segunda-feira, 30 de maio de 2022
A Médium | Crítica
quinta-feira, 26 de maio de 2022
Cannes e Hollywood, amigos tóxicos
Como discuto no texto A Invasão Anti-Idealista, é muito comum o cinema americano ser invadido por pessoas que são contra o que ele representa — haters que se infiltram em certas produções de Hollywood pra deturpá-las e tentar alterar os rumos da cultura.terça-feira, 24 de maio de 2022
Filmes Autorreferenciais e a Descrença na Ficção
Embora filmes autorreferenciais não sejam novidade (nem necessariamente problemáticos), me preocupa um pouco o fato de tanta coisa no cinema hoje ser autorreferencial, da ficção estar sempre tendo que assumir a própria artificialidade pro espectador: Matrix 4 se passa num mundo onde existe uma trilogia Matrix, Pânico 5 se passa num mundo onde existe uma espécie de franquia Pânico, o live action Tico e Teco: Defensores da Lei se passa nos "bastidores" do desenho Tico e Teco, Nicolas Cage interpreta Nicolas Cage em O Peso do Talento, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa reconhece a existência de outros Homens-Aranha em outros filmes, etc.Tico e Teco: Defensores da Lei | Crítica
É uma comédia pra cinéfilos, pois muitas das piadas envolvem filmes e tiram sarro da indústria do cinema — Hollywood é praticamente a vilã da história, mostrada como uma fábrica de remakes e reboots absurdos (Bebês Velozes e Furiosos está prestes a ser lançado, e Meryl Streep será o Sr. Doubtfire no remake gender-swap de Uma Babá Quase Perfeita) e que agora começou a sequestrar personagens animados do passado e desfigura-los ligeiramente pra driblar leis de direitos autorais e usá-los em produções fajutas, que lucram em cima da similaridade com produções antigas de sucesso. É uma crítica esperta e uma alfinetada muito bem dada na indústria, que poderia ter saído pela culatra, caso Tico e Teco (em si uma adaptação) não fosse tão criativo e engraçado quanto é.domingo, 22 de maio de 2022
Top Gun: Maverick | Crítica
Maverick também melhorou como personagem. Em vez do garoto imaturo, preocupado demais em superar os outros, ele surge aqui com a serenidade de alguém que já não questiona mais as próprias habilidades, e não precisa mais se vangloriar na frente de ninguém. E embora ele já comece o filme como o melhor piloto e não tenha muitos obstáculos nesta esfera, sua missão agora é ser um professor/mentor que precisa ganhar a confiança e inspirar alunos a superarem os próprios limites, e é deste arco que vem a satisfação emocional da história.sábado, 21 de maio de 2022
O Peso do Talento | Crítica
quinta-feira, 19 de maio de 2022
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo | Crítica
- O filme tem dezenas de ideias por minuto, é super criativo, mas não pelo conceito do multiverso em si (essas distorções da realidade já são o feijão com arroz do cinema há 20 anos), mas sim pela maneira como ele explora a ideia, levando tudo ao extremo, e principalmente pelo estilo frenético de direção: pela edição acelerada, caótica, cheia de efeitos, pelo fluxo ininterrupto de ideias arbitrárias e surpreendentes, que te dão a sensação de estar vendo 2 horas de vídeos do TikTok sob o efeito de LSD (às vezes parece que o filme todo é um pretexto pra esse tipo de montagem).terça-feira, 17 de maio de 2022
De Volta ao Baile | Crítica
O filme parte de uma ótima premissa e tinha uma oportunidade incrível nas mãos, mas que infelizmente é desperdiçada. Primeiro porque a qualidade do roteiro e do humor em geral é baixa, mesmo quando comparada a de besteiróis dos anos 90/2000 (outro dia estava passando Garota Veneno com o Rob Schneider na televisão, um filme que era considerado totalmente trash na época, e revendo eu fiquei meio surpreso com a eficácia do humor, do roteiro, com o talento dos atores, que acabam fazendo filmes como Senior Year parecerem amadores — o que não é surpresa, afinal bons comediantes desse gênero não têm como florescer em uma cultura como a atual).segunda-feira, 16 de maio de 2022
Top Gun: Ases Indomáveis | Crítica
- É divertida a reviravolta da Charlie ser a instrutora, alguém acima dele. Há algo de Randiano em Maverick e no tipo de romance apresentado aqui (a atração por habilidade, virtude, que é algo positivo), mas há também uma qualidade que acho questionável: Maverick parece mais motivado por derrotar os outros do que por conquistar algo positivo; ele parece adorar ver os outros se curvando diante de sua superioridade, não só como piloto, mas também nas relações pessoais. Reparem como no começo, a atitude entre Maverick e McGillis não é de atração/admiração mútua, e sim de rivalidade, como se um estivesse competindo pra ver quem é o mais poderoso, quem irá fazer o outro "ceder" primeiro; como se o primeiro a admitir algum sentimento no contexto romântico fosse o derrotado, e o outro fosse o vencedor.O Homem do Norte | Crítica
(Os comentários a seguir foram baseados nas notas feitas durante a sessão.)
