Segundo filme da série baseada nos livros de Rick Riordan, que acompanha Percy Jackson (filho de Poseidon) e seus amigos também semideuses na busca do Velocino de Ouro, um artefato mágico necessário para proteger o Acampamento Meio-Sangue (que é o equivalente à Hogwarts deles - aliás, tudo aqui parece uma tentativa de repetir o sucesso de Harry Potter, infelizmente a escrita não está no mesmo nível).
Uma das coisas que atrapalham o filme (e que eu também já não gostava muito nos filmes do HP) é que o protagonista não tem uma motivação pessoal forte. Ele age porque tem uma obrigação, porque tem que cumprir uma profecia, um destino, mas não por um desejo pessoal com o qual possamos nos identificar, então a história acaba não sendo tão envolvente quanto poderia ser (além disso os personagens não têm muita personalidade e não formam um time muito interessante).
O grande problema do filme no fundo é o nível fraco de talento e de criatividade. Foi algo que discuti na crítica de Lanterna Verde: alguns filmes simplesmente não têm uma boa noção do que é atraente ou não, e acabam apresentando uma série de ideias ruins, personagens fracos, locações desinteressantes, cenas de ação pouco memoráveis (por exemplo: o touro mecânico que invade o acampamento no começo do filme, a garrafa térmica que dirige o bote, o monstro feito de placas flutuantes, o acampamento em si, etc, etc, etc). O filme é uma série contínua de ideias fracas. É algo meio abstrato mas que envolve o filme como um todo - e que às vezes é a diferença entre um filme de 1 bilhão de dólares e um outro que fracassa (P.S. não quero sugerir que eu saiba qual é esse segredo, apenas que uma característica admirável dos filmes de sucesso é que eles estão repletos de boas ideias).
Percy Jackson: Sea of Monsters (EUA / 2013 / 106 min / Thor Freudenthal)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Eu Sou o Número 4, Lanterna Verde, As Crônicas de Nárnia, As Crônicas de Spiderwick, A Bússola de Ouro, etc.
NOTA: 4.5
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
sábado, 17 de agosto de 2013
Os Escolhidos
Filme de terror/ficção de um dos produtores de Atividade Paranormal e Sobrenatural sobre uma família que leva uma vida tranquila no subúrbio até que eventos inexplicáveis começam a aterrorizar o lar. Todo mês parece estrear um filme com esse tipo de premissa - o diferencial aqui é que, em vez de espíritos, os vilões são extraterrestres mal intencionados (não é spoiler pois o filme já começa com a frase intrigante do Arthur C. Clarke: "Existem 2 possibilidades... Ou nós estamos sozinhos no universo, ou não estamos. Ambas são igualmente aterrorizantes.").
Ainda assim, o filme abusa de clichês dos filmes de espírito: a cena em que algo estranho é revelado nas câmeras de segurança, objetos da casa que mudam de lugar, os desenhos das crianças que sugerem que elas já viram o monstro, o policial que não acredita na história, etc.
O diretor é obviamente fã do Spielberg e inseriu referências a E.T. (o alien que bagunça a geladeira), Poltergeist (objetos que se empilham sozinhos na cozinha), Contatos Imediatos (parafusos girando sozinhos, luzes fortes entrando pela porta, etc). Há também vestígios de Os Pássaros e Psicose de Hitchcock. As referências são excelentes, mas isso não significa que ele tenha o mesmo talento pra roteiro e direção.
O filme consegue criar bons momentos de suspense, principalmente no começo, quando a situação ainda parece realista. Mas depois que a presença dos aliens fica óbvia, tudo começa a parecer falso; o pai por exemplo continua procurando explicações normais pros acontecimentos, mesmo quando já não faz mais sentido. A falta de realismo psicológico acaba tornando tudo artificial e quebrando o clima.
Esses filmes todos parecem competir pra ver qual provocará as sensações mais intensas de medo. Eu adoro um bom susto, mas essa não deveria ser a meta de um filme. Eles acabam sempre parecendo vazios e perdendo o rumo da metade pra frente. Talvez eles devessem estar mais preocupados em contar uma história satisfatória, tanto emocionalmente quanto intelectualmente, com começo, meio e fim.
Dark Skies (EUA / 2013 / 97 min / Scott Stewart)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Atividade Paranormal, A Entidade, Mama, Possessão, etc.
NOTA: 6.0
Ainda assim, o filme abusa de clichês dos filmes de espírito: a cena em que algo estranho é revelado nas câmeras de segurança, objetos da casa que mudam de lugar, os desenhos das crianças que sugerem que elas já viram o monstro, o policial que não acredita na história, etc.
