabalhos de som e trilha sonora merecem uma menção especial).
Smile / 2022 / Parker Finn
Satisfação: 7
Categoria: I-
Filmes Parecidos: O Telefone Preto (2022) / Corrente do Mal (2017)
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