terça-feira, 28 de dezembro de 2021
Matrix Resurrections
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
Imperdoável
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Being the Ricardos
domingo, 19 de dezembro de 2021
Pig
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
No Ritmo do Coração
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
Não Olhe para Cima
Comédia de Adam McKay (A Grande Aposta) com o elenco mais estelar do ano (Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Cate Blanchett e Meryl Streep, só pra citar alguns) sobre dois cientistas que descobrem um cometa gigante vindo em direção à Terra, mas têm dificuldades em convencer a população do perigo por causa da alienação dos políticos, da mídia, e de outros fenômenos como o negacionismo, as teorias da conspiração, etc. Eu assisti ao filme inteiro traçando paralelos com a situação da pandemia, mas originalmente ele pretendia discutir mais a indiferença da cultura em relação às mudanças climáticas. De qualquer forma, é tudo um grande pretexto pra satirizar o comportamento dos Republicanos, da direita Trumpista, então qualquer emergência do tipo serviria como base. Eu teria gostado mais se o filme tivesse focado no debate "ciência vs. anti-ciência", que é mais universal, porém ele opta por expandir a discussão para outras questões, se transformando em um filme bastante partidário, que não é tanto sobre defender ciência quanto é sobre ridicularizar o oponente (está muito mais pra um Borat do que pra um Contato).
O melhor do filme é sua capacidade de sintetizar certos absurdos da cultura atual através dos personagens e dos eventos da história, e muito da graça vem de ver atrizes sérias como Streep e Blanchett brincando de pessoas sem-noção (aliás, o que torna o filme menos amargo que outros filmes políticos recentes é que ele faz um retrato mais benevolente dos conservadores; em vez de pessoas repulsivas e desumanas, neste filme eles parecem apenas alienados, irresponsáveis, pessoas que pensam demais em se divertir, criando uma dinâmica carismática entre eles e os protagonistas "sensatos").
Não é um filme tão satisfatório intelectualmente quanto sátiras do tipo Rede de Intrigas (1976) ou Dr. Fantástico (1964), pois além da abordagem tendenciosa, a situação é tão exagerada que às vezes perde conexão com os problemas do mundo real (além disso, o que o filme tem a dizer sobre a direita não vai além do que já estamos acostumados a ouvir na mídia e nas redes sociais). Ainda assim, é um bom entretenimento pra quem não identificar demais com o alvo das piadas.
Don't Look Up / 2021 / Adam McKay
Nível de Satisfação: 7
Categoria C: Idealismo crítico com foco demais no ataque e na zombaria
Filmes Parecidos: Idiocracia (2006) / A Grande Aposta (2015) / Borat: Fita de Cinema Seguinte (2020) / Uma Verdade Inconveniente (2006) / Fahrenheit 11 de Setembro (2004) / Dr. Fantástico (1968)
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
Belfast
Amor, Sublime Amor
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
King Richard: Criando Campeãs
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Cultura - Dezembro 2021
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
Ataque dos Cães
É um dos pretendentes ao Oscar 2022 este novo trabalho da Jane Campion (O Piano) que não lançava nenhum longa desde 2009. O filme se passa em Montana, em 1925, onde 2 irmãos donos de um rancho começam a ter conflitos após um deles se casar e trazer a esposa (Kirsten Dunst) para morar com eles. Benedict Cumberbatch, que é a figura central do filme, representa aqui a "masculinidade tóxica", atormentando a vida da cunhada (e também a do filho afeminado dela) com seu comportamento abusivo.
O filme tem ótimas atuações, uma das fotografias mais bonitas do ano, e embora muito pouca coisa aconteça na primeira hora, eu estava assistindo interessado, querendo saber onde aquilo tudo iria parar. Porém quando o filme começa a revelar suas cartas, pra mim ele foi ficando cada vez mais frustrante.
(SPOILERS fortes daqui em diante) O objetivo da história é basicamente condenar o comportamento tóxico de Phil (Cumberbatch), que leva a personagem de Dunst ao alcoolismo e a passar por várias humilhações. Descobrimos ao longo da história que Phil tem uma homossexualidade enrustida, e o filho de Dunst, percebendo isso, usa a informação para ganhar sua confiança e se vingar no fim. Só que pra justificar essa vingança (à la Promising Young Woman), o filme acaba criando diversos exageros e inconsistências nos personagens, como se as caracterizações estivessem a serviço do plot twist e não o contrário.
A primeira coisa que achei estranha foi o sofrimento exagerado de Dunst ao longo do filme. Ela parece chorar e ficar abalada por razões que não entendemos direito. Por exemplo: quando seu filho sofre bullying no restaurante e depois ela chora compulsivamente (mais até do que o filho parece ter se abalado), como se alguém tivesse morrido; ou as reações de horror quando ela vê o filho formando amizade com Phil; ou o desconforto enorme ao receber visitas para o jantar (sendo que ela trabalhava em restaurante e lidava com pessoas o dia todo); ou a própria ideia dela se tornar alcóolatra por causa das provocações (o marido desaparece convenientemente da história no segundo ato, e não a protege — o que não faz sentido, pois ele ama a esposa e teria capacidade de enfrentar o irmão).