O diretor é obviamente fã do Spielberg e inseriu referências a E.T. (o alien que bagunça a geladeira), Poltergeist (objetos que se empilham sozinhos na cozinha), Contatos Imediatos (parafusos girando sozinhos, luzes fortes entrando pela porta, etc). Há também vestígios de Os Pássaros e Psicose de Hitchcock. As referências são excelentes, mas isso não significa que ele tenha o mesmo talento pra roteiro e direção.
O filme consegue criar bons momentos de suspense, principalmente no começo, quando a situação ainda parece realista. Mas depois que a presença dos aliens fica óbvia, tudo começa a parecer falso; o pai por exemplo continua procurando explicações normais pros acontecimentos, mesmo quando já não faz mais sentido. A falta de realismo psicológico acaba tornando tudo artificial e quebrando o clima.
Esses filmes todos parecem competir pra ver qual provocará as sensações mais intensas de medo. Eu adoro um bom susto, mas essa não deveria ser a meta de um filme. Eles acabam sempre parecendo vazios e perdendo o rumo da metade pra frente. Talvez eles devessem estar mais preocupados em contar uma história satisfatória, tanto emocionalmente quanto intelectualmente, com começo, meio e fim.
Dark Skies (EUA / 2013 / 97 min / Scott Stewart)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Atividade Paranormal, A Entidade, Mama, Possessão, etc.
NOTA: 6.0
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Círculo de Fogo
Ficção de Guillermo del Toro (de O Labirinto do Fauno, que além de dirigir também assina como produtor e roteirista) inspirada em filmes asiáticos antigos do gênero "kaiju", ou seja, filmes sobre monstros gigantes que em geral atacam cidades japonesas (a mais famosa dessas criaturas, claro, é o Godzilla).
O filme se passa nos anos 2020 onde os humanos estão em guerra contra criaturas que surgem de um portal interdimensional no fundo do Pacífico. Pra lutar contra esses monstros, os países se uniram e construíram os Jaegers - robôs enormes que são operados por 2 pilotos simultaneamente, que têm suas mentes conectadas por uma tecnologia avançada (esses pilotos são vistos como astros do rock do futuro e o protagonista é o melhor deles).
Apesar de adorar filmes de monstros e curtir a intenção básica do filme de reviver o gênero, fiquei bastante irritado durante a sessão e quis até ver o filme uma segunda vez pra entender o que tinha me incomodado.
A primeira coisa que notei é que não gostei de nenhum dos personagens. Achei o protagonista antipático, mal desenvolvido (não há muito conflito pra ele - ele já é o melhor do mundo, é o mais bonito, o mais sexy, o mais preparado, e em vez de ser grato e educado, ele está sempre com cara de invocado, desafiando os outros, agindo com certa agressividade - achei muito difícil de simpatizar).
A parceira Mako é mais gostável, mas não há muita química entre os dois (ainda bem que não chega a acontecer o romance que é sugerido no começo, pois nem como colegas os dois formam uma relação muito convincente).
Há 2 pesquisadores também que funcionam como alívio cômico que achei completamente forçados e irritantes (um deles fala sempre gritando sem um motivo aparente - lembrei do cientista gordo de Jurassic Park que também era bem caricato - mas lá era um estereótipo que todos entendem - o gordinho extrovertido que desenvolve uma personalidade chamativa pra compensar questões de autoestima. Aqui, o cara tem um comportamento que soa artificial pra ele e isso tira toda a graça da situação.
A outra coisa que me incomodou tem a ver com a natureza do escapismo. Quando vou ver filmes como este, Godzilla, Independence Day, ou coisa do tipo, é geralmente com a intenção de ser transportado pra um outro universo, viver uma aventura fantástica, etc - mas pra magia acontecer, eu preciso sentir que o filme está querendo me convencer que aquilo tudo é real.
Pegue os mestres do gênero, como Spielberg e Cameron, e veja a quantidade enorme de ciência e de bom senso que eles tentam incluir em suas histórias pra tornar reais seus dinossauros, aliens, etc. Aqui, del Toro parece estar indo na direção contrária - dizendo que o que diverte ele é justamente o fato desses filmes serem falsos e ilógicos.
Não só a premissa já soa improvável (com bombas e misseis à disposição, a ideia de que o governo construiria dezenas de robôs gigantes pra dar socos nos Kaijus não me parece muito realista) mas também há diversas sub-tramas e ações específicas que não fazem o menor sentido - e tudo isso parece feito de propósito, como se o filme quisesse deixar claro que ele não se leva a sério.
A crítica da Variety disse o seguinte sobre o filme: "de todas as fantasias apocalípticas do verão, Círculo de Fogo é a que se coloca mais agressivamente como um entretenimento 'livre de culpa', oferecendo um um espetáculo apocalíptico no espírito de diversão despretensiosa e sem remorso".
