- Menina tem corpo lindíssimo de fato.
- Cena boa em que ela perde a virgindade (num sentido meio horrível).
- Por que ela se prostitui? Não há psicologia, aprofundamento. Filme apenas mostra a personagem fazendo coisas, mas não tenta explicar o porque.
- Propósito em ver o filme é principalmente sexual. Não há de fato uma boa história - tudo parece um pretexto pra mostrar a atriz fazendo sexo com homens mais velhos. Como se o diretor estivesse motivado mais por uma fantasia erótica pessoal do que por um propósito artístico.
- Irmão mais novo de Isabelle é o personagem mais adorável do filme.
- SPOILER: Quando a mãe descobre que filha se prostitui, a história fica mais interessante. Deixa um pouco de parecer pornochanchada e passa a haver um conflito mais envolvente.
- Filme sempre sugerindo assuntos desagradáveis como pedofilia, incesto, sexualidade precoce, etc.
- Encontro macabro com Charlotte Rampling.
CONCLUSÃO: Bom elenco, mas filme não tem um grande propósito além de provocar fantasias sexuais em homens mais velhos. Mas histórias sobre pessoas que se prostituem por curiosidade são sempre razoavelmente envolventes.
(Jeune & Jolie / França / 2013 / François Ozon)
FILMES PARECIDOS: À Deriva, Confiar, Swimming Pool - À Beira da Piscina.
NOTA: 6.0
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Sobrenatural: Capítulo 2 (anotações)
- Sequência de abertura muito boa. Gostei que a médium não fica surpresa ao se deparar com espíritos. Ela age como um investigador (é o trabalho dela, fantasmas não são uma surpresa). Trás mais realismo pra cena, estranhamente.
- Todas as cenas de suspense são muito bem dirigidas! James Wan - melhor diretor de terror da atualidade! Está fazendo do susto uma nova forma de arte.
- Legal ter atores como Barbara Hershey no elenco - trás certa seriedade a um gênero que geralmente não é levado a sério. Invocação do Mal também foi bom nesse sentido.
- Hospital abandonando que eles visitam: um pouco irreal, pois o lugar não teria por que parecer uma casa mal assombrada. Sequência tem alguns truques baratos.
- SPOILER: Pai possuído querendo matar a família + crianças vendo espíritos: alguns elementos da trama lembram muito O Iluminado. Cena do Patrick Wilson quebrando a porta também - essas coisas tiram a gente da cena, pois vemos que é uma repetição de um outro filme, o que quebra um pouco a tensão.
- SPOILER: Mortos sentados e cobertos com panos - outra imagem forte! Filme não é bom apenas em dar sustos - ele tem umas ideias muito sinistras...!
- Alivio cômico em momentos inapropriados às vezes (não gosto quando há piadas em cenas realmente tensas, onde a gente está querendo curtir o terror da situação).
- O "outro mundo" tem uma qualidade de sonho que eu adoro (fumaça, cenários estilizados, etc).
- Meio difícil de acompanhar a trama no final, embora seja interessante a maneira em que os universos paralelos se conectem.
- SPOILER: Senti falta do monstro da cara vermelha do primeiro filme - que pra mim foi um dos melhores sustos da história.
CONCLUSÃO: Sustos mais fortes e ideias mais interessantes que Invocação do Mal (também de James Wan), embora ainda abuse de alguns clichês. Um dos melhores de terror do ano.
(Insidious: Chapter 2 / EUA / 2013 / James Wan)
FILMES PARECIDOS: Invocação do Mal, Os Escolhidos, Atividade Paranormal, Sobrenatural.
NOTA: 7.5
- Todas as cenas de suspense são muito bem dirigidas! James Wan - melhor diretor de terror da atualidade! Está fazendo do susto uma nova forma de arte.
- Legal ter atores como Barbara Hershey no elenco - trás certa seriedade a um gênero que geralmente não é levado a sério. Invocação do Mal também foi bom nesse sentido.
- Hospital abandonando que eles visitam: um pouco irreal, pois o lugar não teria por que parecer uma casa mal assombrada. Sequência tem alguns truques baratos.
- SPOILER: Pai possuído querendo matar a família + crianças vendo espíritos: alguns elementos da trama lembram muito O Iluminado. Cena do Patrick Wilson quebrando a porta também - essas coisas tiram a gente da cena, pois vemos que é uma repetição de um outro filme, o que quebra um pouco a tensão.
- SPOILER: Mortos sentados e cobertos com panos - outra imagem forte! Filme não é bom apenas em dar sustos - ele tem umas ideias muito sinistras...!
