Nessa matéria da Variety, o diretor Jon M. Chu tenta explicar a correção de cor de Wicked — e não se sai bem. As cores dessaturadas do filme ele defende com base em argumentos Naturalistas, dizendo que um ambiente muito colorido pareceria falso, e que o foco da história era pra ser a relação "real" entre as duas protagonistas. Ao citar que "o sol é a principal fonte de luz", ele faz alusão ao conceito de "luz motivada", mais alinhada com o Naturalismo, que menciono na postagem Idealismo e Naturalismo na Direção de Fotografia. O mais estranho é que ele parece achar que o filme ficou com um visual super realista, onde se vê toda a "sujeira" dos cenários, nada parece de plástico — quando minha impressão foi a oposta; que aquela névoa esbranquiçada deixou tudo com uma cara plastificada, de sonho (um sonho meio desbotado, mas ainda um sonho). A matéria termina com ele explicando que as primeiras fotos promocionais de Wicked saíram escuras porque ele as editou em seu iPhone (!) com o brilho da tela no máximo, e esqueceu que a maioria das pessoas não iria ver as fotos com o brilho no máximo — um desleixo que qualquer artista minimamente cuidadoso evitaria usando Waveforms, False Color, ferramentas que uso até pra postar um vídeo de 100 visualizações no YouTube.
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