Phil de fato é uma figura tóxica, mas a fragilidade emocional dela parece desproporcional até para os padrões de hoje, quando nossas sensibilidades para questões emocionais são muito mais aguçadas — que dirá pros padrões de Montana nos anos 20, onde esse tipo de comportamento era o normal. Phil sempre a provoca e faz comentários cruéis (dizendo que ela é interesseira, que não tem talento, etc.), mas não chega nem perto de cometer alguma agressão física, nem mesmo quando ela faz a loucura de vender o couro dele, provocando um grande prejuízo. Será que bullying desse tipo já é motivo pra assassinar alguém? O filme parece acreditar que conforto emocional agora está acima de qualquer outro direito.
Se o comportamento de Dunst não me pareceu convincente, tampouco achei o do filho, que é apresentado como um garoto extremamente delicado, interessado em arte, flores, sem um pingo de agressividade, mas depois, pra ajudar a explicar a reviravolta, inventam que ele adora matar coelhinhos e estripar animais como hobby — 2 comportamentos conflitantes que o filme não consegue encaixar numa mesma personalidade. Ele nem demonstra ser tão protetor em relação à mãe ao longo da trama, a ponto de justificar o que faz (uma coisa é um personagem complexo, outra é um personagem incongruente).
O próprio Phil tem inconsistências estranhas. O fato dele ser gay enrustido eu até comprei — mas a ideia dele ser um homem estudado, capaz, vaidoso, com uma postura natural de líder, pra mim não casa com a noção dele ser alguém que não sabe que precisa tomar banho pra receber visitas, que se comporta às vezes como um garoto problemático e irresponsável.
Então me pareceu um daqueles filmes que querem soar mais maduros e sofisticados do que são de fato; que apelam pra ambiguidade, pro interpretativo, pra que os críticos depois preencham as lacunas com uma riqueza que ele em si não possui.
E é uma narrativa que frustra, por construir expectativas ao redor de um tema (a sexualidade mal resolvida de Phil e a amizade com Peter) e no fim não entregar um momento catártico resolvendo esta questão, e sim um pay-off que parece arbitrário; uma vingança contra Phil que ocorre não no auge de sua intolerância, e sim num momento onde ele já tinha iniciado uma jornada de transformação para melhor.
The Power of the Dog / 2021 / Jane Campion
Nível de Satifação: 4
Categoria D/C: Filme de autor / trama minimalista insatisfatória e com valores ambíguos
Filmes Parecidos: Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) / The Rider (2017) / O Estranho que Nós Amamos (2017) / O Piano (1993)
terça-feira, 30 de novembro de 2021
Encanto
Animação musical da Disney dos criadores de Zootopia, com canções originais escritas por Lin-Manuel Miranda (que está em tudo este ano) sobre uma garota na Colômbia que é o único membro de sua família que não nasceu com poderes mágicos. Menos radical que Coco, o filme ainda assim pertence à vertente Não Idealista da Disney cujo foco está mais em educar o público do que em entreter (promover valores como diversidade, esforço coletivo, respeito aos "não especiais" — e ao mesmo tempo desestimular a competição, o individualismo e a busca pela perfeição). É um daqueles roteiros mais água-com-açúcar onde não há grandes sacadas, conflitos (nem há um vilão praticamente) e as soluções para todos os problemas dependem apenas de um abraço afetuoso (a cobiçada "cura emocional"). Algumas canções achei divertidas até (como "Colombia, Mi Encanto"), embora uma ou outra tenha me parecido enfiada à força na história (especialmente a sequência da mulher fortona). Não achei terrível, mas nem preciso dizer que não me encantou.
Encanto / 2021 / Byron Howard, Jared Bush
Nível de Satisfação: 4
Categoria C/F: Entretenimento Não Idealista (foco em educar; remediar dores) / Alguns toques de Anti-Idealismo
Filmes Parecidos: Raya e o Último Dragão (2021) / Viva: A Vida é uma Festa (2017) / Moana - Um Mar de Aventuras (2016)
Noite Passada em Soho
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Idealismo e Naturalismo na Direção de Fotografia
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
Casa Gucci
terça-feira, 23 de novembro de 2021
tick, tick...BOOM!
Filmes Parecidos: The Boys in the Band (2020) / Bo Burnham: Inside (2021) / Rent: Os Boêmios (2005) / O Show Deve Continuar (1979) / Torch Song Trilogy (1988) / Fama (1980)