- Alivio cômico em momentos inapropriados às vezes (não gosto quando há piadas em cenas realmente tensas, onde a gente está querendo curtir o terror da situação).
- O "outro mundo" tem uma qualidade de sonho que eu adoro (fumaça, cenários estilizados, etc).
- Meio difícil de acompanhar a trama no final, embora seja interessante a maneira em que os universos paralelos se conectem.
- SPOILER: Senti falta do monstro da cara vermelha do primeiro filme - que pra mim foi um dos melhores sustos da história.
CONCLUSÃO: Sustos mais fortes e ideias mais interessantes que Invocação do Mal (também de James Wan), embora ainda abuse de alguns clichês. Um dos melhores de terror do ano.
(Insidious: Chapter 2 / EUA / 2013 / James Wan)
FILMES PARECIDOS: Invocação do Mal, Os Escolhidos, Atividade Paranormal, Sobrenatural.
NOTA: 7.5
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Blood Money - Aborto Legalizado (anotações)
- Pra "provar" que um embrião não é diferente de um homem adulto, entrevistado define o ser humano como um "saco de pele". Vai ser difícil assistir esse documentário...
- Noção absurda de que indústria do aborto é uma conspiração racista pra acabar com a população negra, pois mulheres negras estatisticamente engravidam mais e abortam mais - ou seja, o aborto deve ser proibido para que a população negra não diminua (!).
- Outra teoria absurda: as clínicas distribuem anticoncepcionais ineficientes, já esperando que eles falhem, pois assim lucrarão mais depois com os abortos (!!!!).
- Comparação da clínica Planned Parenthood com o nazismo é insana... Como se a clínica forçasse as mulheres negras a abortarem.
- Argumentos do filme contra o aborto são todos errados! Diz que é errado abortar pois aborto trará traumas psicológicos pra mulher. Mas e o trauma de ter um filho que você nunca quis ter ou não pode criar?
- Sim, algumas pessoas podem morrer fazendo o aborto. E algumas podem morrer parindo um filho, ou fazendo uma lipoaspiração. Cada um escolhe que riscos que quer correr!
- Se o homem é apenas um saco de pele, e um embrião tem tantos direitos quanto uma mulher grávida, fica difícil dizer por que humanos têm mais direitos que animais. Essas pessoas deviam todas ser vegetarianas, e deviam ser presas por assassinato ao pisarem numa barata também (outro "saco de pele").
- Claro que a clínica ganha dinheiro com abortos. Se fizesse o procedimento de graça daí sim ela seria boa? Médicos também lucram tratando pacientes com câncer. Isso não os torna malignos - eles não estão provocando a doença nos pacientes.
- Manipular pessoa frágil psicologicamente pra abortar não é recomendável... Fazer um "aborto" numa mulher que não está grávida pra tirar dinheiro dela é certamente um absurdo. Mas isso é fraude - é errado em qualquer contexto. Esse tipo de médico devia ser preso - não o aborto proibido por conta de alguns trapaceiros.
- Problemas de higiene das clínicas de aborto - isso NADA tem a ver com a questão! Existem restaurantes sujos também - devemos fechar todos então?
- Outro argumento ridículo: clínicas de aborto têm clima "pesado" e deixam funcionários estressados. Bom, e quem trabalha num pronto-socorro?
- Documentário parte do princípio que nenhuma mulher no fundo quer fazer o aborto. Que elas estão numa fase de "crise", e que clínicas gananciosas se aproveitam desse momento pra ganhar dinheiro. Em nenhum momento falam de mulheres que realmente não queriam engravidar - nem de casos especiais como estupros, etc.
- O filme não toca no assunto, mas por trás disso tudo parece haver uma questão religiosa que deve ser questionada - a ideia de que cada vida é um milagre de Deus, etc.
CONCLUSÃO: Discordo do documentário sobre a questão do aborto - mas esse não é o motivo de eu ter achado o filme fraco - e sim o fato dele ter argumentos totalmente sem sentido, e não levantar os poucos que talvez fossem desafiadores pra um espectador como eu. Só serve como meditação pra quem já comprou a ideia.
(Bloodmoney / EUA / 2010 / David K. Kyle)
FILMES PARECIDOS: Quebrando o Tabu, etc.
NOTA: 3.0
- Noção absurda de que indústria do aborto é uma conspiração racista pra acabar com a população negra, pois mulheres negras estatisticamente engravidam mais e abortam mais - ou seja, o aborto deve ser proibido para que a população negra não diminua (!).
- Outra teoria absurda: as clínicas distribuem anticoncepcionais ineficientes, já esperando que eles falhem, pois assim lucrarão mais depois com os abortos (!!!!).