- Há um tom grave/sombrio forçado a todo momento (na fotografia, no tom de voz dos atores, etc.) me lembrando o caso do Batman (2022).
- O filme romantiza uma civilização horrível; personagens selvagens, uma cultura que gira ao redor de violência, guerra. E em vez de focar em uma exceção — em um personagem mais nobre no meio da barbárie — o protagonista é igualmente animalesco (ótimo pro roteirista, que assim precisa apenas escrever uns gritos de guerra e umas falas funcionais a cada tantas páginas, que é o máximo de caracterização que o personagem requer).
- Pelo menos não é um filme tão tedioso e sem trama quanto O Farol. Depois que o pai de Amleth é morto e ele escapa, fica claro qual o propósito do personagem e o direcionamento da história.
- O filme é claramente fundado num fascínio pelo primitivo, pelo homem em seu estado bruto, livre de civilidade, razão, que é típico da extrema-direita atual — que no fim lembra os hippies e a esquerda do passado; só que nos anos 60, eles pareciam querer voltar às "raízes" pra entrar em contato com a consciência, com um lado espiritual/transcendental, enquanto aqui, isso é um meio pra entrar em contato com a matéria, o lado físico/animal, uma espécie de instinto masculino perdido.
- A visão de mundo mística/determinista da história acaba tornando a narrativa meio tediosa, pois o protagonista não tem livre-arbítrio, não pode alterar seu destino. A profecia diz que ele só poderá matar o inimigo num dia e num local específico. Então até lá, ele não tem muito o que fazer. E as coisas que ele faz são movidas por forças sobrenaturais (como a escolha da espada), não por valores pessoais, escolhas inteligentes que tragam algum insight útil para o espectador.
- Não há nada de positivo pra aguardar na história, apenas um banho de sangue. Nem há conflitos morais envolventes (como em O Último Duelo), lições a serem tiradas, etc. É só uma história de vingança das mais básicas e previsíveis, cujo propósito final é mostrar violência.
- Se Amleth, disfarçado de escravo, começasse a ter uma relação mais próxima com o tio, haveria certo suspense, pois ficaríamos interessados em saber quando o tio descobriria a verdade, haveria um desenvolvimento melhor do vilão etc. Mas o tio é uma figura distante, mal aproveitada, que mal cria um senso de ameaça ou um desejo no público de vê-lo derrotado (longe de um Joaquin Phoenix em Gladiador).
- SPOILERS: Quando Amleth revela sua identidade pra mãe (Nicole Kidman), as reações são totalmente artificiais. Robert Eggers é desses diretores que colocam estilo acima de conteúdo, de emoção — quer tanto parecer diferentão e autoral que destrói a credibilidade de certas cenas.
- Há um único momento onde o protagonista questiona seu estilo de vida, sua motivação por ódio/vingança, e considera um futuro melhor. Mas isso dura pouco: logo depois ele já volta pra batalha, pra cumprir seu "destino", "honrar seu sangue", etc.
- SPOILER: Outro momento artificial que prejudica o drama: quando Amleth mata a Nicole Kidman e o garotinho, e o tio mal expressa qualquer sentimento ao entrar no quarto. Combina calmamente um duelo pra mais tarde, à beira do vulcão (que não parece fazer muito sentido, mas pelo menos o filme termina numa locação estilosa).
- SPOILER: Apesar de Amleth morrer, o filme termina num tom positivo, pois a Anya Taylor-Joy se salva grávida de 2 filhos dele, e ele termina cavalgando para os céus de forma heroica. Um "final feliz" que só é possível através do misticismo/tribalismo dessa vertente da direita, que acredita no sacrifício e no sofrimento nesta vida para a salvação numa próxima, que se preocupa mais com linhagem, descendência, "sangue", do que com vidas individuais.
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The Northman / 2022 / Robert Eggers
Satisfação: 4
Categoria C: Entretenimento com valores negativos
Filmes Parecidos: O Cavaleiro Verde (2021) / Game of Thrones (2011) / O Regresso (2015) / 300 (2006) / Batman (2022)
sexta-feira, 13 de maio de 2022
Diagramas complementares
quinta-feira, 12 de maio de 2022
Podcast Objetivismo Brasil
sexta-feira, 6 de maio de 2022
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura | Crítica
(Os comentários a seguir foram baseados nas notas feitas durante a sessão.)
- Anticlimático (como sempre) o filme já começar no meio de uma cena de ação exagerada, entregando todos os efeitos especiais, atropelando o Princípio da Ascensão logo de cara.