É sintomático que termos como "livre de culpa" e "sem remorso" tenham sido usados. Não ocorreria a um crítico dizer isso de um filme como Godzilla (1998) por exemplo - é óbvio que o filme não se sente culpado de nada. Mas no caso de Círculo de Fogo, a gente está constantemente pensando nisso ("Puxa, um dinossauro agarrou um robô de milhares de toneladas e conseguiu bater asas até a estratosfera, esse diretor realmente está honrando seu espírito juvenil!").
A ironia é que, ao fazer isso, o cineasta atinge justamente o oposto. Ele demonstra que no fundo ele sente culpa, e não acredita que esse tipo de entretenimento possa ser levado a sério - portanto ele precisa enfatizar os aspectos absurdos e deixar nítido pra plateia que ele está apenas brincando de ser criança ("vejam pessoal, eu ainda sou o Guillermo del Toro, um artista maduro e cult!").
Ou seja, pra mim o filme acaba surpreendentemente soando anti-escapismo e indo contra os filmes que ele parece homenagear. E não do jeito inocente de um Sharknado, que realmente foi feito por pessoas loucas, mas de forma auto-consciente.
Pra não falar apenas mal do filme, vou dizer que os efeitos especiais são realmente incríveis e o filme é cheio de detalhes visuais interessantes (a ideia que mais gostei foi a transição brilhante na primeira cena - os pontinhos brancos que você pensa serem estrelas, mas que viram aquelas partículas minúsculas que vemos embaixo do mar).
Pacific Rim (EUA / 2013 / 131 min / Guillermo del Toro)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Transformers, Gigantes de Aço, Super 8, etc.
NOTA: 4.0
O filme se passa nos anos 2020 onde os humanos estão em guerra contra criaturas que surgem de um portal interdimensional no fundo do Pacífico. Pra lutar contra esses monstros, os países se uniram e construíram os Jaegers - robôs enormes que são operados por 2 pilotos simultaneamente, que têm suas mentes conectadas por uma tecnologia avançada (esses pilotos são vistos como astros do rock do futuro e o protagonista é o melhor deles).
Apesar de adorar filmes de monstros e curtir a intenção básica do filme de reviver o gênero, fiquei bastante irritado durante a sessão e quis até ver o filme uma segunda vez pra entender o que tinha me incomodado.
A primeira coisa que notei é que não gostei de nenhum dos personagens. Achei o protagonista antipático, mal desenvolvido (não há muito conflito pra ele - ele já é o melhor do mundo, é o mais bonito, o mais sexy, o mais preparado, e em vez de ser grato e educado, ele está sempre com cara de invocado, desafiando os outros, agindo com certa agressividade - achei muito difícil de simpatizar).
A parceira Mako é mais gostável, mas não há muita química entre os dois (ainda bem que não chega a acontecer o romance que é sugerido no começo, pois nem como colegas os dois formam uma relação muito convincente).
Há 2 pesquisadores também que funcionam como alívio cômico que achei completamente forçados e irritantes (um deles fala sempre gritando sem um motivo aparente - lembrei do cientista gordo de Jurassic Park que também era bem caricato - mas lá era um estereótipo que todos entendem - o gordinho extrovertido que desenvolve uma personalidade chamativa pra compensar questões de autoestima. Aqui, o cara tem um comportamento que soa artificial pra ele e isso tira toda a graça da situação.
A outra coisa que me incomodou tem a ver com a natureza do escapismo. Quando vou ver filmes como este, Godzilla, Independence Day, ou coisa do tipo, é geralmente com a intenção de ser transportado pra um outro universo, viver uma aventura fantástica, etc - mas pra magia acontecer, eu preciso sentir que o filme está querendo me convencer que aquilo tudo é real.
Pegue os mestres do gênero, como Spielberg e Cameron, e veja a quantidade enorme de ciência e de bom senso que eles tentam incluir em suas histórias pra tornar reais seus dinossauros, aliens, etc. Aqui, del Toro parece estar indo na direção contrária - dizendo que o que diverte ele é justamente o fato desses filmes serem falsos e ilógicos.
Não só a premissa já soa improvável (com bombas e misseis à disposição, a ideia de que o governo construiria dezenas de robôs gigantes pra dar socos nos Kaijus não me parece muito realista) mas também há diversas sub-tramas e ações específicas que não fazem o menor sentido - e tudo isso parece feito de propósito, como se o filme quisesse deixar claro que ele não se leva a sério.
A crítica da Variety disse o seguinte sobre o filme: "de todas as fantasias apocalípticas do verão, Círculo de Fogo é a que se coloca mais agressivamente como um entretenimento 'livre de culpa', oferecendo um um espetáculo apocalíptico no espírito de diversão despretensiosa e sem remorso".