- Comparação da clínica Planned Parenthood com o nazismo é insana... Como se a clínica forçasse as mulheres negras a abortarem.
- Argumentos do filme contra o aborto são todos errados! Diz que é errado abortar pois aborto trará traumas psicológicos pra mulher. Mas e o trauma de ter um filho que você nunca quis ter ou não pode criar?
- Sim, algumas pessoas podem morrer fazendo o aborto. E algumas podem morrer parindo um filho, ou fazendo uma lipoaspiração. Cada um escolhe que riscos que quer correr!
- Se o homem é apenas um saco de pele, e um embrião tem tantos direitos quanto uma mulher grávida, fica difícil dizer por que humanos têm mais direitos que animais. Essas pessoas deviam todas ser vegetarianas, e deviam ser presas por assassinato ao pisarem numa barata também (outro "saco de pele").
- Claro que a clínica ganha dinheiro com abortos. Se fizesse o procedimento de graça daí sim ela seria boa? Médicos também lucram tratando pacientes com câncer. Isso não os torna malignos - eles não estão provocando a doença nos pacientes.
- Manipular pessoa frágil psicologicamente pra abortar não é recomendável... Fazer um "aborto" numa mulher que não está grávida pra tirar dinheiro dela é certamente um absurdo. Mas isso é fraude - é errado em qualquer contexto. Esse tipo de médico devia ser preso - não o aborto proibido por conta de alguns trapaceiros.
- Problemas de higiene das clínicas de aborto - isso NADA tem a ver com a questão! Existem restaurantes sujos também - devemos fechar todos então?
- Outro argumento ridículo: clínicas de aborto têm clima "pesado" e deixam funcionários estressados. Bom, e quem trabalha num pronto-socorro?
- Documentário parte do princípio que nenhuma mulher no fundo quer fazer o aborto. Que elas estão numa fase de "crise", e que clínicas gananciosas se aproveitam desse momento pra ganhar dinheiro. Em nenhum momento falam de mulheres que realmente não queriam engravidar - nem de casos especiais como estupros, etc.
- O filme não toca no assunto, mas por trás disso tudo parece haver uma questão religiosa que deve ser questionada - a ideia de que cada vida é um milagre de Deus, etc.
CONCLUSÃO: Discordo do documentário sobre a questão do aborto - mas esse não é o motivo de eu ter achado o filme fraco - e sim o fato dele ter argumentos totalmente sem sentido, e não levantar os poucos que talvez fossem desafiadores pra um espectador como eu. Só serve como meditação pra quem já comprou a ideia.
(Bloodmoney / EUA / 2010 / David K. Kyle)
FILMES PARECIDOS: Quebrando o Tabu, etc.
NOTA: 3.0
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Blue Jasmine (anotações)
- Ideia legal de mostrar em flashbacks a vida de Jasmine quando era rica.
- Cate Blanchett está ótima. Mesmo quando menos ambiciosos, filmes do Woody Allen sempre têm ótimos atores, personagens, situações envolventes, diálogos interessantes... Falam de dramas que são íntimos pra qualquer um - problemas financeiros, relacionamentos, família, status social, questões de auto estima, etc. É como ir na terapia, onde você só fala sobre temas pessoais e relevantes... Ou conversar com um amigo inteligente, cheio de insights sobre psicologia e comportamento humano.
- Filme tira sarro de losers, pessoas sem noção - expõe comportamentos patéticos ou inapropriados que observamos no dia a dia mas não comentamos... É daí que vêm muitas das risadas. Também do mau humor de Cate... Woody é expert em personagens neuróticos e mal humorados.
- SPOILER: Filme acaba de maneira incerta, sem dizer o que vai acontecer com Jasmine. Achei meio frustrante, queria mais uns 10 minutos de história!
CONCLUSÃO: Embora menos original e criativo que os últimos de Woody, ainda é uma comédia dramática inteligente, cheia de bons atores, personagens e conteúdo psicológico.
(Blue Jasmine / EUA / 2013 / Woody Allen)
FILMES PARECIDOS: Antes da Meia-Noite, Para Roma com Amor, Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, etc.
NOTA: 8.5
- Cate Blanchett está ótima. Mesmo quando menos ambiciosos, filmes do Woody Allen sempre têm ótimos atores, personagens, situações envolventes, diálogos interessantes... Falam de dramas que são íntimos pra qualquer um - problemas financeiros, relacionamentos, família, status social, questões de auto estima, etc. É como ir na terapia, onde você só fala sobre temas pessoais e relevantes... Ou conversar com um amigo inteligente, cheio de insights sobre psicologia e comportamento humano.