- Elizabeth Olsen (Wanda) é uma presença interessante — a atuação dela parece mais viva, menos enlatada que o normal nesse tipo de filme. Mas é chato ela ser mais poderosa que o Doutor Estranho. Nunca entendo nos filmes da Marvel quem é de fato o mais poderoso. A cada filme eles parecem inventar que é um novo personagem (geralmente não o protagonista).
- O filme parece supor que o espectador assistiu Wandavision e entende toda a backstory da vilã; não se esforça pra estabelecer o contexto dramático.
- A história é apenas mais uma variação tediosa da busca pelo artefato mágico que irá destruir o vilão. E a trama é bagunçada... A cada 5 minutos eles vão apresentando novos poderes, feitiços, obstáculos, regras, mundos, soluções... Não há um conceito central claro, interessante.
- E o filme se passa num daqueles universos líquidos, flutuantes, onde nada é real, nada tem consequências irreversíveis, tudo é possível, e, portanto, ninguém na plateia liga pra nada que acontece.
- SPOILER: Quando apareceram os Illuminati, foi o momento em que a plateia mais vibrou o filme inteiro — mas vejam como isso nada tem a ver com méritos do roteiro, com a qualidade desta história em particular, e sim com táticas fáceis de fan service. (Eu só reconheci o Professor Xavier; no caso dos outros personagens, nem entendi qual foi a surpresa.)
- Como de costume, há uma relativização do caráter de heróis e vilões... Na conversa com os Illuminati, passamos a considerar que o Doutor Estranho é que é uma ameaça maior para o mundo, e não a vilã — que por sinal já não é uma vilã típica, e sim a Wanda, uma heroína transformada aqui em antagonista. (Como se não bastasse, mais pra frente temos um confronto entre Doutor Estranho e uma outra versão dele mesmo!)
- SPOILER: O filme fez o público vibrar na cena dos Illuminati, mas minutos depois mata todos eles! Tudo que acontece na história é fútil, efêmero... Ninguém nem lamenta as mortes, pois sabemos que com o Multiverso, daqui a pouco estarão todos vivos de novo.
- O tal do Livro de Vishanti foi estabelecido com um dos elementos mais importantes da história — mas num piscar de olhos a Wanda destrói o livro, e o filme continua como se nada tivesse acontecido.
- 13 anos depois de A Origem, e 23 anos depois de Matrix, o filme ainda parece achar que essas distorções da realidade objetiva são originais, "mind bending". Mas é um conceito já desgastado, drenado de qualquer frescor. Bons roteiristas (como os de Black Mirror) ainda conseguem usar a ideia de formas surpreendentes. Mas aqui, quando você vê ideias tolas como a do Doutor Estranho extraindo notas musicais da partitura pra usá-las como armas, você sabe que a tendência já chegou no fim da linha.
- Não só Wanda é mais poderosa que o Doutor Estranho, como no fim parece que até a novata da Chavez é mais poderosa que ele. Tanto que ela é quem chega pra enfrentar Wanda na batalha final (claro, quem pode ser mais poderoso que a latina que tem cara de chinesa e é filha de um casal lésbico?). Doutor Estranho quase não é o protagonista do filme. Wanda tem mais presença que ele, e um arco dramático mais marcante.
- SPOILER: E lógico que o que derrota a Wanda não é um golpe habilidoso, uma estratégia inteligente no mundo externo, e sim a "cura emocional", o fato dela se encontrar com os filhos. (No texto 1999 e o Declínio da Objetividade eu discuto a ligação entre todos esses pontos; desde a liquidez do universo até este foco em soluções emocionais).
- No último Batman, falei da atual tendência de heróis celibatários, que sacrificam a vida romântica e decidem se afastar da pessoa amada no fim... Temos mais um exemplo aqui.
- SPOILER: Há quase um final feliz, a sensação de que o universo voltou à ordem (Benedict caminhando na calçada com trajes normais). Mas é tudo uma ilusão — logo voltamos ao caos, ao universo líquido etc.