É sintomático que termos como "livre de culpa" e "sem remorso" tenham sido usados. Não ocorreria a um crítico dizer isso de um filme como Godzilla (1998) por exemplo - é óbvio que o filme não se sente culpado de nada. Mas no caso de Círculo de Fogo, a gente está constantemente pensando nisso ("Puxa, um dinossauro agarrou um robô de milhares de toneladas e conseguiu bater asas até a estratosfera, esse diretor realmente está honrando seu espírito juvenil!").
A ironia é que, ao fazer isso, o cineasta atinge justamente o oposto. Ele demonstra que no fundo ele sente culpa, e não acredita que esse tipo de entretenimento possa ser levado a sério - portanto ele precisa enfatizar os aspectos absurdos e deixar nítido pra plateia que ele está apenas brincando de ser criança ("vejam pessoal, eu ainda sou o Guillermo del Toro, um artista maduro e cult!").
Ou seja, pra mim o filme acaba surpreendentemente soando anti-escapismo e indo contra os filmes que ele parece homenagear. E não do jeito inocente de um Sharknado, que realmente foi feito por pessoas loucas, mas de forma auto-consciente.
Pra não falar apenas mal do filme, vou dizer que os efeitos especiais são realmente incríveis e o filme é cheio de detalhes visuais interessantes (a ideia que mais gostei foi a transição brilhante na primeira cena - os pontinhos brancos que você pensa serem estrelas, mas que viram aquelas partículas minúsculas que vemos embaixo do mar).
Pacific Rim (EUA / 2013 / 131 min / Guillermo del Toro)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de Transformers, Gigantes de Aço, Super 8, etc.
NOTA: 4.0
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Wolverine - Imortal
Achei bem superior ao X-Men Origens: Wolverine este que é o segundo filme da série X-Men a focar no personagem do Hugh Jackman, e que é baseado numa saga dos quadrinhos que se passa no Japão. Logo na sequência inicial (uma cena marcante que mostra a explosão da bomba de Nagasaki), já percebe-se um senso de ritmo e espaço de um diretor que tem noção de narrativa (o filme ia ser dirigido pelo Darren Aronofsky, que acabou desistindo do projeto quando descobriu que ia ter que passar meses no Japão longe da família; quem entrou no lugar foi James Mangold, o diretor competente de Os Indomáveis, Johnny e June e Garota, Interrompida).
Não há nada de extremamente original ou surpreendente, mas é uma história bem contada, com um andamento mais calmo do que o de costume, que se permite tempo pra desenvolver os personagens em vez de pular freneticamente de uma cena de ação pra outra. O fato de Wolverine perder seus poderes de regeneração adicionam bastante suspense pra história - não como em outros filmes de super-heróis atuais que parecem ser anti-poderes, mas de uma forma que faz a gente torcer pra ele se recuperar (do jeito que torcemos pro Popeye pegar o espinafre quando ele está perdendo).
Hugh Jackman não muda muito de expressão ao longo do filme, mas não deixa de ser um ator convincente, que traz certo peso pro filme, e gostei bastante também da vilã Viper feita pela russa Svetlana Khodchenkova, que tem uma voz incrível de Meryl Streep e consegue ser elegante e ameaçadora ao mesmo tempo.
E aguardem a cena extra durante os créditos finais, que tem participações mais que especiais e anunciam X-Men: Days of Future Past, que sai no ano que vem.
The Wolverine (EUA / 2013 / 126 min / James Mangold)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de O Espetacular Homem-Aranha, Capitão América: O Primeiro Vingador, além dos outros X-Men.
NOTA: 7.0
Não há nada de extremamente original ou surpreendente, mas é uma história bem contada, com um andamento mais calmo do que o de costume, que se permite tempo pra desenvolver os personagens em vez de pular freneticamente de uma cena de ação pra outra. O fato de Wolverine perder seus poderes de regeneração adicionam bastante suspense pra história - não como em outros filmes de super-heróis atuais que parecem ser anti-poderes, mas de uma forma que faz a gente torcer pra ele se recuperar (do jeito que torcemos pro Popeye pegar o espinafre quando ele está perdendo).
Hugh Jackman não muda muito de expressão ao longo do filme, mas não deixa de ser um ator convincente, que traz certo peso pro filme, e gostei bastante também da vilã Viper feita pela russa Svetlana Khodchenkova, que tem uma voz incrível de Meryl Streep e consegue ser elegante e ameaçadora ao mesmo tempo.
E aguardem a cena extra durante os créditos finais, que tem participações mais que especiais e anunciam X-Men: Days of Future Past, que sai no ano que vem.
The Wolverine (EUA / 2013 / 126 min / James Mangold)
INDICAÇÃO: Pra quem gostou de O Espetacular Homem-Aranha, Capitão América: O Primeiro Vingador, além dos outros X-Men.
NOTA: 7.0
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