- Filme tira sarro de losers, pessoas sem noção - expõe comportamentos patéticos ou inapropriados que observamos no dia a dia mas não comentamos... É daí que vêm muitas das risadas. Também do mau humor de Cate... Woody é expert em personagens neuróticos e mal humorados.
- SPOILER: Filme acaba de maneira incerta, sem dizer o que vai acontecer com Jasmine. Achei meio frustrante, queria mais uns 10 minutos de história!
CONCLUSÃO: Embora menos original e criativo que os últimos de Woody, ainda é uma comédia dramática inteligente, cheia de bons atores, personagens e conteúdo psicológico.
(Blue Jasmine / EUA / 2013 / Woody Allen)
FILMES PARECIDOS: Antes da Meia-Noite, Para Roma com Amor, Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, etc.
NOTA: 8.5
sábado, 16 de novembro de 2013
Jogos Vorazes: Em Chamas (anotações)
- Alucinação de Katniss caçando na floresta - maneira rápida de colocar a gente na pele da protagonista (empatia).
- Fácil de entender por que filme é popular entre adolescentes (ainda mais meninas). Protagonista é uma heroína como não se vê há um bom tempo (Bella de Crepúsculo não chegou nesse nível). É habilidosa, íntegra, inteligente, bonita, forte, generosa, disputada por homens atraentes, famosa.. Sem falar que a atriz é ótima. É uma inspiração pra plateia assim como a personagem Katniss é inspiração pra população na história.
- Que bom que vai ter os jogos! O trailer dava a impressão de que o filme seria apenas sobre as consequências dos jogos do primeiro filme, mas que não haveriam jogos de novo. Ficaria faltando alguma coisa.
- Os 2 (Katniss e Peeta) não podem ser os únicos sobreviventes de novo, seria muita sorte (e pouco convincente). Filme deixa a gente curioso pra saber como irá acabar a história.
- Participação da Jena Malone (Johanna) ótima do momento em que ela aparece.
- Interessante como Katniss está sempre disposta a se sacrificar, ou então está sendo caridosa, colocando a necessidade dos outros em primeiro lugar, etc. Embora ela não seja um herói tipo Batman, cuja motivação principal é salvar os outros, filme ainda está na premissa de que essa é a essência da virtude (ou uma das). O elemento de auto-sacrifício deve ser questionado.
- Roteiro não se desgasta. Como os jogos (o momento mais aguardado) ficam pro final, nosso interesse apenas aumenta ao longo da história.
- Sequência da névoa tensa!
- SPOILER: Ótima a ideia do relógio! Dá um sentido pro que houve antes e uma lógica pra eles seguirem (ideia de usar o raio pra eletrocutar os outros também é ótima sacada). Ação não é confusa como em muitos filmes atuais.
- Apesar do Liam Hemsworth ser mais "homem", será que alguém não torce pra ela ficar com o Peeta no fim? Romance não seria tão interessante se a gente tivesse certeza de que ela gosta do Peeta - ou que de fato não gosta.
- SPOILER: Palmas pra Katniss na cena do raio!!!
- Um pouco confuso esse final pra mim (Woody Harrelson, Philip Seymour Hoffman, etc). Fiquei um pouco perdido na trama.
- Jennifer Lawrence dá show na imagem final!
- Música "Atlas" do Coldplay nos créditos muito boa.
CONCLUSÃO: Entretenimento bem feito, que funciona como ação, romance, fantasia - e com destaque pra atriz / personagem principal. Diferente de outras sagas que surgiram nos últimos anos, essa justifica (em termos de filme) a popularidade que conquistou.
(The Hunger Games: Catching Fire / EUA / 2013 / Francis Lawrence)
FILMES PARECIDOS: Star Trek (nova série), Valente, Harry Potter (série), Crepúsculo (série), Minority Report, etc.
NOTA: 8.0
- Fácil de entender por que filme é popular entre adolescentes (ainda mais meninas). Protagonista é uma heroína como não se vê há um bom tempo (Bella de Crepúsculo não chegou nesse nível). É habilidosa, íntegra, inteligente, bonita, forte, generosa, disputada por homens atraentes, famosa.. Sem falar que a atriz é ótima. É uma inspiração pra plateia assim como a personagem Katniss é inspiração pra população na história.
- Que bom que vai ter os jogos! O trailer dava a impressão de que o filme seria apenas sobre as consequências dos jogos do primeiro filme, mas que não haveriam jogos de novo. Ficaria faltando alguma coisa.