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Doctor Strange in the Multiverse of Madness / 2022 / Sam Raimi
Satisfação: 5
Categoria C: Idealismo Corrompido (mistura de Idealismo com diversas más tendências)
Filmes Parecidos: Doutor Estranho (2016) / Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021) / Vingadores: Ultimato (2019)
terça-feira, 3 de maio de 2022
Jackass Para Sempre | Crítica
segunda-feira, 2 de maio de 2022
Reflexões sobre o BBB 22
- O segundo grande choque (e que depois percebi que era totalmente coerente com o que observo no cinema) foi ver a enorme rejeição do público em relação a certos participantes, como a Bárbara Heck, que pra mim só tinham demonstrado qualidades admiráveis até então (ou cujos defeitos eram insignificantes perto das qualidades). Quase todo paredão, em vez de sair o participante mais fraco, o mais desinteressante, o que acrescentava menos em termos de entretenimento, acontecia justamente o oposto. Fui quase enxergando o programa como uma espécie de inversão da "seleção natural" de Darwin, onde em vez de resistirem os que tinham mais qualidades, o público se satisfazia promovendo a "sobrevivência do MENOS apto". Refletindo sobre esses padrões, conclui que o problema não era necessariamente o participante ter alguma força especial, superioridade em algo, e sim ele demonstrar isso na ausência de algum defeito ou desvantagem social que compensasse a força. Uma participante como a Natália Deodato, por exemplo, fez coisas muito mais condenáveis, injustas e agressivas do que alguém como a Bárbara. Mas como a Natália se enquadrava num estereótipo de vítima, de mulher negra, com vitiligo, desequilíbrios emocionais evidentes — isso criava um certo escudo pra ela, uma certa "honra" pros seus erros. O apelido de "Bad Naty" que ela recebeu não era negativo, e sim algo que amenizava e tornava mais aceitáveis seus comportamentos. Já a Bárbara se enquadrava num estereótipo de Barbie, de patricinha (mas ao mesmo tempo de mulher inteligente, disciplinada) algo que o público realmente rejeita. Então projetaram nela uma imagem de "cobra", de pessoa "tóxica", acusaram ela de racismo, distúrbios alimentares e de coisas que não faziam o menor sentido. Bárbara foi rotulada como uma Mean Girl, e isso jogava uma luz negativa sobre tudo o que ela fazia, ao contrário do caso da "Bad Naty".
- Da mesma forma, o favoritismo do vencedor Arthur Aguiar parecia ligado diretamente ao fato do público saber que ele tinha certos problemas de caráter fora da casa. Ele entrou no BBB com o estigma de ter traído a esposa 16 vezes — algo que ele mesmo admite e a esposa também (ela na verdade diz que foram muito mais que 16). Assim como a Bárbara, Arthur poderia muito bem ter caído num desses estereótipos de privilégio que o público rejeita. Mas o estigma do "traiu 16 vezes" parecia de alguma forma ajudá-lo, e trazê-lo pra perto do público (que adora a ideia de redenção). Com isso (e algumas outras manobras), ele conseguiu construir uma imagem de vítima — uma narrativa meio messiânica / cristã, onde ele era o underdog incompreendido por todos, um ser puro, iluminado, mas traídos por diversos "judas" (ironicamente, a pessoa mais famosa por trair, conseguiu se vender como a mais traída da casa), que inclusive chegou a "morrer" e a ressuscitar na Páscoa (paredão falso), pra no fim alcançar a glória máxima. Eu ficava me perguntando o tempo todo como teria sido a trajetória de Arthur, se além de famoso, atraente, ex-Rebelde, ele tivesse entrado na casa com um histórico positivo: como a fama de um homem honesto, íntegro, de caráter exemplar. Teria ele despertado tantas paixões? Pelo que conheço da psicologia do público atual, diria que não; ele teria sido apenas mais um, eliminado no meio da edição, como um Rodrigo Mussi — pois, como já discuti várias vezes, o espectador hoje se conecta com "personagens" muito mais com base em seus defeitos, desvantagens e "dores" em comum, do que com base em suas virtudes. Eu, como espectador de perfil "Idealista", sempre segui o processo inverso: primeiro me conecto com base nas qualidades e nas virtudes das pessoas. Depois, se ela demonstra limitações e desvantagens com as quais eu me identifico, posso criar um vínculo ainda maior. Mas não deixo de admirar as virtudes caso não exista essa identificação, e também não consigo me conectar com base em problemas de caráter, defeitos sérios que comprometam as virtudes. Já pra muita gente, a conexão só começa quando há primeiro a identificação de falhas e dores em comum. Este é o fator essencial. Depois disso, se o personagem demonstrar certas forças e qualidades superiores, o espectador poderá até admirá-lo mais. Mas desde que essas forças não anulem as falhas. Isso explica a predominância dos anti-heróis e dos heróis falhos no cinema das últimas décadas, como discuto aqui em muitos posts.
- O caso de Pedro Scooby e Paulo André é interessante. Embora eles não tivessem um fã clube tão dedicado e fanático, ambos foram longe e se tornaram muito queridos do público (estavam entre meus favoritos também no final). Porém eles caem numa categoria especial: a do atleta habilidoso e de postura humilde, que é universalmente querida, mesmo em tempos Anti-Idealistas (vejam que Neymar é o brasileiro mais popular do Instagram). Há algo a respeito das habilidades de um atleta, que por serem bem concretas e delimitadas, geram admiração mas sem provocar grande ameaça (especialmente se o atleta for dócil e não se vangloriar).













