Lendo livros sobre este tópico (os da Barbara Sher eu também gosto muito, como o I Could do Anything - If I Only Knew What it Was) já aprendi algumas coisas. Ainda não tenho uma formulação precisa da minha Habilidade Única, mas pelo menos os erros mais grosseiros que cometi no passado eu já consigo evitar melhor. Por exemplo: por gostar de cinema, muitas vezes surgem pra mim oportunidades de produzir vídeos para outras pessoas — fotografar, editar, operar câmera, ajudar em filmagens etc. São atividades que parecem estar próximas do meu universo, mas que quando vistas pelo prisma das Habilidades Únicas, não estão de fato. Acho útil ter uma compreensão geral dessas funções, mas nunca tive um real interesse (ou H.U.) na parte técnica/operacional do cinema; e confundir essas coisas já me fez questionar até meu interesse pelo lado do cinema que de fato gosto. Na música já foi ainda mais grave, pois em geral, quando estou envolvido em algum projeto musical, estou trabalhando mais pra superar minhas Incompetências do que pra potencializar minhas Habilidades Únicas, o que é um processo desgastante (isso vale também pra qualquer coisa que envolva performance, falar em público, gravar vídeos para o YouTube, etc.). Como já me forcei a fazer diversos tipos de coisas e a praticar habilidades que não são realmente "de fábrica", decifrar essa "Habilidade Única" no meu caso parece ainda mais confuso que o normal. Mas acho que até uma compreensão básica deste conceito, e pequenos avanços na direção da estrutura de vida proposta pelo livro, já têm seus benefícios.
quarta-feira, 14 de setembro de 2022
Livro: Unique Ability
Livro com ótimos insights, que parte do princípio de que cada indivíduo tem uma combinação única de habilidades, aptidões e paixões que, se identificados e colocados em prática numa certa estrutura, podem gerar grande valor para o mundo e levar a uma vida mais satisfatória... Que muitas das frustrações e dificuldades que encontramos na vida vêm do fato de não estarmos alinhados com nossas Habilidades Únicas e de não estarmos administrando bem nossos recursos (e os recursos das pessoas à nossa volta). Às vezes resistimos às nossas Habilidades Únicas por um senso de culpa, por termos aprendido que elas não têm verdadeiro mérito, não são úteis, ou por estarmos preocupados demais em fortalecer nossas fraquezas. Às vezes insistimos em atividades onde somos competentes, mas que na prática drenam nossa energia e não ampliam nossas oportunidades. O livro distingue atividades em que temos uma Habilidade Única de atividades onde somos Excelentes, Competentes ou Incompetentes, e mostra os benefícios de focarmos apenas em nossas Habilidades Únicas, e de delegarmos/evitarmos todo o resto — ele sugere que até as atividades em que somos Excelentes não devem consumir muito do nosso tempo, pois apesar de sermos eficazes nelas, elas não nos dão energia e não envolvem a mesma satisfação e resultados das Habilidades Únicas. Habilidades Únicas são aquelas que parecem ter vindo "de fábrica", que geram bons resultados com consistência, criam mais energia do que consomem, que outras pessoas reconhecem em nós e sentem que podem contar conosco para exercê-las. É um conceito atraente, mas que pode ser desafiador ao mesmo tempo, pois pode exigir uma reestruturação de nossas rotinas, prioridades, abrir mão de velhos objetivos, etc.
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