- Os 2 (Katniss e Peeta) não podem ser os únicos sobreviventes de novo, seria muita sorte (e pouco convincente). Filme deixa a gente curioso pra saber como irá acabar a história.
- Participação da Jena Malone (Johanna) ótima do momento em que ela aparece.
- Interessante como Katniss está sempre disposta a se sacrificar, ou então está sendo caridosa, colocando a necessidade dos outros em primeiro lugar, etc. Embora ela não seja um herói tipo Batman, cuja motivação principal é salvar os outros, filme ainda está na premissa de que essa é a essência da virtude (ou uma das). O elemento de auto-sacrifício deve ser questionado.
- Roteiro não se desgasta. Como os jogos (o momento mais aguardado) ficam pro final, nosso interesse apenas aumenta ao longo da história.
- Sequência da névoa tensa!
- SPOILER: Ótima a ideia do relógio! Dá um sentido pro que houve antes e uma lógica pra eles seguirem (ideia de usar o raio pra eletrocutar os outros também é ótima sacada). Ação não é confusa como em muitos filmes atuais.
- Apesar do Liam Hemsworth ser mais "homem", será que alguém não torce pra ela ficar com o Peeta no fim? Romance não seria tão interessante se a gente tivesse certeza de que ela gosta do Peeta - ou que de fato não gosta.
- SPOILER: Palmas pra Katniss na cena do raio!!!
- Um pouco confuso esse final pra mim (Woody Harrelson, Philip Seymour Hoffman, etc). Fiquei um pouco perdido na trama.
- Jennifer Lawrence dá show na imagem final!
- Música "Atlas" do Coldplay nos créditos muito boa.
CONCLUSÃO: Entretenimento bem feito, que funciona como ação, romance, fantasia - e com destaque pra atriz / personagem principal. Diferente de outras sagas que surgiram nos últimos anos, essa justifica (em termos de filme) a popularidade que conquistou.
(The Hunger Games: Catching Fire / EUA / 2013 / Francis Lawrence)
FILMES PARECIDOS: Star Trek (nova série), Valente, Harry Potter (série), Crepúsculo (série), Minority Report, etc.
NOTA: 8.0
sábado, 9 de novembro de 2013
Capitão Phillips (anotações)
- Curioso mostrarem o ponto de vista dos piratas; invasão ao navio não ser uma surpresa mostrada apenas pelo ponto de vista das vítimas (mas filme não tenta fazer a gente sentir empatia pelos bandidos, aceitar a atitude deles, o que é bom - eles continuam sendo criminosos).
- Locação interessante do porto no começo do filme (containers, etc). Não lembro de outro filme que tenha retratado esse tipo de ambiente / profissão.
- Situação fica tensa a partir do momento em que o Tom Hanks percebe que serão atacados.
- Filme enfatiza a inteligência do capitão. Não é o tipo de suspense que quer apenas fazer você passar por uma experiência desagradável. Ele é no fundo sobre a competência do personagem. Conflito serve como oportunidade pra Phillips brilhar, o que dá um motivo pra querermos acompanhar a história.
- SPOILER: Boa ideia de quebrar vidros pros bandidos pisarem! É tipo um Esqueceram de Mim só que sério.
- Roteiro ótimo até a metade do filme. Situação sempre mudando.
- Trecho no baleeiro menos interessante que a primeira metade do filme. Pouca coisa acontece até chegar a marinha (e daí fica meio previsível que os bandidos não conseguirão escapar - interesse diminui).
- Mais pro final filme fica parecendo propaganda da marinha, como se a finalidade não fosse contar uma história, mas mostrar a superioridade militar americana.
- Hanks um pouco exagerado no fim, eu achei. Pra alguém que o tempo todo esteve tão tranquilo, controlado, parece estranha essa reação desesperada.
CONCLUSÃO: Suspense eficiente, bem produzido, embora não tenha uma dimensão artística ou um conteúdo intelectual mais interessante.
(Captain Phillips / EUA / 2013 / Paul Greengrass)
FILMES PARECIDOS: Invasão à Casa Branca, O Ultimato Bourne, Vôo United 93.
NOTA: 7.0
- Locação interessante do porto no começo do filme (containers, etc). Não lembro de outro filme que tenha retratado esse tipo de ambiente / profissão.
- Situação fica tensa a partir do momento em que o Tom Hanks percebe que serão atacados.
- Filme enfatiza a inteligência do capitão. Não é o tipo de suspense que quer apenas fazer você passar por uma experiência desagradável. Ele é no fundo sobre a competência do personagem. Conflito serve como oportunidade pra Phillips brilhar, o que dá um motivo pra querermos acompanhar a história.
- SPOILER: Boa ideia de quebrar vidros pros bandidos pisarem! É tipo um Esqueceram de Mim só que sério.
- Roteiro ótimo até a metade do filme. Situação sempre mudando.
- Trecho no baleeiro menos interessante que a primeira metade do filme. Pouca coisa acontece até chegar a marinha (e daí fica meio previsível que os bandidos não conseguirão escapar - interesse diminui).
- Mais pro final filme fica parecendo propaganda da marinha, como se a finalidade não fosse contar uma história, mas mostrar a superioridade militar americana.
- Hanks um pouco exagerado no fim, eu achei. Pra alguém que o tempo todo esteve tão tranquilo, controlado, parece estranha essa reação desesperada.
CONCLUSÃO: Suspense eficiente, bem produzido, embora não tenha uma dimensão artística ou um conteúdo intelectual mais interessante.
(Captain Phillips / EUA / 2013 / Paul Greengrass)
FILMES PARECIDOS: Invasão à Casa Branca, O Ultimato Bourne, Vôo United 93.
NOTA: 7.0
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Uma Noite de Crime (anotações)
- Premissa curiosa, mas obviamente falsa. Se o assassinato fosse legalizado, as pessoas normais viajariam pra fora do país nesse dia. E isso jamais traria prosperidade econômica e paz. Se filme tentar fazer qualquer afirmação séria a respeito de política ou da natureza humana, não vai funcionar. Contexto é totalmente irreal. Filme tem que tentar divertir e só.
- Teoria falsa de que o homem é mau por natureza e só se comporta por causa de algum impedimento externo (religião, governo, etc). Mas nem macacos são tão anarquistas quanto as pessoas nesse filme.
- Não dá pra se identificar com nenhum personagem, pois nenhuma pessoa em sã consciência acharia legal uma noite onde todos os crimes são liberados. Ainda mais uma mãe de família.
- SPOILER: Namorado da filha entrar escondido na casa pra falar com pai é forçado (ainda mais nesse dia). E pra que tentou atirar no pai?? Espero que isso seja explicado até o final (OBS: não foi).
- Filho pequeno abrir as portas pra salvar o negro é forçado! Alguém só faria isso nessa noite se tivesse problema mental. E por que o pai daria a senha pra uma criança?
- Gangue de mascarados boba. Filme quer criar criminosos "cool" tipo os de Os Estranhos ou Violência Gratuita (ricos, educados, estilosos), mas não dá uma explicação pra eles serem psicopatas ("ah, as pessoas simplesmente são más, não precisam de uma motivação").
- Esposa e filha condenam o marido por amarrar o negro? Mas o cara está ameaçando a vida deles! Auto-defesa agora é errado? Filme mais sem sentido do ano.
- SPOILER: "Surpresa" final do carrinho de controle remoto nonsense. Por que o negro anunciaria sua entrada com um carrinho antes de aparecer atirando?
CONCLUSÃO: Tentativa nada inteligente e pouco divertida de dizer que os homens são maus.
(The Purge / EUA, França / 2013 / James DeMonaco)
FILMES PARECIDOS: Os Estranhos, Violência Gratuita, O Nevoeiro, Menina Má.com, Ensaio Sobre a Cegueira.
NOTA: 2.0
- Teoria falsa de que o homem é mau por natureza e só se comporta por causa de algum impedimento externo (religião, governo, etc). Mas nem macacos são tão anarquistas quanto as pessoas nesse filme.
- Não dá pra se identificar com nenhum personagem, pois nenhuma pessoa em sã consciência acharia legal uma noite onde todos os crimes são liberados. Ainda mais uma mãe de família.
- SPOILER: Namorado da filha entrar escondido na casa pra falar com pai é forçado (ainda mais nesse dia). E pra que tentou atirar no pai?? Espero que isso seja explicado até o final (OBS: não foi).
- Filho pequeno abrir as portas pra salvar o negro é forçado! Alguém só faria isso nessa noite se tivesse problema mental. E por que o pai daria a senha pra uma criança?
- Gangue de mascarados boba. Filme quer criar criminosos "cool" tipo os de Os Estranhos ou Violência Gratuita (ricos, educados, estilosos), mas não dá uma explicação pra eles serem psicopatas ("ah, as pessoas simplesmente são más, não precisam de uma motivação").
- Esposa e filha condenam o marido por amarrar o negro? Mas o cara está ameaçando a vida deles! Auto-defesa agora é errado? Filme mais sem sentido do ano.
- SPOILER: "Surpresa" final do carrinho de controle remoto nonsense. Por que o negro anunciaria sua entrada com um carrinho antes de aparecer atirando?
CONCLUSÃO: Tentativa nada inteligente e pouco divertida de dizer que os homens são maus.
(The Purge / EUA, França / 2013 / James DeMonaco)
FILMES PARECIDOS: Os Estranhos, Violência Gratuita, O Nevoeiro, Menina Má.com, Ensaio Sobre a Cegueira.
NOTA: 2.0
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
O Mordomo da Casa Branca (anotações)
- Excêntrico o diretor incluir seu nome no título do filme, ainda mais quando ele não é também o autor da história.
- Um prazer ver Cecil trabalhar. O capricho, a dedicação... Não tem como não lembrar do Anthony Hopkins em Vestígios do Dia.
- Elenco cheio de astros e performances muito boas e naturais. Todo mundo tem uma personalidade muito bem definida e convincente.
- Cena em que os negros vão comer na lanchonete bem forte. Poucas vezes vi o conflito entre negros e brancos tão bem ilustrado num filme. E que ótima maneira de contar a história - através dos criados da Casa Branca.
- Protagonista não é dos mais fortes pois não tem muito o que fazer a não ser presenciar a história de maneira passiva. Mas como vimos a infância dele, entendemos por que ele não quer se envolver com política.
- Interessantíssima a fala de Martin Luther King sobre o papel "subversivo" dos mordomos.
- Conflito entre pai e filho forte e palpável (a discussão sobre Sidney Poitier é ótima). E entendemos os dois lados, o que torna tudo mais envolvente.
- Esse diretor é incrível com atores. Todos estão muito bem. Oprah me surpreendeu. Também Forest Whitaker, Terrence Howard, Cuba Gooding... Elijah Kelley (filho mais novo) hilário na cena da prisão.
- SPOILER: Reencontro bonito entre Cecil e Louis durante o protesto. Apesar das diferenças, filme consegue fazer a gente torcer pra que eles se entendam.
- Ideia perigosíssima promover o Obama na história!! Certeza que esse é o motivo do filme não ter sido mais aclamado. Estava tudo muito correto até agora. Filme fica parecendo propaganda política e certamente irá afastar os que não simpatizarem por ele. E compromete um pouco os protagonistas - dá a ideia de que eles apoiam o Obama não por suas ideias, mas pelo simples fato dele ser negro.
CONCLUSÃO: Filme bonito e caloroso sobre os conflitos raciais, contado por um ângulo original e com ótimo elenco e reconstituição de época.
(Lee Daniels' The Butler / EUA / 2013 / Lee Daniels)
FILMES PARECIDOS: Lincoln, Histórias Cruzadas, Bobby, A Cor Púrpura.
NOTA: 7.5
- Um prazer ver Cecil trabalhar. O capricho, a dedicação... Não tem como não lembrar do Anthony Hopkins em Vestígios do Dia.
- Elenco cheio de astros e performances muito boas e naturais. Todo mundo tem uma personalidade muito bem definida e convincente.
- Cena em que os negros vão comer na lanchonete bem forte. Poucas vezes vi o conflito entre negros e brancos tão bem ilustrado num filme. E que ótima maneira de contar a história - através dos criados da Casa Branca.
- Protagonista não é dos mais fortes pois não tem muito o que fazer a não ser presenciar a história de maneira passiva. Mas como vimos a infância dele, entendemos por que ele não quer se envolver com política.
- Interessantíssima a fala de Martin Luther King sobre o papel "subversivo" dos mordomos.
- Conflito entre pai e filho forte e palpável (a discussão sobre Sidney Poitier é ótima). E entendemos os dois lados, o que torna tudo mais envolvente.
- Esse diretor é incrível com atores. Todos estão muito bem. Oprah me surpreendeu. Também Forest Whitaker, Terrence Howard, Cuba Gooding... Elijah Kelley (filho mais novo) hilário na cena da prisão.
- SPOILER: Reencontro bonito entre Cecil e Louis durante o protesto. Apesar das diferenças, filme consegue fazer a gente torcer pra que eles se entendam.
- Ideia perigosíssima promover o Obama na história!! Certeza que esse é o motivo do filme não ter sido mais aclamado. Estava tudo muito correto até agora. Filme fica parecendo propaganda política e certamente irá afastar os que não simpatizarem por ele. E compromete um pouco os protagonistas - dá a ideia de que eles apoiam o Obama não por suas ideias, mas pelo simples fato dele ser negro.
CONCLUSÃO: Filme bonito e caloroso sobre os conflitos raciais, contado por um ângulo original e com ótimo elenco e reconstituição de época.
(Lee Daniels' The Butler / EUA / 2013 / Lee Daniels)
FILMES PARECIDOS: Lincoln, Histórias Cruzadas, Bobby, A Cor Púrpura.
NOTA: 7.5
sábado, 2 de novembro de 2013
Thor: O Mundo Sombrio (anotações)
- Adeus à grandiosidade e seriedade do primeiro Thor. Deram pra um típico diretor de TV fazer o filme. Produção ainda cara, mas com linguagem bem mais pedestre (direção, fotografia, trilha, direção de arte...).
- Humor do personagem de Natalie Portman não é natural e quebra toda a realidade do relacionamento dela com Thor - e a realidade do filme em si. Uma humana mesmo que engraçada jamais agiria dessa forma nessas situações extremas (dar um tapa na cara de um deus, etc).
- Tecnologias que eles apresentam no mundo do Thor são incompreensíveis. Não sabemos como nada funciona (armas, veículos, etc). A gente não tem um referencial do que é ou não é possível, do que é fácil ou difícil... O espectador acompanha tudo passivamente.
- Fantasia não fundada na realidade. Prefiro filmes de fantasia quando apoiados por certa plausibilidade, inteligência, ciência. Aqui vale tudo. Filme mistura trama com astrologia, elementos esotéricos (espíritos, alinhamento de planetas...).
- SPOILER: Legal a ideia de Loki (que seria o vilão) se tornar parceiro de Thor (ou pelo menos aparentar até agora!).
- Thor pendurar o martelo na chapeleira é absurdo..! Filme é cheio de toques cômicos em momentos inapropriados. Não é como em Indiana Jones ou James Bond, onde o humor faz o protagonista parecer ainda mais esperto ou charmoso - aqui faz ele parecer ridículo por um momento.
- Luta final comete o mesmo erro de O Homem de Aço: personagens se socam pela estratosfera, destroem edifícios, mas tensão é zero pois não sabemos se eles correm algum risco de fato (não há um referencial).
- Os 9 mundos vão se alinhar em Greenwich?! E cada mundo é uma espécie de disco? Esse é o tipo de coisa confusa que não se vê em ficções mais bem escritas.
- Cena surpresa no meio dos créditos só deve fazer sentido pros fãs dos quadrinhos. Não empolga o resto da plateia.
CONCLUSÃO: Esteticamente inferior ao primeiro, com história mediana e personagens que não convencem.
(Thor: The Dark World / EUA / 2013 / Alan Taylor)
FILMES PARECIDOS: O Homem de Aço, Os Vingadores, Homem de Ferro 3, Fúria de Titãs (2010).
NOTA: 5.0
- Humor do personagem de Natalie Portman não é natural e quebra toda a realidade do relacionamento dela com Thor - e a realidade do filme em si. Uma humana mesmo que engraçada jamais agiria dessa forma nessas situações extremas (dar um tapa na cara de um deus, etc).
- Tecnologias que eles apresentam no mundo do Thor são incompreensíveis. Não sabemos como nada funciona (armas, veículos, etc). A gente não tem um referencial do que é ou não é possível, do que é fácil ou difícil... O espectador acompanha tudo passivamente.
- Fantasia não fundada na realidade. Prefiro filmes de fantasia quando apoiados por certa plausibilidade, inteligência, ciência. Aqui vale tudo. Filme mistura trama com astrologia, elementos esotéricos (espíritos, alinhamento de planetas...).
- Thor pendurar o martelo na chapeleira é absurdo..! Filme é cheio de toques cômicos em momentos inapropriados. Não é como em Indiana Jones ou James Bond, onde o humor faz o protagonista parecer ainda mais esperto ou charmoso - aqui faz ele parecer ridículo por um momento.
- Luta final comete o mesmo erro de O Homem de Aço: personagens se socam pela estratosfera, destroem edifícios, mas tensão é zero pois não sabemos se eles correm algum risco de fato (não há um referencial).
- Os 9 mundos vão se alinhar em Greenwich?! E cada mundo é uma espécie de disco? Esse é o tipo de coisa confusa que não se vê em ficções mais bem escritas.
- Cena surpresa no meio dos créditos só deve fazer sentido pros fãs dos quadrinhos. Não empolga o resto da plateia.
CONCLUSÃO: Esteticamente inferior ao primeiro, com história mediana e personagens que não convencem.
(Thor: The Dark World / EUA / 2013 / Alan Taylor)
FILMES PARECIDOS: O Homem de Aço, Os Vingadores, Homem de Ferro 3, Fúria de Titãs (2010).
NOTA: 5.0
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